capitulo 1

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_ Luciaaa? me atende! eu sei que você esta aqui. - Bethanie suspirou nervosa ultimamente a mulher a tem evitado e isso a estava irritando.
_ Vou contar até 3 se não vou assoprar assoprar ate essa bosta eu derrubar... - Falei e ouvi uma risada de dentro da casa, a mulher jovem e de traços delicados me encarou de cima a baixo.
_ Acabou de acordar foi? - Bethanie olhou para as próprias roupas, uma calça larga e uma camiseta larga devido sua magreza e um tênis, qual o problema?
_ Não vim aqui falar das minhas roupas. - Cruzei os braço e ela sorriu e me puxou para dentro da casa.
_ Eu sei que não, na verdade tenho ótimas noticias pra lhe dar. - Sorriu de orelha a orelha e não sei como ela conseguia se manter assim.
_ OK fala. - Pedi e ela me entregou alguns papeis, li alguns parágrafos e a encarei incrédula.
_ Avó...? Herança como assim?
_ Você é rica Bethanie seu avô te deixou tudo isso. - Eu sabia que meu avó tinha lá seus pequenos milhões mais dai deixar tudo para mim? Ele morava do outro lado do oceano.
_ ... Ta qual é a pegadinha?
_ Nenhuma, bom, pelo que me parece você terá que partir hoje.
_ H-hoje?! mais como pra onde?!!
- faltei arrancar meus cabelos na mão de tanto nervosismo, Dog entrou correndo pela janela e o peguei no colo.
_ Pra casa dos Wilson em São Francisco.
_ O que!!!!! mais nem a pau Juvenal! respirar o mesmo ar que aquele filho abestado deles.
Lucia revirou os olhos diante do meu teatro, okay talvez eu tenha exagerado um pouquinho... Meu avô era tipo uma pessoa que eu vi uma ou duas vezes na vida e todas as vezes ele tinha o maldito costume de me acordar no meio do noite para me levar aos casinos clandestinos com ele.
_ bons tempos. -suspirei.
_ Daniel era um doce se lembra quando ele passava as ferias aqui?.
Flash back on.
_ Doida,doida feiosa.
Joguei a única coisa que estava suficientemente perto de mim: um tijolo com força em sua direção mais acabou acertando a janela da mãe de Lucia que acabou a deixando de castigo pensando que fora a filha.
flash back off.
_ ele era um idiota e isso faz muito tempo meus pais ainda eram vivos.
ouvi uma buzina do lado de fora da casa e Lucia me empurrou em direção a saída
_ Tchau Bethanie boa sorte.
_ O que mais espera, nem me despedi dos meu amigos e minhas roupas?
_ Você compra outras lá, e cá entre nós, seus "amigos" não são boa influencia para uma garota rica né? - Ela retirou um maço de cigarro do meu bolso e deu um tapa em minha bunda, franzi a testa ela era doida. Sorri e lhe dei a lingua.
_ Me liga Doida. - Falei entrando no carro luxuoso.
_ Pode deixar.
O motorista começou a dirigir até o aeroporto, parecia que eu estava viajando na maionese, que coisa mais louca, se bem que ultimamente coisas loucas fazem parte do meu cotidiano . Dog colocou a lingua pra fora ao sair do carro. algumas pessoas que passavam ficaram me encarando provavelmente por causa da minha roupa.
Suspirei, lá vamos nós....
***
Desci da merda do avião ainda irritada, não era minha culpa se eu entrei no avião errado e cheguei quase dez horas atrasada nessa maldita cidade.
Dog parecia ainda sobre efeito do vôo pois não se levantava mais do chão.
_ Vem Dog . - Chamei o puxando pela coleira, praticamente tive que arrasta-lo para fora da sessão de embarque.
_ Vamos...
_ Au,Au. - Começou a correr por entre as pessoas e consequentemente me arrastou junto.
_ mm Beth!e... Dog?- Maria correu até mim e me abraçou, ela parecia ter crescido um pouco desda ultima vez que a vira na web cam.
Flash back on.
_ Ooooooooi Maria olha só quem que eu ganhei. - Ergui o cachorrinho animada e Maria bateu palminhas no colo do Daniel que revirou os olhos, ele olhou atentamente o animal e desatou a rir-se mostrando suas covinhas coisa que por azar tinhamos em comum.
_ Serio? O nome do cachorro é cachorro? - Apesar de eu ter 8 anos e ele 10 na época eu estava muito emotiva já que minha única avó estava doente, por isso comecei a chorar, ele desarmou-se a me pedir desculpas mais eu odiava chorar na frente dos outros por isso desliguei a webcam.
Flash back off.
Eu espantei essas lembranças e sorri para a garota, olhei em volta me sentia uma gigante no meio de tanto povo pequeno.
O único que era da minha altura ali, era uns cara que passava Daniel e Jhon .
_ Oi querida, sinto muito pelo que aconteceu. - Dona Elise falou me abraçando sinceramente, sorri e concordei.
_ Obrigada. - Mesmo que não tenham ido no velório era doloroso pensar no que aconteceu com meus pais
O único que tinha sobrado da minha familia era eu e Dog.
Ouvi um barulho de freio e vi a pior cena da minha vida.
Tudo aconteceu muito rápido, um segundo Dog estava correndo e no outro caído no chão, o motorista desceu do carro e sem pensar avancei nele.
_ Seu idiota retardado filho da mãe matou meu cão! - Ele caiu no chão e comecei a esbofetia-lo lagrimas já caiam dos meus olhos .
_ Tudo bem Bethanie, para com isso sua louca vai matar o cara .- Daniel falou tentando me tirar de cima do homem e sem querer dei um murro em seu nariz, ele cambaleou para trás.
senti alguem lamber minha mão e dei de cara com meu cachorro, o peguei no colo fortemente.
_ Ai que bom que você esta bem..... - Olhei para o chão, se não fora dog que foi atropelado então.....
_ Ai droga...
***
Fui para minha nova casa em um silencio constrangedor, o homem do carro prometeu me denunciar na policia por agressão física sem motivos, mais atropelar um animal indefeso não era motivo suficiente? , mais quem liga né, não tenho dinheiro ainda e sou menor de idade.
Maria estava assistindo Bob esponja o que de imediato já me distraiu até chegarmos na casa.
Abri a porta e dog correu como se aquila já fosse sua casa, eu bem, fiquei boquia-aberta durante um bom tempo.
A casa era enorme, parecia aquelas casas de seriados americanos ou aquelas propagandas da casa própria onde sempre tem uma familia sorrindo na frente.
_ Venha querida. - Dona Elisa me despertou de meus pensamentos e concordei, entrei na casa já tropeçando no "Bem-vindo" O lugar era enorme e elegante tipico de familias ricas, aquilo já me trouxe um frio imenso na barriga, apos conhecer a casa inteira e marcar cada lugar na memoria pra acabar náo me perdendo subi para meu quarto que por um puta azar do destino a porta dava de frente para a do Daniel.
_ Ah que ótimo. - Murmurei e entrei no quarto havia uma TV grande em frente a uma cama de casal cor creme, uma comôda toda detalhada pairava no canto do quarto mais ao lado havia um guarda roupa embutido, uma grande janela a cima da cama. A vista seria linda se não houve-se uma grande árvore na frente, não que eu fosse contra arvores longe disso.
ouvi risadinhas vindas do corredor e abri a porta lentamente, Daniel estava com uma garota de cabelos longos escuros e roupas vermelhas.
_ Deixa eu dar um beijinho amor. - Ela falou fazendo bico.
_ Não, a Maria pode subir a qualquer momento. - Ela tentou desfazer o fecho da camisa de botão dele quando resolvi me intrometer
_ COF, COF , COF. - Dramatizei e ambos me encararam, franzi a testa "tentando parar de tossir" e abanei a mão.
_ Não liguem pra mim, acho que quase, quase... Vomitei arco-iris aqui mais já to indo nessa. - Desci as escadas já longe da vista de ambos e ri sozinha, trouxas.
sai para fora daquele labirinto de quartos empregadas e animais quando me deparei com Maria e seu Jhon jogando futebol.
_ Nossa tai uma coisa que náo se vê todo dia, FilhaxPai, copa do mundo ta garantida. - Ironizei mesmo sabendo que eu não tinha graça nenhuma,Maria em um descuido fez a bola acabar parando nas minhas mãos, sorri maldosamente.
_ Deixa eu jogar também? - Pedi e Jhon negou.
_ Eu até deixaria mais dois contra um seria muita injustiça. - Mordi o lábio, ta talvez seria um pouco injusto, a não ser que...
_ Esperem aqui. - Joguei a bola no chão e vi um garoto vindo de skate pela calçada o puxei de forma bruta e ele me encarou assustado.
_ Tem algum compromisso para agora?
_ Não mais...
_ Ótimo- O puxei comigo e Maria e Jhon nos encaram em silencio enquanto me observavam empurrar o rapaz de mais ou menos a minha idade comigo.
_ Pronto. - Sorri.
***
com 1 hora de jogo ganhamos de lavada por 3x0. Quando dei o gol descicivo eu e meu "parceiro" demos um toque de mão muito louco.
_ Ganhamos! Uhul convivas com essa perda - O garoto falou rindo, caraca já fui com a cara de idiota dele.
_ Bom jogo, mais amanhã tem aula então o que acham de jantar e descansar um pouco? - Todos concordamos. Dei de braços com o garoto.
_ Ei você joga bem, uma pena ser menina, poderíamos arrebentar no time da escola. - Ele falou irônico, dei um murro em seu braço levando aquilo como uma ofensa.
_ E você tem bastante equilíbrio, uma pena ser garoto, poderia arrebentar no time das lideres de torcida. - Rimos. Ele pegou o skate do chão .
_ Tenho que ir agora, minha namorada me espera.
Concordei.
_ Vai lá garanhão. - Cruzei os braços.
_ Ah fala que eu mandei um "Alô" pro Daniel. - What???? Ele era amigo daquele estranho? balancei a cabeça me dando conta que nem sabia o nome dessa peste.
_ Espera ai ou! - Mais ele já tinha ido deixando um rastro de um cheiro estranho.
Abanei a mao e entrei em casa.
Jantamos em uma converseira que a muito tempo eu não tinha, me senti quase em familia,mais tudo fui por agua a baixo quando Paola veio sentar-se a mesa, argh ela e Daniel não paravam de trocar carícias.
_ Então Maria, como esta os estudos? - Tentou puxar assunto com a baixinha ao meu lado.
_ Náo te interessa sua bruxa.
_ Maria! - Os pais a repreenderam e uma das empregadas quase tropeça ao trazer o purê.
Daniel pediu licença mais juro que conseguia imagina-lo rindo na sala.
_ Me desculpe querida. - Dona Elisa pediu.
_ Não sem problemas crianças são assim mesmo. - Falou destilando seu veneno pelo olhar.
_ Acho que eu já vou embora Daniel . - O cachorrinho não demorou a aparecer.
_ Me leve pra casa. - Ordenou mais antes o parei.
_ O que foi? - Perguntou, cara que perfume bom.
fingi tirar algo de seu cabelo e ele me olhou confuso.
_ Era uma pulga. - Sussurro sorrindo inocentemente e ele franziu a testa.
_ Engraçadinha nos vemos amanhã na escola "novata". - Falou de forma ameaçadora e abraçou a namorada saindo de casa.

O Quase Clichê De Uma HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora