Capítulo 17 - Evie

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Estamos fora do prédio, na calçada, ele olha para os lados parecendo esperar alguém

- É nessas horas que eu gosto de ter meu carro por perto - Fala baixo, mas eu escuto

- O que estamos fazendo aqui? Por que tanta pressa? - Faço a pergunta que estava me corroendo

- Júlia e Tadeu sofreram um acidente! - Diz parecendo nervoso

- Tadeu? Quem é Tadeu? - Pergunto

- Pai da Sophia, eles querem se acertar e ficar juntos, saíram ontem e curtiram, hoje eles estavam voltando e um carro desgovernado bateu na traseira fazendo perder o controle e bater em um poste, e a batida foi feia, não tenho muitos detalhes - Ele olha para os lados, um carro se aproxima e Albert vai até ele, abre a porta de trás

- Max! Você demorou - Faz um sinal para eu entrar, entro e ele fecha a porta, abre a porta da frente e se senta

- Desculpa, tive que trocar de roupa - Max se desculpa - Olá Evie - Sorri para mim

- Olá Max - Digo

- Mas o que aconteceu? Não sei se você percebeu mas eu não estava entendendo nada no telefone! - Albert pergunta

- Um carro bateu na traseira deles e eles bateram - Max diz quase soletrando para que Albert entendesse

- Sim, e como você sabe disso mesmo? - Albert pergunta

- Um funcionário lá da oficina estava voltando do seu horário de almoço e passou por onde o carro bateu, ele disse que a ambulância estava lá e eles estavam tirando os corpos, ele viu o corpo da Júlia e o do Tadeu na maca - Max dirige rapidamente.
Chegamos na frente do hospital, Albert sai correndo, vou atrás, chego e ele está falando com a recepcionista

- Senhor, eu já disse que não tenho informações, vá até a sala de espera que quando terminarem o médico irá chama-lo - A moça parece estar ficando impaciente

- Ta bom... Certo... Certo, obrigado - Ele sai, vou atrás dele, entramos no elevador, ele não diz nada e anda de um lado para outro, saímos e ele fica lá andando pra lá e pra cá, me sento começando a ficar preocupada só com a preocupação dele, eu já estava preocupada antes, só que não tinha pensado nela, é estranho?
Ele anda, os minutos passam, paciência acaba, já estou ficando doida com o Albert andando de um lado pro outro sem parar, isso já está ficando desconfortante, vejo um médico se aproximando, me levanto bruscamente, Albert olha pra mim e se vira para o médico

- Parentes de Júlia Damon e Tadeu Nóbrega? - confirmamos com a cabeça - Desde já aviso que Júlia teve que fazer uma cirurgia e não está acordada, ela não teve muitas sequelas por fora, mas quase morreu com hemorragia interna, mas agora está tudo bem - Albert solta um suspiro - E o senhor Tadeu... Está consciente e bem, tirando o fato dele ter fraturado a perna - O médico sorri de lado

- Obrigado, quando posso vê-los? - Albert pergunta

- Agora, vocês podem ir juntos se desejarem.

- Vamos? - Albert se vira e estende a mão

- Claro - Pego sua mão, o médico sai e vamos atrás dele, entramos em uma sala, avisto Júlia deitada com uns arranhões, Albert beija sua testa, vou até ela e seguro sua mão, sem querer sinto seu pulso, ele está batendo forte, é um ótimo sinal eu ver com minhas próprias mãos a não ser aqueles aparelhos. Pode parecer que não mas Júlia é uma peça importante em tudo, eu considero a mesma como uma irmã, ela é amiga e companheira, engraçada, curiosa, é a Júlia!
Albert faz um sinal para sairmos do quarto, ele vai até o quarto do lado e entra, entro atrás até que vejo Ted, Ted? Como assim o Ted? Paro na hora e fico olhando para Ted ali naquela cama com a perna engessada e pra cima, Albert me olha curioso

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