What to do when you love?

Surprise

   Mas que desgraça! Mal começaram as aulas e já estava nervosa, chegando ao ponto de explodir! Por mais que eu tentasse prestar atenção nas aulas, a imagem de Sehun e seus possíveis planos para me atingir surgiam em minha mente, me deixando totalmente atordoada. Não, obviamente não sinto medo, mas tinha que fazer também os meus planos para ele me deixar em paz, e isso realmente me deixa maluca... Meu Deus, por que justo eu!? 

     Até que sinto algo sendo jogado em mim várias vezes, o que me fez voltar dos pensamentos à sala de aula, olho para trás já fervendo de raiva ao imaginar o que seria e de quem vinha... Sim, eu estava certa, Sehun, sem um pingo de interesse na aula, jogava bolinhas de papel em mim e ria como se fosse tão engraçado quanto eu chutar as partes íntimas dele (o que eu estava prestes a fazer). Senti fúria e desafio em seu olhar, percebi que queria que eu jogasse também ou talvez previa isso, como uma armadilha, então, com muito esforço não fiz nada e apenas virei de volta para fingir que prestava atenção à aula e que não acontecia nada, como se fosse um completo invisível. Bingo! Acertei no ponto fraco dele: medo da invisibilidade, de ser rejeitado. Mas o babaca não desistiu e continuou com a palhaçada mas eu também nem se quer movi um dedo para mostrar que estava incomodando. Acho que o jogo já começou e com certeza, eu não iria perder para um galinha ridículo. 

     E finalmente ele para, para minha surpresa. O que houve? Alguém quebrou os braços dele? Só pode ter sido isso para ele parar, mas só por curiosidade olho para sua mesa e vejo que guardava os materiais... Ah, tinha que ser! A aula já acabava e ele não continuaria isso pelo resto da vida, até porque faria coisas bem piores nos próximos dias/semanas/meses, talvez. Dei graças a Deus que Sehun saiu da sala antes de mim, não queria terminar de arrumas minhas coisas com a presença dele, afinal, já havia sido muito cansativo ficar a manhã inteira na mesma sala, credo! Nem estava acreditando que iria para casa... Mas saindo do portão do colégio, alguém me puxa e tampa minha boca devido ao possível grito que sairia de susto, fiquei sim desesperada mas não seria algum bandido, pois estava sendo levada para dentro do colégio e aí aquela expectativa de ir embora logo sumia, estava decepcionada. Quando ia reagir, o indivíduo me solta e nos tranca em uma sala imunda, que talvez não fosse usada há um bom tempo, e percebo que é ninguém menos que Aquele idiota... Aí aí, lá vem merda. Estava esperando que ele dissesse ou fizesse algo, mas simplesmente me mandou sentar e ficou olhando para minha cara andando de um lado para o outro como se estivesse nervoso. Olha, cheguei a conclusão de que realmente ele é louco. Então, resolvi falar.

     -Ah, qual é Sehun!? Não falará nada? Nem vai fazer nada? Não acredito que me fez perder tempo pra ficar olhando pra minha cara, você é maluco! Vá se tratar! Vê se me erra, tchau, tenho mais o que fazer! - Quando ia destrancar a porta, me segurou pelo braço o apertando e desatou a gritar. -MI-YOUNG! VOCÊ É UMA IDIOTA! PORRA, PRESTA ATENÇÃO EM MIM! - O olhei muito assustada, ele sempre fora um grosso e insensível mas nunca o vi gritar desse jeito pois sempre tinha um tom calmo e irônico, nunca mostra perder a cabeça por alguém, por isso não consegui falar por mais que me ofendesse, precisava que ele se explicasse melhor para formular algo em minha cabeça. Então prosseguiu mais contido agora -Olha para mim. - Tive que olhar, pois colocou suas mão em meu rosto para que de qualquer forma eu fizesse isso. -Eu tentei de todas as formas te chamar a atenção, tentei ter qualquer tipo de reação sua sobre mim, desde ano passado e... - Pausou do nada para me abraçar e chorar!? Sehun está chorando? De fato não conseguiria continuar sua fala. Comecei -S-Sehun... P-por que diabos está chorando e me abraçando? O que significa esta cena toda? É algum tipo de aposta com seus amiguinhos? Porque se for, saiba que não estou nem aí e... - Sehun grudou seus lábios nos meus em apenas um selinho e eu fiquei perplexa, dessa vez não tive reação, o que está acontecendo comigo? Mas quem cessou foi ele. Quem dessa vez quem ficou olhando pra cara do outro, era eu. Eu tinha direito de ter explicações, mas quando achei que ele iria falar algo, me beijou novamente com mais intensidade, e que para minha própria surpresa, deixara aprofundar.