Alguns dizem que a morte às vezes pode ser algo horrível - ou não - seja o que for todos nós morreremos. Confinada aqui comecei a apreciar algo que eu nunca havia imaginado: A morte. Depois de um tempo se tornou atraente, imagine passar por torturas diárias que te levam bem perto dela, e puff! Eles te salvam, e você com toda certeza sabe que eles voltarão amanhã, e depois, depois.
É considerável que a minha morte seja todo dia.
As sirenes - o despertador - tocam. Levanto-me, faço minha higiene pessoal e visto as roupas que nos são disponibilizadas aqui.
Uma calça comprida enorme e uma camisa branca provavelmente GG.
Vou ao refeitório para o café da manhã.
Um lugar amplo com paredes metálicas e com umas janelas estranhas aqui e ali que fazem esse lugar parecer um sanatório.
Pego minha bandeja e enquanto vou andando até o local, aproveito para visualizar os outros adolescentes alguns pareciam novos e assustados, nunca fiz amizades, pois sempre fui reservada. Deixei isso de lado e fui pegar meu café, se é que pode se chamar de café - é algo tão estranho que nem sei dizer o que é -, metade vai parar no lixo.
Um guarda vem em minha direção e me diz:
- A senhorita sabe que é a primeira todos os dias para os testes, apresse-se eles a querem lá em baixo, logo. Estou encarregado de acompanhá-la hoje.
Não o respondi, apenas assenti e me levantei.
Passar por aquele corredor - para mim - era como passar pelo corredor da morte, apesar de não lembrar de um, era algo que simplesmente chegava na minha mente.
Enquanto andava por ele sentia o ar gélido que vinham por baixo das portas das outras salas, era um local pouco iluminado e acho que tinha problema na iluminação, pois algumas luzes piscavam o tempo todo.
Cheguei à porta da sala. Respirei fundo. Entrei.
Lá dentro estava como todos os dias, vários cientistas em computadores no qual pareciam nunca desgrudar os olhos de lá. Eles nem desviaram o olhar quando entrei, continuavam lá como se estivessem hipnotizados.
- Ela chegou - disse um deles, era o dr. Rosfield. Sem ânimo, era a reação que me acostumei a ver todos os dias, ele era um homem de poucos amigos, nunca sorria, era baixo e calvo, e com barba extremamente branca, não era nem um pouco inspirador.
fiquei no canto da sala com meu cabelo desarrumado sobre mim, e minhas roupa largas e caídas sobre mim.
- Tudo bem venha até aqui - o dr. Rosfield disse.
Fui andando calmamente e atenta para ver se haveria algum anestésico ou algo estranho, nada. Nenhum movimento brusco, apenas os cientistas com as caras nos computadores então vi algo realmente estranho, era uma caixa de vidro e tinha uma escada ao lado.
- Suba, quero que entre no recipiente - era o dr.
- Espere! O que farão? - eu finalmente me pronunciei. Assustada.
- Entre no recipiente, AGORA! -Aparentemente ele fez questão de enfatizar a última parte apontando para o vidro - Entre ou mandarei te colocar lá dentro, e acredite não será nada bom - ele me olhou furioso.
Hesitei um instante, então assenti e entrei cautelosamente.
Foi o momento em que me arrependi.
O local simplesmente começou a encher de água. Totalmente, e rápido. Desesperei-me gritando e batendo no vidro, mas, a água continuava subindo cada vez mais.
Desespero me consumiu, quando água me cobriu, comecei a sentir o gás carbônico que se acumulava em mim, ardendo como se algo estivesse sugando meus pulmões aos poucos, não acreditava que ia morrer com a morte que considerava a pior. Afogamento.
Imersa dentro daquele tanque, fiquei esperando a morte, ela pareceu vir mais lenta, eu escutava meu coração acelerado, dei a última olhada ao redor, pessoas continuavam me observando, mas ninguém. Ninguém, se dispunhava a me ajudar, Me rendi aos poucos, deixando que me levasse, consumindo. Até que eu encontrasse conforto na escuridão.
Me levando, forçando-me a dormir e eu a deixei me levar, então os outros momentos foram flashes.
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3X01 RED
Science FictionUma organização de cientistas está estudando-a juntamente com outros adolescentes, mas a grande pergunta que se faz é: O que querem? Ela não sabe seu verdadeiro endereço, sua família ou amigos - ou pior, ela não sabe se os tem - Mas, sua grande ambi...