As pessoas vão ficando para traz
A dor que doia ja não doi mas
O vento bate minha porta
Que entreaberta está
Eu conheço o que tem aqui
Mas nada conheço do lado de la
As pessoas veem de la, certo?
Quanto a isso preciso ser mais esperto
Pois eu nunca sei como são
Elas veem da multidão
Entrão em minha casa sem pedir permissão
Afinal, os bons modos onde estão?
Elas fazem morada no coração
Bebem de seu café e como do seu pão
Elas deixão de ser estranhas
Passam a ser tudo
Você passa a ama-las
Até que numa manhã você acorda
E no lugar da mesa ou grampiado na porta
Está escrito uma despedida
Sinceramente eu teria trancado minha porta se soubesse que você vinha
Mas nunca sabemos
Você chora, quebra, berra, cai e por fim
Para de chorar e volta a sorrir
As pessoas vão ficando para traz
A dor que doia ja não doi mas