Faz um ano e meio depois da morte de minha irmã e dois amigos em uma aventura no campo longe da civilização passando pela estrada, o acidente foi fatal e o carro capotou uma, duas, três... várias vezes, só se ouviu o barulho do veículo sendo amassado e jogado sobre a árvore. Uma luz forte proveniente de faróis de outro carro vinha em nossa direção, Emmet pisou no freio e girou o volante tentando evitar a batida, porém a roda dianteira entrou num buraco com força e velocidade fazendo com que o carro deslizasse e capotasse, pude ouvir o barulho que o carro fazia ao bater no asfalto, ainda podia sentir dor em várias partes do corpo, podia ver o sangue escorrendo pelo rosto dos que estavam comigo, ainda podia ver os gritos de uma das meninas um pouco a minha frente embora não conseguisse ve-la nitidamente, quando suspeitei que de minha irmã não estava em lugar algum no carro, tentei procura-la mais minha perna doía tanto graças a minha visão que estava ficando mais turva. Ouvi pessoas chegando perto do carro e mais ao longe o barulho de sirenes. Tudo ficou mais distante e então a escuridão tomou conta de mim.
Meus olhos continuavam fechados, embora eu já estivesse acordada. As pálpebras pareciam pesadas demais para que eu conseguisse levantá-las, enquanto o corpo ainda teimava em não me obedecer. No entanto, ouvia a máquina ao meu lado apitar repetidas vezes e rapidamente, anunciando que eu já não dormia mais. Com algum esforço, consegui mexer os dedos, fechando uma das mãos lentamente. Ainda mais devagar, abrir os olhos, mas fechei assim que a claridade exagerada, somada ao quarto branco demais, atingiram-me. Continuava ouvindo os bipes da máquina, mas eles passaram a ser intercalados com o barulho de passos adentrando o cômodo. Finalmente conseguir manter os olhos abertos e os pousei sobre minha própria perna direita, podendo finalmente entender o motivo dela pesar tanto. Uma camada de gesso a envolvia, o que o fez concluir que provavelmente estava quebrada. Busquei na memória algo que pudesse dizer como aquilo havia acontecido e como cheguei até ali.
Assustei-me. Virei a cabeça rapidamente na direção do médico que ouvir entrando no quarto poucos minutos antes. Rápido demais, constatei, quando sentir uma leve tontura me atingir.
- Onde... Beatriz, onde ela está? - Minha voz saia fraca e falhada, pelo fato de não ser usada há algum tempo. O homem, parado ao lado da cama, parou de fazer as anotações em sua prancheta e encarou Mia, deitado na cama.
- Você tem que se acalmar, Sr. Mia. - Ele falou, calmo. - Ainda estamos monitorando a sua situação para termos certeza de que a concussão não causou nada além da perda de consciência.
- Não, Doutor... Eu quero... Eu preciso ver a minha irmã!- Exclamei, ouvindo a máquina ao meu lado apitar freneticamente com meu medo ao pensar no que poderia ter acontecido com Tris. - Está tudo bem com ela, não está?
- Sr. Mia, por favor, se acalme. Vamos fazer assim: observamos você até o horário do almoço, se estiver tudo bem, nós lhe responderemos sobre sua irmã - O médico continuava calmo, na esperança de que aquilo acalmasse Mia também.
- Mas ela esta bem? - Insistir mais uma vez.
- A situação de Beatriz é mais complicada, Mia. - Dr. Blake, como eu agora conseguia ler bordado no jaleco branco, confidenciei, após respirar fundo.
- Ela foi mais afetada no acidente, teve muitas fraturas e também uma hemorragia interna grave. Tivemos que leva-la para a sala de urgência.- Fez uma pausa, mais logo voltou a falar, quando viu a paciente arregalar os olhos, amedrontada.
- Acalme-se, garota. Eu sei que será difícil o que irei dizer mais espero que não faça nada precipitado agora, sua saúde é mais importante no momento.
- Diga logo o que aconteceu com ela!- gritei
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Sky Blue
AléatoireDeterminada, talentosa e sonhadora, Mia é filha mais velha da família Evans e está cursando o primeiro ano de ciências biológicas. Apaixonada por um homem leal ao qual não conhece, ela enfrentará problemas com ricos e esnobes. No entanto Mia nutre...