00

25 1 0
                                    

Não há nada como uma insônia na madrugada de domingo para a segunda. Encarar o teto branco por boas horas até desistir, se levantando da cama e indo tomar um chá enquanto encara o vazio.

O vazio da noite e da sua própria vida.
Ben pensava, ali na mesa da cozinha com as luzes desligadas, se a bebedeira do sábado valera a pena. Ah, claro que valera.

Ele parou, bebeu mais um gole de seu chá e ponderou sobre sua vida. Sabia por que não conseguia dormir,
afinal havia dormido até as três da tarde. Culpe o álcool.

E então, amanhã, durante a aula, estaria mais desligado que lâmpada queimada e mais cansado que seus próprios professores. Ah, a doce insônia...

Mas talvez durante seus breves momentos acordados conseguiria vislumbrar os cabelos vibrantes de Juno, a menina que sentava perto dele. Instigante, com toda certeza.

Suspirou e desejou pegar um cigarro, mas se o pai o pegasse a essa hora acordado e ainda por cima fumando, estaria frito.

Bebeu o último gole de seu chá e voltou para a cama, colocando Green Day para gritar nos seus fones. Finalmente conseguiria algum descanso, mesmo que fosse ficar acordado.

BenOnde histórias criam vida. Descubra agora