Capítulo 3- Anos Mais Tarde

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18 anos e alguns meses depois...

Por zayan

Pelo visto a kéfera está de castigo. Daqui do meu quarto da para ver muito bem o quarto dela, não é lado a lado o quarto dela fica de frente com a sala da minha casa, e o meu quarto de frente com a cozinha da casa Dela, mas tem ângulos dos nossos quartos que da para ver perfeitamente os nossos ambientes.

Ela sempre fica na quele lugar ao lado da cama - e eu agradeço mentalmente- por que é um local do quarto dela que da muito bem pra ver da minha poltrona. Tá certo que eu já coloquei ela aqui pra mim fica confortável para observar lá.

Só não gosto quando ela tá chorando, nos sempre fomos amigos e vê lá mal me faz mal também.

Eu queria poder ir lá conforta lá, mais as tias dela nunca permitem fala com ela quando a kéfera está triste assim.

Então ela fica chorando lá e eu observando daqui. - ela enxuga as lágrimas por baixo dos longos cabelos castanhos quase ruivos, ela nunca tira os cabelos do rosto quando chora, sempre foi assim. E eu nunca descobriria que quando ela está assim é sinal que está chorando - nem parece que está chorando- se não fosse o fato de quando ela melhora, sai de casa e vem mi ver. E quando ela vinha, me abraçava tam forte e escondia os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Há kéfera.

Seu quarto está todo bagunçado, há cacos de vidro em toda parte. A mãe dela detesta quando ela faz este tipo de bagunça. Confesso que a mãe dela é rígida de mais.

- kéfera... - sussurro lentamente na esperança que ela possa ler meu lábios, já que daqui ela não pode escutar me.

Pelo visto ela entendeu meus pedidos mentais, já que ela levantou a cabeça e está limpando as lágrimas do seu rosto.

- kéfera... - novamente sussurro para que ela possa ver que eu estou com ela, e eu sei que minha simples companhia em cômodos diferentes para ela, e muito importante.

- zayan... - pude ler meu nome nos lábios dela - que aliás fica lindo na boca dela - novamente fiquei só a observar lá.

Sei que aquele quarto está todo estragado daquele modo por causa de algum ataque de nervos da kéfera, provavelmente a dona Emília não permitiu que ela fosse a festa na casa da amiga hoje.

Então provavelmente ela começou a gritar, é claro que foi por isso, eu escutei seus gritos durante meu banho.

E é isso que acontece quando a kéfera começa a gritar todos correm para o mais longe possível. Seus gritos são tão graves o suficiente para destruir os tímpanos de qualquer um que esteja por perto - agradeço todos os dias por morrar ao lado e ter um quintal que nos separa- e capaz de destruir quase todos os objetos de vidro, até os mais grossos para se ter noção.

Interessante ela sempre me fala que é um anjo, e realmente os gritos de fúria dela lembram me aos de anjo. Como se, nos seus momentos de raiva um anjo tentasse libertar se dela.

Lembro me a primeira vez que a vi, a 12 anos atrás - me remexo na poltrona- e torno a lembrar.

Lembranças on

- veja mãe, aqui tem uma árvore enorme! - falei tão empolgado.

- claro meu filho, e ela é roda sua. - minha mãe falou empolgada também por ver que eu estava gostando da casa nova.

- eu posso subir nela mãe? - falei sem desgrudar meus olhos da árvore através da janela da cozinha.

- ham, acho melhor quando seus tios estiverem presente, você sabe que eles não gostam que você se meta em encrencas, né garotinho da mamãe? - falou de uma forma não explícita, tentando me convencer que eu não deveria subir na árvore.

AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora