-Tudo bem, pai - exclamou pela décima vez pelo celular - eu não vou esquecer o jantar, até anotei no meu calendário. - ele simplesmente fazia questão que Ava não faltasse aos jantares da familia. -Tudo bem pai, Adeus.
Desligou o telefone e suspirou novamente, realmente detestava esses jantares, pois seu pai ficava dizendo o quão orgulhoso era por sua filha seguir seus passos na faculdade de Administração, e ela se sentia a pior pessoa do mundo pois repudiava a faculdade com o mais sincero ódio.
Quando pequena sonhava em ser uma grande cantora, como essas que ela via pela televisão que sorriam demais e davam inúmeras entrevistas, essa era sua paixão. A pequena Ava tinha uma voz como ninguém, talento para compor, aprendeu a tocar alguns instrumentos, mas absolutamente nenhum apoio do pai.
Gregory odiava qualquer tipo de profissão que era relacionada com arte, o motivo seria que ele mesmo não era bom ou talentoso o suficiente, levava o seu fracasso como uma fixa lição de vida de que: A arte só funciona para quem é Beatles.
Mas apesar de toda a sua aversão ao mundo artístico, nunca obrigou Ava a fazer administração, pelo contrário, sempre fora educado o suficiente e a garota simplesmente não conseguia ir contra seu pai.
Ava se viu a frente da faculdade sem a mínima ideia de qual profissão seguir, depois de inúmeros sermões desnecessários sobre o quão ser cantora era uma decisão medíocre, optou administração só para agradar seu pai.
A felicidade que ele demonstrou ao descobrir isso fez a garota se manter firme na faculdade por quase dois anos. Em troca pediu um único favor ao seu pai, pediu um apartamento só seu (odiaria viver nos minúsculos quartos dos sujos dormitórios). Seu pai estava radiante o suficiente para lhe dar um apartamento e um carro, que foi aceito de bom grado já que morava distante da faculdade.
A idéia do apartamento era para ter um canto só seu, um canto onde poderia cantar sem restrições, compor e fazer o barulho que quisesse. Ela continuava a compor suas músicas e tentar conseguir uma chance no mercado da música, ela tinha certeza que se conseguisse mostrar para o seu pai que ela era realmente uma ótima cantora, talvez, ele a apoiaria.
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Quinta feira nunca fora um dia muito agitado naquela universidade de Londres, talvez a ansiedade de ir para casa tenha ajudado a deixar tudo mais monótono. A matéria de gestão de pessoas não era a mais chata, mas com certeza era a mais repetitiva.
Faltavam exatos 22 minutos para o sinal bater e eles serem liberados.
Exatos 22 minutos de pura tortura que faziam Ava quase arrancar os cabelos loiros da cabeça.Toda ansiedade era dada as apresentações que a garota fazia em um clube perto da sua casa, os shows eram raros, mas bastavam para a garota. Peter era o cara que arrumava os cantores para as apresentações e sempre que abria um espaço em branco ele colocava Ava para tocar, Peter era como um segundo pai para Ava e fã da menina, admirava muito seu talento.
Mas naquela quinta feira fazia quase dois meses que a garota não tocava lá, e ela queria fazer um ótimo show, quintas feiras não eram tão lotadas.
A parte mais complicada era escolher uma musica, achar um estilo musical entre o que as pessoas gostam e música ambiente era um pouco mais complicado do que parecia.
E por isso Ava usava os últimos minutos da aula para gastar seus neurônios e pensar em uma ótima música para tocar. Imersa em pensamentos quase não viu a aula acabar e os alunos serem liberados. Assim que teve a oportunidade, saiu correndo da sala com a bolsa vermelha pendurada no ombro.
Duas horas mais tarde estava deitada no sofá com uma xícara de café a sua frente e papéis rabiscados com possibilidades de música.
Isso realmente era mais difícil do que parecia.
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Na Mira dos Holofotes
FanfictionAva Brindley tinha o sonho de ser uma grande cantora, porém esses sonhos tomaram outro rumo quando ela entrou para a faculdade de Administração por causa de seu pai, mas a garota é persistente e nunca desistiu e quando chega Harry Styles na sua vida...