Pov. Larissa
São 18:40 e modéstia à parte estou bonita. Fiz uma maquiagem mais destacada em meus olhos e estou num vestido que valoriza meu corpo.
Pego minha bolsa e ponho celular , carteira , kit maquiagem , etc.
Ouço o interfone.
- Senhorita , tem um senhor aqui pra senhora.
- Ah sim Walter , estou descendo. Obrigada.
Fico feliz em dizer que não ficou cicatrizes nas minhas costas , então posso mostrar minhas costas a vontade.
Desço e encontro um Ricardo de camiseta pólo e calça jeans que demarcam suas pernas malhadas encostado num carro.
Acho que ele notou meu olhar surpreso porque diz:
- Queria que soubesse que não tenho somente ternos no guarda roupa. - ele diz com um sorriso lindo.
- Já estava ficando preocupada.
- digo sorrindo.
Chegamos num restaurante que , ao meu ver , é caro.
Fazemos nossos pedidos e falamos sobre família, amigos, etc. Ele me pergunta como conheci Marcos e ri muito das palhaçadas dele. Suspeito que ele já saiba que Marcos seja gay , se não estaria enchendo o saco.
Nossos pedidos chegam e comemos conversando animadamente.
- Adorei a comida desse lugar - digo.
- Espere até ver aonde vou te levar da próxima vez.
- Huum senhor Brenner , estou vendo que é rápido. Já lançando a indireta pro segundo encontro.
- Trabalho rápido , senhorita Medsen.- ele pisca.
Sorrimos e acabamos nossa refeição.
- Sabe que não precisava me trazer num lugar caro como esse , não sabe ? - digo .
- Quero que se sinta bem - ele diz pegando em minha mão.
- Já me sinto - digo sorrindo.
Saímos do restaurante e vejo a última dupla que queria ver hoje.
Marcos e Mari.
- Olha só dona Larissa , seu Ricardo. O que estão fazendo aqui?
- Saímos pra jantar , Marcos - Ricardo diz sorrindo.
- Larissa , como não me conta que tá saindo com um gato desses ?
- Mari , por favor , não. - digo envergonhada.
- Foi um prazer ver meu chefe e minha linda chefinha , mas vamos jantar Mari ? - Não posso deixar de sussurrar um obrigada para Marcos.
- Vamos . tchau gente - Mari diz.
Quando estamos entrando no carro , ouço a voz de Mari .
- USEM CAMISINHA !
Misericórdia , quero morrer. Olho para Ricardo , que notavelmente está prendendo o riso.
- Você pode rir se quiser- digo com as mãos no rosto.
Ele começa a gargalhar. Quando se acalma , ele consegue finalmente falar alguma coisa.
- Desculpe Larissa. Eles são engraçados.
- É , são . Passatempo deles é me fazer passar vergonha.
- Não precisa ficar envergonhada linda .
Ele dirige em silêncio até o meu apartamento. Fico aliviada que ele não me levou pra nenhum outro lugar. Isso prova que ele não esta pensando só em sexo.
Claro que se tivermos algo , não vou dar uma de virgem Maria . mas também já liberar no primeiro encontro pra mim não rola.
Chegamos e eu acho fofo quando ele sai do carro e abre a porta pra mim .
-Entregue senhorita. - ele diz com um sorriso.
- Obrigada senhor.
Ficamos um tempo em silêncio e ele me beija.
Um beijo calmo , doce.
Ponho os braços no seu pescoço e ele põe as mãos na minha cintura .
O beijo não se aprofunda , não foi com desejo mas sim com carinho.
Quando ficamos sem ar , ele finda o beijo com um selinho.
- Eu te convidaria para entrar. Mas... - digo envergonhada.
- Eu sei - ele diz com um sorriso.
Nos despedimos e ele vai embora.
Entro no meu apartamento e tomo um banho.
Vou direto pra cama.
Espero que tudo dê certo.
