Vigésima quarta regra: Não quebre sua confiança

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Quinta-feira

Chamada de Harry

— Harry?

— Oi Lou, tá tudo bem?

— Tudo sim, e você?

— To bem, to bem. A gente não se falou muito hoje...

— Pois é, eu fiquei ocupado conversando com o Nick. Estávamos falando sobre possíveis estratégias pro jogo no fim do mês.

— Entendi. Por que não foi no clube de música?

— Eu... Eu pensei no que aconteceu no outro dia. Sobre você não ter ido por não estar pronto. Eu só... Sei lá, achei melhor não insistir mais nisso até você querer.

— Entendi, obrigado por isso.

— De nada.

Um silêncio constrangedor se formou, nenhum deles sabia o que dizer.

— Eu só queria te desejar boa noite. Que você fosse a última pessoa com quem eu falasse antes de dormir.

— Eu... — Louis sorria sem perceber, e tinha as maçãs do rosto vermelhas. — Eu nem sei o que te dizer... Mas gosto da idéia da sua voz ser a última que eu escuto antes de dormir.

— É...

Mais uma vez silêncio. Por que as coisas são tão difíceis?

— Hum... Lou?

— Sim?

— Posso... Posso cantar pra você? Como da outra vez.

— Claro que pode, sim, claro que sim.

— Ok... O que quer que eu cante?

— Não sei, o que quer cantar?

— Pode ser uma música que eu compus?

O corpo de Louis por inteiro formigou, é claro que ele podia.

— Pode...

Your hand fits in mine like it's made just for me, but bear this in mind it was meant to be, and I'm joining up the dots with the freckles on your cheeks, and it all makes sense to me...

.oOo.

Sexta-feira

— Mas eu acho que se o volante passar pro lateral-esquerdo, vai ter algum impasse e vamos acabar perdendo a bola.

— Mas talvez se... — Louis observou o papel mais algumas vezes antes de suspirar cansado, sem arranjar uma resposta para o problema. — Podemos descansar um pouco? Não to aguentando mais.

— Claro, isso é muito estressante.

O celular de Louis vibrou, era uma mensagem de Harry.

Harry: Você está lindo nessa bermuda, to me segurando pra não ir aí.
11:05

Louis: Ah, ok. Vou dar uma rebolada com ela então.
11:05

— Falando com o Harry?

— Tá tão na cara assim?

— Tá. Parece que você vai rasgar o seu rosto sorrindo. — Nick suspirou indeciso. — Olha, Louis, tenho que te dar uma alertada.

— O que?

— Essa história de "não quero que veja o meu rosto até se apaixonar" é muito estranha, não acha? Tipo... Parece uma piada. — Louis franziu o cenho.

— O que quer dizer com isso?

— Sei lá Louis, esse cara não me parece real.

.oOo.

No rules | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora