Nas fronteiras da Guerra- os bastardos.II

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Em meio aos tiros
Vi dois irmãos abraçados
Irmãos de guerra
Dos pais foram afastados
Na guerra se ver o que não se pode descrever, completamente
A poeira subia a altura dos olhos
Então algo subiu mais alto
A voz do garoto novato
Bradando a frase
Somos sós, somos assassinos e perdedores, somos inimigos dos destruidores, somos a morte deles
somos os do outro lado, somos o filho bastardo
Isso de alguma forma deu coragem aos homens
E corremos em direção ao inimigo
Com a coragem de nunca ter perdido
É mais fácil decidir acreditar que não tem ninguém esperando por você
Porque quando você vai não tem volta
Mesmo que seu corpo volte, sua alma já está morta
Escutei gritos e tiros
Gritos de dor
E de gosto por matar
O barulho cessou
Tudo estava morto
A poeira baixou e então pude ver
Todos mortos, e eu ali em pé
Um combate frente a frente entre dois exércitos
E apenas eu em pé
Bradei a frase
Aqui jaz o último bastardo, tenho sorte
Não morri pelo inimigo mas por mim mesmo fui apunhalado
Não tem ninguém me esperando
E não é nada que eu tenha esperado
Aqui jaz o último bastardo
Apunhalei um punhal em meu peito
Sorri e a morte em fim me alcançou.


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