Depois da meia-noite.

Capítulo 01

NICOLE'S POV

Já passam da meia noite.
Eu não sei o que vou fazer.
Esse cretino do Rodrigo termina comigo por mensagem de texto sem ter a coragem de olhar na minha cara após esses dois longos anos. Meus pais com um processo de divórcio, e eu longe de casa sem poder ajudar, estou completamente desamparada. Estava na rua quando recebi essas notícias "maravilhosas", uma atrás da outra, eu sou uma pessoa de sorte mesmo. Simplesmente estacionei o carro perto de uma pequena capela aqui na Universidade, que me faz lembrar minha casa e é o único local que eu me sinto aconchegada.
Cheguei lá e me sentei bem na frente, já estava chorando muito. Pensava seriamente em fazer alguma loucura, mas então, atrapalhando os meus planos, escuto um barulho. Saco.
-Tem alguém ai?- era só o que me faltava ter alguém lá, naquele horário, iria pensar que eu era louca, toda borrada com a cara inchada, estava realmente um caco.
-Oi, me desculpa não queria atrapalhar- disse o estranho- Meu nome é Leonardo.
-Tudo bem!- eu disse meio desconsertada- não quero ser intrometida nem nada, mas o que você esta fazendo aqui a essa hora?
-Perdi o meu telefone aqui mais cedo... E você ?
-Só estava precisando ficar um pouco sozinha. Problemas.
-Entendi, mas é meio perigoso ficar desse lado do campus essa hora- é verdade, pensei comigo, já havia ouvido alguns boatos- não posso deixar uma garota linda como você sozinha- ele estava me cantando? Eu não posso acreditar, homem é tudo igual mesmo, não prestam- Posso te acompanhar?
-Não precisa, obrigada. Estou bem, quero ficar.- falei em um tom mais frio.
-Terei que insistir! Vem comigo, eu não mordo não- falou como um sorriso no canto da boca.
-Sem querer ser grossa, mas eu quero e vou ficar SOZINHA- Elevei um pouco o tom de voz.
-O.K! Calma marrenta... Não precisa ficar estressada- senti minha cabeça ferver na hora.
- Não me chama de marrenta, você não sabe quem eu sou, você não me conhece então, faz um favor, vasa daqui.
-Eu saio assim que a marrenta me disser o nome dela...
-Cara, não te interessa- eu disse.
-Só saio quando me falar...
-NOSSA!  Você é muito chato. É Nicole, satisfeito?
-Muito satisfeito.- então fiquei esperando ele sair e nada.
-Agora você pode sair?
-Pior que não, perdi meu telefone, e eu não posso sair antes de acha-lo- ele falou, parecia estar se divertindo com a situação
- Além de chato, não cumpre o que fala!-estava com muita raiva- Faz assim, fica aí porque eu vou pro meu dormitório, estou sem saco pra aturar pessoas como você.
-Poxa marrenta, não faz assim...
- Puta merda garoto, já mandei não me chamar de marrenta, meu nome é N.I.C.O.L.E.
Depois de descontar toda a minha raiva no garoto eu me virei e fui em direção a porta, quando já estou próxima da saída ele puxa meu braço e cola nossos corpos. Por alguns segundos eu esqueci completamente meus problemas(e como se respirava) até que ele falou:
- A gente se vê qualquer dia desse?
-Vai sonhando, garoto!
Então o empurrei e fui em direção ao carro que eu havia alugado mais cedo naquele dia.
-Te vejo por aí, marrenta- o louco grita e eu simplesmente ignoro, dou partida e em menos de 5 minutos já estava no meu dormitório, chegando lá fui direto para minha cama, não demorou muito e eu dormi, o dia tinha sido realmente agitado.

LEONARDO'S POV


Não acredito como eu consegui perder meu celular naquela capela!
Foi tudo tão rápido com a Jennifer... Se é que esse era seu nome. Já se passava da meia noite quando dei falta dele e com uma puta preguiça tive que voltar aqui para procurá-lo. Cerca de 5 minutos que eu cheguei ouço alguém entrando aos prantos e se sentando em frente ao altar, tento sair sem fazer barulho mas infelizmente não consegui, ela se virou e perguntou:
- Tem alguém ai ?- ela indagou soluçando um pouco, estava escuro acho que ela não me enxergou.
-Oi, me desculpa não queria atrapalhar- eu disse meio sem graça- Meu nome é Leonardo.
-Tudo bem!-ela respondeu parecendo meio desconfortável com a situação- não quero ser intrometida nem nada, mas o que você esta fazendo aqui a essa hora?- ela perguntou, achei até meio engraçado confesso, ela não parecia estar com um pingo de medo, fala sério, eu podia ser um psicopata, um maníaco (não sou é claro, as garotas vêm até mim sem que eu peça, não preciso fazer nada, meu olhar já faz elas delirarem, modéstia a parte obviamente)
-Perdi o meu telefone aqui mais cedo... E você ?- perguntei me aproximando um pouco mais.
-Só estava precisando ficar um pouco sozinha. Problemas.- julgando pelo seu estado emocional devia ser encrenca pesada.
-Entendi, mas é meio perigoso ficar desse lado do campus essa hora-fiz uma pausa- não posso deixar uma garota linda como você sozinha- e comecei meu papo de gavião, que aliás nunca falha e cara ela é linda, mesmo com a cara inchada e com a pouca iluminação que tinha, ela era linda, imagina quando estivesse claro, se eu tiver jogado as pedras certas vou ter a sorte de lhe admirar um pouco mais - Posso te acompanhar?-apostei, tomara que dê certo.
-Não precisa, obrigada. Estou bem, quero ficar.- O que? Eu não podia estar levando um fora...
-Terei que insistir! Vem comigo, eu não mordo não- falei e ela não moveu um músculo sequer, era inacreditável.
-Sem querer ser grossa, mas eu quero e vou ficar SOZINHA- OPA! OPA, parece que temos uma estressadinha na área
-O.K! Calma marrenta... Não precisa ficar estressada- sua expressão foi de estressada para uma pessoa que podia matar o primeiro que aparecesse na sua frente (no caso, eu).
- Não me chama de marrenta, você não sabe quem eu sou, você não me conhece então, faz um favor, vasa daqui.- ela falou tão rápido que eu achei que ela ia explodir.
-Eu saio assim que a marrenta me disser o nome dela...- eu estava adorando a situação.
-Cara, não te interessa- ah mas eu não ia desistir tão fácil.
-Só saio quando me falar...- atormentei mais um pouco.
-NOSSA!  Você é muito chato. É Nicole, satisfeito? – Nicole, definitivamente  eu não iria esquecer haha
-Muito satisfeito.- falei, podia sentir seu olhar me fuzilando mas não saí, continuei na sua frente.
-Agora você pode sair?- ela perguntou
-Pior que não, perdi meu telefone, e eu não posso sair antes de acha-lo- agora eu sabia o que era raiva, perder meu telefone naquela hora não poderia ter sido melhor.
- Além de chato, não cumpre o que fala! Faz assim, fica ai porque eu vou pro meu dormitório, estou sem saco pra aturar pessoas como você.- agora que tava ficando divertido
-Poxa marrenta, não faz assim...- choraminguei com um sorriso no canto da boca o que pareceu estressa-la mais ainda
- Puta merda garoto, já mandei não me chamar de marrenta, meu nome é N.I.C.O.L.E.
Ela se virou e caminhou, muito rápido por sinal, para a saída, mas eu não podia deixar que ela fosse embora sem mais nem menos então a puxei pelo braço e colei nossos corpos, percebi que isso a tirou dos eixos.
LEO 1 x MARRENTA 0

- A gente se vê qualquer dia desse?- ela já estava na minha mão, ninguém resiste...
-Vai sonhando, garoto!-  e do nada ela me empurrou e saiu em disparada. Que garota intrigante... Ela parece gostar de jogos mas, mal sabe que acabou de conhecer o melhor jogador.
"Let the games begin".
-Te vejo por aí , marrenta- falei e ela só ignorou e deu partida no seu carro.
Entrei na capela novamente em busca do meu celular e o encontrei embaixo do banco em que a Nicole estava sentada. Peguei-o, e fui direto para o meu dormitório.
Cheguei e tomei um banho, dormi pensando que dia insano havia sido aquele.
Em primeiro lugar fiquei com uma garota dentro de uma capela, tomara que eu não vá para o inferno e levei um fora de uma garota linda, o primeiro fora da vida realmente marca.