Esse era o primeiro ano de Louis em Londres e seu feriado – e de suas irmãs – favorito estava por vir. Estavam todos na loja de fantasias procurando qual seria a melhor para a noite de Halloween em sua rua.
- Louis, eu quero a fantasia de Tinker Bell! – disse a pequena Phoebe.
O garoto deu um suspiro e se ajoelhou na frente da irmã.
- A moça disse que venderam a última essa manhã, por que não vai de Cinderella? Ou de Bela Adormecida?
- A Fizzy já vai de Cinderella! Eu não quero ser uma princesa, eu quero ser a Tinker Bell! – a criança fez um biquinho de birra e cruzou os braços.
- Tudo bem, iremos ver em outra loja mais tarde, ok?
Assim que Louis conseguiu convencê-la a tentar procurar em outra loja, ele e suas irmãs continuaram a procurar suas fantasias.
Rindo, o garoto tirou uma mascara de Lobisomem do estande e colocou-a, se escondendo atrás de uma das prateleiras. Quando Lottie e as gêmeas – Phoebe e Daisy – passaram a procura do irmão, Louis se atirou com um rugido e logo rindo das garotas que saíram gritando assustadas.
- Meu Deus! Como vocês se assustam com uma coisa dessas? – Ele levanta a máscara
**
Mais tarde naquele dia, todos tinham encontrado suas devidas fantasias e voltaram caminhando para casa. Passaram na frente de uma casa onde um garoto de cabelos compridos e encaracolados estava fazendo abdominais.
- Só se exibindo. – Louis bufou e tapou os olhos de sua irmã mais velha, que insistia em tentar espiar.
- Louis! Ele é gostoso, qual é!
- Lottie! Cala a boca, você só tem quatorze anos, não tem idade pra essas coisas ainda.
A irmã mordeu a palma da mão do irmão e riu quando viu o mesmo xingando as paredes ao que entraram em casa.
- Oh mãe, o Louis não me deixa ver os meninos da rua!
Todas as meninas logo cercaram a mãe, fazendo com que ela nem escutasse o que a garota disse. Todas gritavam ao mesmo tempo, querendo mostrar as fantasias que Louis ajudou-as a escolher.
- Ele me disse que com essa fantasia todas as meninas vão ficar com inveja de mim! – Phoebe disse sorrindo.
Louis logo passou direto pelo alvoroço que acontecia na cozinha em volta de sua mãe e subiu para seu quarto. Não via a hora de tomar um belo banho e descansar.
Por mais que o Halloween fosse seu feriado favorito, a busca por fantasias sempre o deixava esgotado. Sempre acabava passando mais tempo ajudando suas irmãs do que escolhendo uma para si mesmo, e no fim saía só com uma máscara. Mas esse ano ele escolheu ser algo diferente: um zumbi.
Tirou seus tênis e os jogou em qualquer canto do quarto. Passara dias planejando sua maquiagem para esse dia, então ele deveria estar bem descansado para pedir doces ou travessuras com suas irmãs.
*
No dia do Halloween, Louis começou a se arrumar horas antes de todas. Ele teria muito trabalho para conseguir fazer aquela maquiagem perfeita que viu no tutorial e era melhor começar cedo do que se atrasar.
Assim que estava tudo pronto, ele pegou uma camiseta velha e deu alguns picotes, sujando ela um pouco mais. Fez o mesmo com a calça e seu vans, sujando muito os dois – sua mãe o faria lavar tudo depois, mas ele com certeza deixaria lá até que magicamente se limpassem.
Logo se vestiu e se olhou no espelho. Estava orgulhoso de si mesmo por ter conseguido um resultado ótimo de zumbi. Ele até parecia ser uma das personagens do seriado The Walking Dead!
- Louis! Ta na hora! – Charlotte gritou do andar de baixo assim que anoiteceu.
A rua estava lotada de pessoas de todas as idades, fantasiadas e se divertindo. O garoto acompanhava suas irmãs e se concentrava em não perdê-las de vista. Memorizou que Lottie estava vestida de Branca de Neve, Fizzy de Cinderella , Phoebe de Tinker Bell e Daisy de Peter Pan para fazer par com a sua gêmea.
- Fizzy, pelo amor de Deus, não saia de perto de suas irmãs! Daisy, não vá tão longe! – Louis esguelava-se quando via que suas irmãs estavam saindo de perto uma das outras.
Logo chegaram na casa do garoto que estava malhando – aquele sem vergonha, de acordo com Louis – e Lottie insistiu em ir pedir Doces ou Travessuras lá.
- Não é não! – Louis parou no portão com cara de tacho enquanto suas irmãs não o ouviram e apertavam a campainha.
O garoto abriu a porta, meio tímido e, pelo amor de Deus! Ele não tinha camisetas não? Qual o problema dele viver pelado por aí? – Louis bufou.
- Doces ou Travessuras? – As meninas gritaram em um uníssono animado.
- Oi? – Ele olhou meio perdido para Louis e depois para a rua cheia de crianças. – Ah meu deus! Eu esqueci de comprar balas... – Ele desaparece por um momento e logo volta. – Meninas, eu vou ficar devendo dessa vez, passem outro dia, quem sabe? – O garoto sorri simpático e fecha a porta.
As irmãs de Louis voltam desapontadas até ele, e é claro que ele não deixaria essa passar. Ele não deu doce a suas irmãs, então ele automaticamente escolheu travessuras.
Um sorriso malicioso brotou no rosto do garoto zumbi e a noite de Doces ou Travessuras se seguiu pela rua quase inteira. Quando todos tinham seus baldes cheios de balas e chocolates, voltaram para casa.
**
Mais tarde naquela noite, Louis iria se vingar do vizinho gostoso – palavras de Lottie! Pegou em uma sacola vários rolos de papel higiênico e esgueirou-se pela janela de seu quarto, saindo de fininho.
Andou algumas casas até a bege com um telhado engraçado e começou a atirar os rolos, deixando a casa inteira coberta de papel. Claro que nem tudo poderia dar certo. Louis esperava que o garoto fosse do tipo de dormir cedo, mas enganou-se. Em plena três e meia da manhã, uma luz acendeu-se e o gostoso colocou a cabeça para fora da janela.
- Mas que porra é essa? – disse com uma voz rouca e grossa.
- Ah, hoje é o dia de doces ou travessuras, não é mesmo? – deliciou-se com a cara irritada do menino. – Minhas irmãs não tiveram doces, então você pediu travessuras.
- Eu esqueci que hoje era Halloween! – ele revirou os olhos. – É melhor sair daqui antes que eu chame a polícia.
- Como quiser.
Louis tacou um último rolo de papel higiênico na cara do menino e saiu correndo em direção a sua casa, rindo alto.
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Mischief » l.s
FanfictionTudo começou na noite de Halloween, quando Harry Styles esqueceu de comprar balas para o Doces ou Travessuras. E, desde então, as travessuras não pararam mais.