5 - O quase atropelamento

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-É seu pai.


Essas palavras me fizeram estremecer, eu nunca conheci meu pai, ele , morreu antes de eu nascer, num acidente.

-Meu pai? Mas por que a senhora nunca me mostrou isso?

-Porque...porque eu nem lembrava dessa foto, vou fazer o jantar.

Ela parecia meio conturbada com o ocorrido, e saiu no mesmo instante, tomando a foto da minha mão. Isso tudo que ocorreu comigo em apenas um dia estava a me deixar louco, então decidi dar uma volta, avisei minha mãe e sai.

Sai da minha casa e comecei a caminhar sem rumo, a cada passo, me sentia mais encantado naquela garota, e aquela foto do meu pai? Por que nunca tinha a visto antes? Tem algo errado ai, senão houvesse com toda a certeza, minha mãe já teria me mostrado ela. Com meus fones de ouvido em seus devidos lugares, continuava a caminhar... Até que vi uma garota muito semelhante aquela do ônibus de costas, até a mesma roupa... ESPERA AI, é ela. No exato momento que a vi, meu coração se disparou absurdo, mal conseguia ouvir minha música, ouvia somente as batidas do meu coração que não me deixavam nem ao menos, raciocinar direito. Não posso simplesmente chegar perto dela e começar a conversar, seria muito bobo fazer isso, mas o destino me ajudou. A louca também estava de fones, parecia distante, tanto que nem viu o carro se aproximar dela. O idiota não estava disposto a frear, e eu simplesmente por instinto ou sei lá o que, me joguei a ela com um salto que achava meio impossível, a derrubando no chão no outro lado da rua.

-Éhhhhhhhh, obrigada, eu acho. - disse ela, com aquela linda boca que se mexia, por um segundo acho que parei de respirar.

-Só tome cuidado, antes que você morra. - disse meio sem jeito.

-Vou começar a tomar mais cuidado. É que eu estava meio distante pensando.- disse ela,o que eu não daria pra saber em que ela pensava? - é que minha família tem alguns tipos de problemas e isso acaba por me conturbar um pouco.

-Problemas muito sérios? - disse eu tentando talvez me aproximar um pouco.

- Digamos que problemas diferentes - disse ela com um pequeno sorriso lateral, MEU DEUS, que sorriso *-*.

- Se você não se importar podemos marcar de nos encontrarmos pra conversar, que tal? - disse eu, ai reparei que seus olhos estavam mostrando alegria , por essa não eu não esperava.

- Hoje as 21, que tal? - disse ela, tenho um encontro com ela, não creio - no shopping.

- Ok - respondi ainda meio sem palavras.

- Até a noite então. - disse ela e se foi.


Marcados pela LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora