Dormi praticamente toda a viajem de avião sentada entre dois adultos bem arrumados que praticamente não desgrudavam seus olhos de seus aparelhos tecnológicos e quando eu acordava ou era para ir ao banheiro ou para pedir algo de comer a aeromoça que sempre sorria docemente e me servia um queijo estranho dentro de um pão morno.
Quando o avião parou no aeroporto internacional de John F. Kennedy eu fui uma das últimas a desembarcar e quando cheguei à esteira de malas muitas pessoas se aglomeravam no local impossibilitando-me de avistar minha mala, a frente uma moça alta de cabelos pretos e pele rubra pegava na esteira uma mala que parecia ser idêntica a minha, ignorei o fato, já que esse tipo de coincidência frequentemente acontecia em aeroportos, mas quinze minutos depois da esteira ter rodado umas quatro vezes e não restar quase malas, inclusive a minha não aparecer, eu comecei a ficar desesperada, afinal, a quem recorrer? Eu nunca estive em NY, não conheço ninguém e estou sozinha, ao longe a pele rubra da mulher se destaca de ante de meus olhos enquanto ela se abaixa para beber água em um bebedor qualquer, ao seu lado, a mala igual a minha presa a um cadeado idêntico ao meu parece estar gritando o meu nome "Estou aqui minha dona, me pegue!", balanço a cabeça tentando afastar pensamentos absurdos e caminho até a mulher.
-Com licença. - Eu digo quando chego perto dela
A mulher sorri de forma gentil e seus cabelos caem à frente de seu rosto quando ela vira para me olhar.
- Acho que essa mala é minha. - Eu digo educadamente
Seu sorriso muda para algo ao ponto da falsidade, ela ergue uma de suas sobrancelhas perfeitamente esculpidas em minha direção.
- Acredito que não, pequena jovem. Esta mala é minha, tenho certeza. - Ela diz e sorri
- Deixe-me só conferir então... - Eu peço
Ela nega com a cabeça.
- Acha que deixarei uma estranha vasculhar minhas coisas pessoais? - Ela diz como se a resposta óbvia fosse um NÃO.
Eu entendo seu ponto e concordo com a cabeça.
- Ok, desculpe, devo ter me enganado. - Eu digo e saio andando
E quanto mais penso mais certeza tenho de que aquela é minha mala, fico indecisa entre ligar para minha mãe e pedir ajuda, pois estou completamente confusa, a mulher fala com alguém no telefone e ri alegremente enquanto se encaminha para o banheiro do aeroporto, essa é minha deixa, quando ela entra eu a sigo. No banheiro a mulher está dentro de um dos boxes enquanto fala no telefone, felizmente, o Box é pequeno demais e sua mala está à frente dele, faço uma dancinha da vitória mentalmente.
- É uma garota veio me falar que eu estava com a mala dela, vê se pode? - Dizia a mulher no telefone
Eu viro a chave devagar no cadeado da mala e depois puxo o zíper o mais silenciosamente que posso, e então meu tênis preto cheio de brilhos pula da mala, abro mais um espaço só para ter certeza e confirmar que aquela é realmente minha mala.
A descarga é apertada e tudo o que consigo pensar é "Me ferrei" enquanto a porta do Box dela é destrancada enfio o tênis de qualquer jeito na mala, fecho o zíper e não ligo para o cadeado que está quase caindo apenas saio quase correndo do banheiro puxando minha mala.
- Socorro! Aquela garota roubou minha mala! - A mulher grita do banheiro
Meus passos são ligeiros e eu saio praticamente correndo porta a fora, infelizmente e mulher me segue.
Os seguranças correm para ampara-la, mais seu dedo aponta em minha direção, enquanto eu ando apressadamente para longe dali.
- Pare já ai! - Grita o segurança
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Como se livrar de um popstar
Teen FictionHistória original - Livro publicado pela editora Multifoco Como se livrar de um popstar - Se você ganhasse um concurso para passar dois dias em nova York com seu maior ídolo pop, o que faria? Essa é a pergunta que Melissa Layonel não consegue r...