Três - Alemanha x EUA

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Capítulo III - Alemanha x EUA

Emily viu a televisão desligar e seu pai se levantar, xingando a tudo e a todos, enquanto chutava a estante à sua frente. Jane colocou o rosto sobre as mãos e começou a chorar.

Tudo o que temia, na verdade, estava acontecendo. O que era um bando de fotógrafos comparados à uma guerra?

Emily passou a mão no rosto, na tentativa de secar as lágrimas, no entanto, era em vão. A garota se levantou e correu como um furacão até seu quarto.

- Emily! Filha, venha aqui! – John gritou, na frustrada intenção de trazê-la de volta. Ele não estava bravo, pelo contrário, só queria um abraço da garota. Algo que o desse força.

- Eu... Eu vou tentar conversar com ela. – Jane disse, subindo as escadas. Ao chegar ao final do corredor, bateu na porta. – Emily? Abre a porta, por favor, vamos conversar!

- Vai embora! – ela gritou.

Ao colocar o ouvido sobre a porta, pôde ouvir o barulho de algumas coisas se quebrando, junto dos gritos desesperados da amiga.

- Pelo amor de Deus, não é sua culpa, Emily!

Mais objetos quebrando, e o silêncio finalmente tomou conta do lugar.

- Emily? Emily! – bateu na porta. – Eu vou pegar uma chave pra abrir essa porta se você não a abrir imediatamente!

Alguns segundos depois e a porta se abriu. A garota estava de costas e com o rosto coberto pelas mãos.

- Amiga... Por favor, não haja dessa forma. – suspirou, colocando a mão sobre os ombros dela. – Seu pai precisa de você. Seu país precisa de você.

- Meu país precisa de mim?! – ela se virou depressa, encarando-a incrédula. – Eu destruí o meu país! Essa guerra está acontecendo por minha causa!

- Foram vários fatores! Você não viu aquele velho falando isso?

- O único que ele citou foi o desrespeito...

- Mas não é assim, você sabe. Ele só estava esperando mais um "a" vindo da Casa Branca para finalmente ter algum mísero motivo para começar essa maldita disputa. – deu os ombros, passando a mão sobre o rosto. – Eu também estou triste, você acha que não? Pelo amor de Deus! – ela fungou, olhando em volta. – O Max vai ter que ir nessa maldita guerra... Meu pai também. – negou com a cabeça, colocando o rosto sobre as mãos. – Logo agora...

- Desculpe. – ela mordeu o lábio, sentindo o nó em sua garganta se alargar. – Eu... Eu vou dar um jeito nisso! Eu vou até a Alemanha hoje mesmo e vou implorar de joelhos para aquele cretino do Hoffmann.

- Será em vão. Aquele monstro deve ter um pedaço de pedra no lugar do coração... Isso não vai adiantar nada, pelo contrário. – deu os ombros. – O jeito é lidar com isso e, como ele disse, esperar que tudo termine bem.

- Você tem razão. – fungou, balançando a cabeça. – Eu... Eu vou falar com o meu pai.

- Sim, vá. – sorriu fraco. – Eu vou para minha casa, tudo bem? – Emily assentiu, abraçando-a. – Não se culpe, Emy. De verdade. – sussurrou.

- Eu vou tentar. – sorriu fraco.

Ambas desceram para a sala principal e encontraram John com as mãos apoiadas na estante, enquanto tinha a cabeça baixa. As amigas se despediram com um abraço rápido e Emily caminhou até o pai, logo colocando a mão sobre o ombro do homem.

Ironm4x [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora