pensamentos

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Não espero o homem da minha frente falar, saio correndo pelo ginásio,sem nem mesmo a luz descer sobre mim.. não que eu esteja fugindo dela, só estou fugindo das pessoas dali.

Meu pai... A maioria das vezes ficava no território dos demônios, ele falava que lá era mais complicado e que sempre aconteciam confusões. Demônios brigando por almas de pessoas que morreram e os anjos não conseguiram chegar a tempo para resgatar a alma, e assim ela é absorvida por demônios e eles brigam só para poder saber quem vai devorar a alma.

Quando uma pessoa morre, automaticamente um anjo e um demônio vão ao local da morte e começam a tentar pegar a alma da pessoa. Os unicos anjos e demonios que tem permissão de ir tentar pegar as almas são os ''normais'' ou os que tem a forma física humana. Pois todos sabem que se um demônio, que nós nomeamos Gyonon ( os que devoram a alma), pegarem forem lá tentar pegar a alma, vão acabar tentando devorar a alma lá mesmo, e no se momento de alimentação, ele fica visível aos mortais... ou seja, iria dá um enorme problema para me pai.

Agora aqui estou eu, tendo que cuidar dessas coisas imundas.

Vou para trás da escola. Tem uma grama baixa, que agora no outono está meia amarelada e com algumas folhas das árvores no chão, está nublado, e eu estou sentada no chão, encostada na parede branca da escola, olhando para estátuas de pedra que se encontram ali logo á frente... Nunca as tinha reparado, eram anjos com espadas nas mãos. Anjos. Tudo se resumia a anjos, os perfeitinhos e certinhos anjos, eles me dão nojo.

- Eu sei, sinto a mesma coisa, eles sempre alcançam a perfeição, enquanto nós... é... podemos de dizer que... em algumas coisas não.. Voce tem que admitir, os demonios são bem mais atraentes que os anjos.

Me arrepio. Me viro para o lado, e está encostado na parede um menino de cabelos pretos , vestindo uma camisa branca com uma calça preta jeans, com um casaco preto e varias puceiras amarradas no braço. Mas.. como ele conseguiu ler meus pensamentos?

Levanto atordoada, o encarando, ele me encara também.

-Deve estar se perguntando como que eu consegui ler seus pensamentos, simples, sou Edward Cullen, consigo ler pensamentos de todos, menos da minha queridinha Bella. :)

O encaro mais ainda. Quem é esse muleque.?

-Voce é sem graça, vai continuar fazendo essa carinha de cão que não entende o que o dono fala?Meu nome é Arthur. e não li teus pensamentos, você acabou falando em vez de só pensar. Já pensou se tua irmã ouvisse? Iria ser uma briga épica, já que voces duas estão começando a pensar diferente. Taí voce, chamando os anjos de certinhos, mas a algumas horas atrás gostaria de ser conjuradora da luz.

Eu iria ficar o encarando, mas ele ia acabar batendo na minha cara.

-Tu chega falando que é o Edward, tu quer o que? que eu mande voce sentar para bater um papo de como é ter uma familia sugadora de sangue?

-É , qualquer coisa seria mais divertido do que ficar olhando para tua cara de desentendida .

-Tá, que se dane. Afinal, quem é você? -Perguntei tentando mudar de assunto.

-Arthur.

-Esse é teu nome, quero saber sobre voce.

-Sou um dos alnos que entrei para essa escola neste ano.

-Mais alguma coisa? - pergunto.

-não que voce precise saber.Ah, e só para te informar, aquela luz que desce em cima das conjuradoras não é necessario, é só um enfeite que algum idiota criou no passado.

-Como tu sabe disso?

-Anos de experiencia,baby. -Ele responde rindo de lado.

-Afinal, teu nome é Aléssia né?

- Aléxia, e não Alessia, não embola Alessa com Aléxia, por favor.

-Seu pedido é uma ordem, Aléxia. - Ele vai andando em direção ás estátuas rindo.

Percebo que desde que levantei, não saí do lugar, então resolvo o acompanhar.

-Não te chamei para vir aqui comigo.- diz ele.

-Nem eu pedi para alguém me seguir até aqui só para me falar que é o Edward.

-Ok. Mas me explique, o por que dos anjos nas estátuas?

- Não sei, só fui reparar hoje, deve ser algo para dar boa sorte. - respondo.

- A luz não mantém equilibrio sozinha. ela precisa das trevas.- diz ele pensativo.

o sinal da escola o interrompe. Devemos ir para as salas agora, e eu mal sei a classe eu eu irei ficar, antes deles falarem as classes.

- Sabe tua classe? - pergunto

-Sei, dei um jeito de pega-la hoje de manhã escondido no escritório da tua mãe. tu é estranha de pijama.

Nem da tempo de eu responder, ele já me puxa em direção a frente da escola, onde está cheio de alunos entrando pelo portão da frente.

Entramos também, espremidos pelos outros alunos, enquanto ele ainda segura minha mão puxando.

Subimos a escada do 1 andar, e encontramos várias salas cheias de alunos. Ele para em uma sala, a 12.

-Aqui é a tua sala?- pergunto

-Sim..

-Meu nome não está na lista não?

Ele olha para lista.

-Alessia Ash...Alessia Ash... Tem nenhuma Alessia sei lá o que aqui não.

-Aléxia. mas tudo bem. Vou ir procurar minha classe, Tchau.

-Tchau, pessoa.

Antes mesmo de eu me virar, um homem de preto agarra o me braço e me puxa em direção a ultima sala do corredor.

-O que tu está fazendo? - pergunto.

-Tu deve vir comigo, senhorita.

Ele abre a porta, e eu olho para dentro:

- Puta merda! - sem querer sai o som da minha boca, a sala está cheia de gente, mas não alunos, pessoas bem maiores. Minha irmã, minha mãe, guardas de todos os tipos, e quando digo isso quero dizer guardas Demonios, são responsáveis pela segurança de pessoas do poder como minha Tia Lilith.Olho para minha irmã procurando alguma resposta, ela só me olha com um olhar aguniado, e começa e se coçar, eu entendo o por que, ela é da luz, não se sente confortavel com uma sala cheia de pessoas das trevas.

Examino a sala, e logo na ultima carteira, enquanto todos os outros estão em pé, está lá sentada, olhando diretamente para mim com um olhar desafiador,minha Tia Lilith.


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