Behind of Jamie and Dakota.

Capítulo 38

Trilha sonora do capitulo: Emmylou Harris & Gram Parsons - Love Hurts

"O amor machuca, o amor deixa cicatrizes, o amor fere e prejudica. Qualquer coração que não seja resistente ou forte o suficiente para aguentar muita dor, aguentar muita dor. O amor é como uma nuvem, contém muita chuva, o amor machuca."

23 DE JULHO DE 2014

P.O.V Dakota!
Alguns meses se passaram desde que Jamie e eu nos encontramos pela ultima vez. Durante esse tempo, eu vi algumas fotos dele com a família, com a esposa e ele realmente parecia feliz. Era assim que eu queria vê-lo, feliz, apesar de que no fundo do meu coração e no meu mais profundo egoísmo, eu sentia falta dele e queria que de alguma forma déssemos certo juntos.

Durante esse tempo também, através de alguns amigos em comum, eu conheci Matt. Ele era vocalista de uma banda de indie rock, era um cara super bacana, alto astral, legal. Nós conversamos muito, saimos algumas vezes, nos conhecemos melhor e decidimos tentar um relacionamento mais sério. É, acho que posso dizer que estou oficialmente namorando. Matt me tratava muito bem, era muito carinhoso comigo e eu me agarrei com todas as forças a isso. Odiava a ideia de me sentir sozinha, apesar da solidão ser uma boa companhia as vezes. Eu sabia desde o começo que não poderia criar nenhum tipo de esperanças ou expectativas em relação a Jamie.

E por falar nele, amanhã é dia de reencontrá-lo. É o lançamento do trailer do filme no Today Show. Estou ansiosa pela reação dos fãs ao assistirem e mais ansiosa ainda por revê-lo. Oh céus! Só de pensar, já sinto um aperto no peito. Fazem alguns meses que não nos vemos e eu senti a falta dele. Conversamos pouquíssimo nesse tempo. Eu não queria ser uma intrusa na vida dele e eu sei que ele tinha uma família e uma filha pra cuidar. Balancei a cabeça tentando desviar os pensamentos e resolvi me arrumar. Tinha combinado com Matt de darmos uma volta a tarde e comermos alguma coisa.

P.O.V Jamie!
Bem-vindo de volta a New York Jamie!

Aqui estou eu para o primeiro de meus compromissos com o Fifty Shades. Amanhã finalmente é o lançamento do trailer do filme e amanhã é dia de reencontrar Dakota depois de alguns meses.

Cinco meses se passaram desde as gravações do filme. Durante esse tempo, conversamos poucas vezes. Lembro dela ter me mandado uma mensagem de aniversário em maio e depois disso, não nos falamos mais. Não sei se isso era bom ou ruim. Eu sentia falta dela, afinal de contas ela tinha se tornado alguém muito especial pra mim, ainda mais depois de tudo que aconteceu entre nós dois. Dela, eu só tinha boas lembranças e elas se fizeram bastante presentes. Nesse tempo todo, eu me dediquei inteiramente à minha filha. Passei a maior parte do tempo com ela, aproveitando cada momento e cada pequena evolução da minha Dulcie, que crescia mais rápido do que eu imaginava.

Tinha acabado de chegar no hotel, almocei e resolvi tirar um cochilo. Não tinha nada pra fazer na cidade e eu sinceramente, não estava afim de ser fotografado por ai, já que meu único compromisso era amanhã.

Depois de dormir boa parte da tarde, resolvi apenas dar uma volta pela área do hotel. Tinha um jardim bonito, com piscina e várias mesas distribuídas ao redor. Me sentei em uma delas e um garçom muito simpático veio me atender. Ele me ofereceu o cardápio e eu optei por um Clericot, um drink de frutas. Fazia calor em NY e isso serviria.

Poucos minutos depois, o garçom voltou com o meu drink e eu resolvi mexer no celular e olhar as noticias sobre o filme e a expectativa dos fãs pelo lançamento do trailer. Erika já tinha divulgado no twitter, havia algumas fotos minhas no aeroporto e algumas fotos de Dakota de hoje que me fizeram me arrepender do momento que eu resolvi mexer nesse celular. Eram fotos dela passeando por NY, acompanhada de um cara. Um magrelo, alto. Cara estranho. Eu fiquei ainda mais puto quando vi uma foto deles de mãos dadas, uma outra deles abraçados. Ela estava linda, tinha voltado a ficar loira, mas eu não gostei nada desse cara do lado dela. Porra, o que é isso Jamie? Ciúmes? Meu consciente me alertou. Sei lá o que era, o porque da minha raiva ou do meu provável ciúme, sei que eu não gostei.