Quando o amor acontece

Capítulo 8

Alice

Decidi que de qualquer maneira eu iria descobrir quem era a tal de Drika, não tinha certeza se realmente aquela mensagem fosse para o Fábio, então resolvi investigar.

Fábio e eu estávamos assistindo um filme na sala de seu apartamento o dia estava chuvoso e um pouco frio.
Olho para ele que tinha adormecido no sofá.

Não pensei duas vezes peguei o celular e procurei na agenda pelo nome de Drika, olhei também as ligações recebidas mas não encontrei nada.

Disquei na tela o número da mensagem que havia anotado em minha agenda fui para o quarto fechei a porta e liguei para o número.

No segundo toque a vaca atendeu. E já foi falando.

-Nossa Fabinho pensei que tivesse me esquecido.

Fabinho que droga era essa? Desliguei o celular imediatamente. Agora eu tinha a certeza de que a mensagem era mesmo para ele, desgraçado estava me enganando o tempo todo.

Não tinha mais clima para estar ali abri a porta e fui embora amanhã conversaria com ele.

Acordei com o meu celular tocando peguei o celular e atendi.
-Caramba gata foi embora e nem me avisou.

-Preciso falar com você tem como vir aqui agora?

-Claro estou indo.

Em menos de dois minutos Fábio ja estava no meu quarto essa era a vantagem de sermos vizinhos não demoravamos muito para estarmos na casa um do outro.

-Fábio me diz quem é Drika.

-Como assim não estou entendo que Drika?

-Não mente pra mim eu vi em seu celular.

-Você não tinha o direito de mecher nas minhas coisas.

-Só me responde quem ela é.

-Ela não é ninguém é só uma colega.

-Você não me engana Fábio sem muito bem a fama que tem.

-Tá comigo porque então se não confia em mim?

-Você sabe meus sentimentos por você só não quero ser enganada.

-Não estou enganando ninguém.

Fábio sai e bate a porta fazendo um enorme barulho.
Fiquei ali e as lágrimas foram inevitáveis.

Liguei para ele várias vezes mas ele não me atendeu.
Eu sabia que aquela garota não era só uma colega tinha algo a mais.

Trabalhei o dia todo com a cabeça nas nuvens e para piorar a chuva estava muito forte acabei me molhando inteira antes mesmo de chegar no ponto de ônibus.

Entrei no ônibus ensopada me sentei e coloquei meus fones no ouvido, fui o caminho inteiro pensando em ligar novamente para Fábio mas mudei de idéia afinal quem errou foi ele e não eu.

Estava muito triste para ir a faculdade sei que certamente não prestaria atenção em nada.

Desci do ônibus e fui caminhando em direção ao meu prédio, entrei no elevador e quando sai avistei Fábio agachado na minha porta com um buquê de girassóis nas mãos.

-Alice me desculpa por favor.

-Pensei que nunca ia lembrar das minhas flores favoritas.

-É pelo jeito eu lembrei.

Abri a porta e pedi que entrasse.
Fábio estava com o olhar triste, eu estava louca para saber o que ele iria me dizer.

-Alice aquela  garota a Drika a gente nunca teve nada.

-Tem certaza?

-Ela que fica me cercando já falei que não quero nada com ela mas mesmo assim ela não sai do meu pé.

-Fábio eu espero que você esteja falando a verdade porque se estiver mentindo eu jamais vou te perdoar.

Eu ainda estava com a roupa encharcada da chuva quando Fábio me abraçou e ele acabou ficando molhado também.

-Fábio preciso trocar de roupa e você também.

-Tenho uma idéia melhor gata.

-Qual? Perguntei curiosa.

-Vamos tomar banho juntos.

-Você é bem espertinho não acha?

-Se você não quer ta tudo bem, mas não sabe o que tá perdendo.

-Já que você fez essa proposta não vou recusar.

-Sabia você é mais espertinha que eu.

Eu adorava essas loucuras que Fábio inventava ele sempre me surpreendia.
Estava muito feliz por ter ficado numa boa com ele de novo.

Fábio

Entrei na lanchonete e logo vi aquela ruiva em pé no balcão, nossa que ruiva gostosa não conseguia tirar os olhos dela se fosse antigamente eu ia chegar chegando.

Mas pensei em Alice não seria honesto com ela.

Sentei na mesa e pedi um suco de maracujá para Paulo um amigo que trabalhava la. E a ruiva continuava lá me encarando, meu suco chega e quando termino te tomá-lo a ruiva vem em minha direção.

-Oi gato me chamo Drika, qual o seu nome?

-Fábio, disse meio sem jeito que garota atirada.

-Pode me passar seu telefone?

-Me desculpe mas tenho namorada.

-Eu não sou ciumenta gato.

-Não vou te passar nada, me dá licença por favor.

Me levantei e fui embora, não pude acreditar que dispensei aquela gostosa.

Assim que saio da lanchonete o meu celular toca.

-Oi gato é a Drika.

-Como consegui meu número?

-Seu amigo que trabalha na lanchonete me passou.

-Eu vou matar ele, garota me deixa em paz.

-Só se você der o que eu quero.

-E o que você quer?

-Uma noite com você.

-Já falei tenho namorada me esquece.

-Eu não vou desistir fácil assim.

Ela desliga o celular na minha cara, que maluca espero que ela me deixe em paz.