Aquele dia foi horrível,nem imaginava que coisa pior estava por vir. Poderia existir a máquina do tempo para eu tentar não dormir naquele momento em que estávamos no quarto. Depois de meu pai e minha mãe ouvirem que a porta tinha sido arrombada os bandidos entraram.
Foi aí que minha mãe se escondeu ao lado do guarda-roupas,onde tinha um banheiro em construção. Meu pai infelizmente era o alvo e começaram a atirar nele. Não sei porque,mas sempre tive o sono pesado demais e a casa podia cair em cima de mim que eu não acordaria. Só que naquele momento eu me movi um pouco e o cabeça da quadrilha disse em voz alta:
- Cobre a criança,cobre a criança !
Até que um dos caras pegou um lençol e cobriu meu rosto. Ainda tentaram atirar em minha mãe,porém pegou de raspão no pé dela.
Os vizinhos chamaram a polícia depois de ouvir alguns disparos e os bandidos foram embora pulando laje por laje no bairro que agente morava.
Depois de poucos minutos eu acordei, ao olhar para o lado vi minha mãe abraçada com meu pai chorando. Confesso que era muito pequena para entender,mas eu também chorei vendo aquela cena. E chorando perguntei para minha mãe:
- E agora mamãe? só vai ter as blusas para agente cheirar ?
Minha mãe me abraçou ainda chorando e depois foi abrir a porta para a polícia entrar.
Hoje lembro-me que fizeram muitas perguntas para minha mãe e nunca esquecerei que o policial me deu um beijo na testa e uma bala para eu parar de chorar.
Sei que eu era uma criança, mas uma bala e um beijo não traria meu pai de volta para mim, então não me serviu de nada aqueles tais afetos do policial.A partir de então,não dormimos á noite toda e pela manhã fomos direto á casa de minha tia.
Após o enterro,depois de muita dor,minha mãe quis ir embora de São Paulo para Pernambuco, onde minha avó materna morava.
Minha avó paterna até pediu para ela ir com ela para o Maranhão,onde meu pai nasceu e ela morava. Minha mãe não aceitou a proposta feita por minha avó e depois de três semanas que aconteceu a tal tragédia ela e eu compramos nossas passagens e fomos para Pernambuco.
Apesar de tudo eu não queria ir embora para longe dalí,em São Paulo eu tinha minha família toda e amigos também, por isso fiquei muito triste.
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A garota infeliz
ParanormalRoberta perdeu seu pai muito cedo e teve que sair de sua cidade,pois sua mãe não queria que tivessem lembranças do marido. Ela era apenas uma garotinha de 4 anos,prestes a completar 5. Seu pai estava planejando uma grande festinha,porém,duas semanas...