Capítulo 3

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Kate

Cheguei em casa, sentei a mesa e o almoço que meu pai deixou era macarronada, estava uma delícia. Fui para o meu quarto e estudei por uma hora e decido tomar um banho, visto uma roupa simples e confortável, já que estou em casa, short e uma blusa de algodão simples.

Estava indo para sala assistir TV quando escuto meu pai chegando e parando a carro em frente a casa,vou de encontro a ele, que o mesmo me abraça e diz:

- Kate esse é o Pedro.

- Olá Pedro prazer em conhece-lo

- Oi - diz ele um tanto ríspido

Ele é um rapaz com um cabelo castanho claro, um pouco cumprido, olhos escuros, e um corpo esbelto... Ele é muito bonito.

- Vou preparar algo para o jantar, e você pode mostrar pra ele o lugar Cat? - pergunta meu pai se dirigindo a mim.

- Sim, posso.

Meu pai saiu e nos deixou sozinhos em silêncio.

Sai andando na frente, e ele pelo que parece de má vontade me seguiu, resmungando algo que não consegui ouvir. O caminhamos em silêncio por longos minutos, até que pergunto:

- Como é Nova York?

- Um lugar que você não é capaz de imaginar - diz ele seco.

- E por que você acha isso?

- Olha pra você, olha onde você vive.

- Não vejo problema nenhum no lugar onde moro.

- Claro que você não vê! Nunca viu coisa melhor.

- Olha me desculpa se você não queria está aqui, eu também não queria quando era pequena, deixei muitos amigos pra trás, mas hoje não sei viver sem esse lugar.

Ele sorri, mas um sorriso sem alegria.

- Eu não sou você, aqui não é minha casa, não gosto de tranquilidade, barunho de animais me irritam.

- Mas você gosta de luzes e gritaria.

- Sim, amo minha cidade.

- Pelo que sei, sua cidade é essa.

- Desde quando você tem libertade pra se meter na minha vida.

- Não estou me metendo na sua vida. Mas não venha falar comigo como se eu fosse uma idiota que não sabe nada!

- Eu sabia !

- Sabia oque?

- Que você é uma menina muito chata.

- E eu não sabia que você era um rico metido a besta.

Sai andando na frente dele, que menino irritante.

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Pedro

Quando sai do carro tem uma menina parada na porta, estatura baixa, olhos que parecem esmeraldas de tão verdes e brilhantes, cabelo castanho e liso, tem corpo bonitinho.
Seu pai me apresentou pra ela e nos deixa sozinhos, quando ela abre a boca pra conversa, estou sem paciência e acabo sendo grosso, ela foi educada, mas não to nem ai pra essa menina, não me importa se ela se mandou na minha frente e foi para um lugar que obviamente não me interessa. Voltei para a casa e Carlos estava na cozinha.

- Onde é meu quarto?

- E lá encima, segunda porta a esquerda. Mas cadê a Kate?

- Não sei, ela se mandou na minha frente, mas ta tudo bem.

- Se você diz...

Me mandei para o meu quarto, é uma suíte, vou para o banho, bem gelado, depois me jogo na cama e vejo as notícias dos garotos, mandaram fotos de um show que está tendo lá, como queria está lá, sinto que essa calmaria vai me enlouquecer. Fico mexendo no celular até que alguém grita:

- O jantar está pronto.

Só abro a porta e digo:

- Não estou com fome, obrigada.

Escuto um silêncio como resposta. Estou cansado da viagem, vou dormir, já que amanhã tenho aula em uma nova escola.

Acordo cedo, com um galo de despertador, ninguém merece isso, esse vai ser o ano mais longo da minha vida. Organizo minhas coisas e desço.

Carlos e Kate já estão de pé.

- Bom dia- diz Carlos.

- Bom!

Kate nem olha na minha cara, não me importo. Só tomei meu café e fomos para a escola, Kate vai na frente, para em frente para uma sala por um longo tempo, e depois sai andando e entra em uma sala que teve ser a sua. Olhei para a sala de ela tinha parado antes, ela estava tentado mostrar qual era minha sala, sem precisar falar comigo, que engraçado. A aula foi um saco, os professores uma merda, o estudantes não calam a boca. Bate o sinal indicando o intervalo, sento em uma mesa e fico avaliando cada pessoa que passa, à grupos que corvensam baixos, outros só escutam e riem do que os amigos falam, até que meus olhos batem em alguém que está sentada em uma mesa conversando com uma menina de cabelos grisalhos, ela está sorrindo, Kate, ela tem um sorriso lindo e puro, como se nada à afetasse.
O sinal bate, fim do intervalo e agora aula de sociologia. As aulas ocorreram normais. Sai da sala e Carlos já estava nos esperando, chegando em casa o almoço já estava pronto e sentamos a mesa para comer.

- Quero dizer a vocês que eu vou precisar passar o dia fora, e não sei se volto hoje - disse Carlos.

- Porque pai? - pergunta Kate.

- Porque as entregas acumularam, já que ontem fui buscar o Pedro, então só voltarei amanhã depois do almoço.

- Tudo bem pai, tem alguma coisa que eu possa fazer pro senhor?

- Não minha querida, faça aquilo que você sempre faz.

Ela sorri e volta a comer. Depois que Carlos sai de casa Kate sobe para o quarto e fica a tarde toda lá, e eu fico assistindo TV, quando ela desce já é noite, dirigindo- se à cozinha, ela não fala comigo desde a primeira noite, por mim, que passe um ano, o cheiro está ótimo, queria saber oque ela está fazendo. Depois de quase uma hora ela sobe para o seu quarto com um prato na mão, e isso me deu fome, vou para a cozinha fazer um sanduíche, mas sou surpreendido com um prato de estrogonofe, ela pensou em mim , talvez essa garota não seja tão má assim.

Passaram -se os dias rapidamente. Estava tentando dormir, mas não conseguia de maneira nenhuma, preciso de um pouco de ar, vou para o lado de fora da casa e está um vento frio e a lua esta cheia e sua luz é suficiente para eu poder enxergar oque está na minha frente, saiu caminhando. Até que vejo alguém a alguns centímetros  deitado na grama. Chego mais perto e vejo é a Kate, está de olhos fechados e está muito linda com os cabelos castanhos ao lado do corpo e sua pele a luz da lua está perfeita, mal percebo quando ela abre os olhos e levanta de súbito.

- Oque você está fazendo aqui? - ela me pergunta.

- Oque você está fazendo aqui fora numa hora dessas?

- Não consigo dormir- ela fala simplesmente.

- Eu também - digo sentado ao lado dela - Olha desculpa pela minha atitude no dia em que agente se conheceu, mas eu não gosto daqui, eu não sei qual é o seu problema ou melhor qual é a coisa que te faz querer ficar aqui, mas eu respeito.

Ela da um sorriso sem alegria e diz:

- Eu não tenho problema nenhum por gostar daqui e sabe por que gosto daqui?

- Porque?

- Olha para o céu, olha quantas estrelas você pode ver aqui, tudo parece mais vívido, aqui não há nada que impeça a na tureza de mostrar a sua verdadeira beleza. Mas você quer saber, eu sei qual é o seu problema.

- E qual é?

- Você está preso no seu mundo, você não se permite viver essa vida que você se encontra agora, e sinto muito por isso.

Dito isso ela se levantou e saiu me deixando mergulhado em pensamentos.

Ao  EntardecerOnde histórias criam vida. Descubra agora