Capítulo 4 - O que será isso?

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Kalb

Eu sinceramente não sei o que estava sentindo. O que será que estava acontecendo comigo?

Não sou bonzinho com ninguém. Mas quando ela me olhou com aquela carinha inocente eu não resisti. Deixei que ela falasse com o George.

Depois dessa ligação ela ficou calada,sentada na cadeira à minha frente.

Estava fazendo o máximo para me concentrar nos meus negócios. Mas sentir sua presença estava me torturando.

Chamei Victor e logo em seguida ele apareceu.

- Leve a garota para o quarto dela.

-Com muito prazer.-Senti o peso e suas palavras. Meus capangas eram maus, mas eu não permitirei que a toquem.

- Victor.

- Sim?

- Não a toque em hipótese alguma. - Victor entendeu exatamente o meu recado.

Se alguém além de mim tocar nela será um homem morto. Ela saiu sem dizer uma palavra.

Fui para o meu quarto e tentei relaxar. Tomei um banho gelado para espantar essa excitação que ela deixou em mim.

Já estava anoitecendo. Vesti uma calça jeans preta, uma camisa de mangas compridas e um tênis. Desci até a cozinha. O cheiro que vinha de lá estava divino.

Na minha mansão havia muitos empregados. Gosto de ser servido em tudo. Minha cozinheira é uma loira muito bonita.Mas eu a respeito. Ela tem sua família. Nunca ficamos.

- O que teremos para o jantar? -Perguntei.

- Teremos de entrada uma salada de salmão, o prato principal é camarão ao molho de ervas e arroz com amêndoas. De sobremesa teremos bomba de chocolate com sorvete de creme.

- Nossa! Já estou com o estômago roncando. - Ao falar isso lembrei de que desde que havíamos chegado Anny não tinha comido. - Você levou algo para Anny comer?

- Não senhor. Fui avisada para não entrar no quarto. - Droga!

-Eu autorizo você a levar comida para o quarto de Anny.

- Sim senhor McCain.

Subi até o quarto de Anny e a encontrei na varanda. Ela estava sentada em uma espreguiçadeira pegando chuva.

- Você está louca?-Eu peguei ela pelo colo. Apesar dela se debater,eu consegui trazê-la para dentro.

-Me larga. Eu quero morrer. - Pela primeira vez na minha vida,essa palavra me arrepiou.

- Sua louca. Assim você pode morrer de hipotermia.

Sua roupa estava ensopada. Comecei a tirar.

- Me solta. Vai querer abusar de mim?

-Não seria uma má idéia. Mas não.-Continuei a tirar sua roupa.

Ela ficou imóvel na minha frente. Apenas de calcinha e sutiã de renda. Meu pau acordou com força total.

Eu tenho que me controlar. Não posso agir com a cabeça de baixo.

Peguei um vestido de lã,de mangas compridas e cor de vinho. Peguei uma lingerie e joguei para que ela vestisse.

Ela entrou no banheiro e se trocou. Ao sair pude notar o quanto era linda. O vestido de lã colava no seu corpo fazendo suas curvas chamarem atenção.

- Vamos jantar.

- Não estou com fome. - Ela cruzou os braços. Garota teimosa.

- Não perguntei se estava com fome. Eu disse vamos jantar. E você vai jantar comigo.

Eu a peguei pelo braço e fomos até a sala de jantar. A mesa já estava posta.

Katy minha cozinheira serviu a entrada. Me deliciei com sua especiaria. Olhei para Anny e ela não havia se quer encostado na mesa.

Isso me aborreceu profundamente. Não sou acostumado a lidar com pessoas teimosas. Quando as pessoas não fazem o que eu quero. Eu as torturo ou mato.

- Coma!-Falei o mais controlado possível.

- Não quero. - Chega! Já deu pra mim.

Me levantei e peguei o garfo que estava ao lado do prato dela. Peguei a salada de salmão e levei até sua boca. Ela apertou os lábios e me encarou.

- Coma!-Ela apenas me olhava. - Ou você come,ou eu vou enfiar essa comida por tudo quanto é buraco.

Ela não se intimidou. Apenas ficou lá com cara de Amélia me olhando. Minha paciência chegou ao fim.

Apertei sua boca com a mão, com força. Até que ela abriu a boca. Enfiei a comida na boca dela.

-Se você cuspir a minha comida eu mato você aqui mesmo.

- Você precisa de mim viva. - Garota esperta. Mas não mais do que eu.

- Eu posso mandar um pedaço seu para o seu tio. Como prova de que você ainda está aqui.

Ela não falou mais nada. Sentei no meu lugar e fiquei olhando pra ela.

Sei que estou sendo muito rude. Mas esse é o único jeito de Anny fazer o que eu quero.

Finalmente ela se deu conta do quanto a comida estava gostosa. Comeu tudo que havia no prato. Me senti satisfeito.

Logo em seguida a sobremesa chegou. Ela me olhou estranho, senti que algo não estava certo. Comecei a comer a minha sobremesa. Ela fez o mesmo.

- Estamos sozinhos aqui?-Onde ela queria chegar? Vou entrar nesse jogo.

-De noite apenas Denny fica aqui. Mas ele deve estar jantando na área reservada aos empregados.

- Humm. - Por que o interesse?

- Você precisa de algo?

- Não.

Voltamos a comer a sobremesa. Uma gota da calda de chocolate escorreu dos seus lábios.

Eu peguei o guardanapo e a limpei. Ela pousou a mão sobre a minha e a levou até a mesa. Começou a acariciar enquanto olhava nos meus olhos.

Senti o calor que sua mão causava à minha pele. É como se estivesse pegando fogo.

O que essa garota está fazendo? Em apenas um dia ela já me levou do céu ao inferno. Nem Rose uma mulher com quem eu fodia,conseguia fazer isso.

Me deixei envolver pelos seus olhos. Ela foi aproximando seus lábios dos meus. Eu já podia sentir o gosto da sua boca.

Ela sorriu. Foi então que a dor veio em seguida. Ela havia perfurado a minha mão com uma faca.

O corte foi tão profundo que atravessou a minha mão e enterrou na mesa de madeira.

Desgraçada. Ela correu em direção a porta. A dor era insuportável, mas o medo de perdê-la era ainda pior.

Sequestrada por um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora