Prólogo e Epilogo

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A realidade sempre foi uma questão obvia para uma garota simples de apenas dezesseis anos como eu. Nunca me empenhei em questionamentos profundos a esse respeito, preferindo deixar os mitos e contos de fadas no reino da imaginação, onde achava que pertenciam. Monstros espreitando sob a cama, escolas mágicas com corujas entregando convites, vampiros brilhantes que resistem ao sangue humano, princesas perdidas e guardiões escolhidos com poderes grandiosos destinados a salvar reinos inteiros...

 Tudo isso estava confinado nas páginas dos livros, como meras criações da fantasia e da ficção. Mas de repente sem aviso ou alardes o impossível, estranho e fantástico começa a se infiltrar na minha vida comum, desafiando os limites entre o que é real e o que é apenas produto da minha imaginação. 

Segredos ocultos e sombrios se revelam, e eu me vejo envolta em um emaranhado de destinos complicados e obscuros. O que antes era apenas fantasia agora parece se entrelaçar à minha realidade, e a linha tênue entre o que é verdadeiro e o que é meramente inventado começa a desvanecer-se perigosamente bem diante dos meus olhos.

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