Capítulo 1 - Maggie

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Olá pessoal, estou de volta com mais um capitulo, peço para que comentem o que acharam, gostaria de saber o que vocês esperam dessa historia, boa leitura! ___________________________________________________________________________

~ Dois anos depois ~

              Aqui estava eu, de novo bebendo até não me aguentar em pé ou até não lembrar quem eu era, o que viesse primeiro. Mas não tinha culpa, ou tinha? Minhas amigas me chamaram e eu apenas fui. Não aquelas amigas caretas que eu tinha antigamente, as quais me abandonaram quando a história se espalhou pela cidade, as minhas "amigas" de agora eram saideras e malucas, gostava delas apesar de não poder contar um terço da minha vida a elas.

             Sabia que deveria parar de beber, e sabia também que aquele vicio iria me fazer mal futuramente, meu fígado deveria estar podre já, porem eu só queria esquecer a vida, dos meus problemas e da minha mãe e os caras com quem ela trepava. Era um cara diferente a cada mês, ela era insaciável pra não dizer outra coisa. E esquecer que meu pai havia morrido a um ano atrás num acidente de carro, ele estava bêbado e olhem só pra mim, to igualzinha a ele, ironia da vida. A bebida então entrava nessa, uma válvula de escape.

            Mas comecei a beber mesmo quando soube da morte do meu pai, bem logo depois do funeral, minha mãe ainda vez um escândalo quando eu disse que ia. E desde esse fúnebre dia eu bebia e bebia, chegava em casa tarde da noite, quase amanhecendo e vomitada tudo no meu estomago, e claro Dona Suzan adorava uma boa briga por conta das minhas saídas, até mandava eu ficar de castigo. Risos meus, era o que ela recebia em resposta. Chegou um dia até que ela me mandou parar.

           "- Maggie, estou cansada disso, chega! – dizia

           -Então Dona Suzan pare de abrir as pernas para todos os caras que você sai, faz isso que eu paro. – eu ri alto, embriaga que eu estava só pude sentir o ardor na minha bochecha, minha mãe tinha dado um belo de um tapa em mim, acho que mereci. Talvez.

            -Você não era assim... – saiu correndo e chorando.

             É eu mudei."

            Esse dia, eu me arrependi logo em seguida por ter falado isso pra ela, mas não era mentira nenhuma. Agora ela estava com um tal de Jonh, boa pinta, cara alto, bonitão. Tinha um filho, nunca vi. Só vi o cara uma vez, e parecia que tinha muito poder aquisitivo, verdinhas. Mas sinceramente não estava nem ai pra esse cara, ou pro filho dele, ou pro que ele tinha. Se pudesse mandaria todos irem se fuder. Mas por enquanto ficarei quieta.

             A semana foi passando, e minha mãe me avisou que iríamos a um jantar, a convite do Jonh, num lugar bem refinado. E já não bastava eu ter que ir no dia seguinte a um centro de ajuda a bêbados precoce que minha mãe tinha me inscrito, e bom, foi uma confusão, quebrei um vaso dela, xinguei tudo e todos mas estou sendo forçada.

             - Quero que se comporte, vamos jantas com Jonh e o filho dele, então por favor. – disse em tom firme. Desde aquela briga, não a do centro de ajuda, mas por eu ter a chamado de vadia quase, a gente não tem se falado muito. Sei que ela ficou magoada, mas eu estou mil vezes mais, se ela ao menos olhasse pra mim e visse...

              Eu me arrumei, coloquei um vestido bom, e uma maquiagem leve. Mesmo que Ames em Iwoa seja um cubículo de cidade com seus 60 mil habitantes, era uma cidade "rica" até, e tinha vários lugares refinados. E o lugar era realmente bem refinado, chique. Lustres lindos, mesas redondas todas postas, talheres que doíam meus olhos de tão lustrados. Jonh já estava na mesa e acenou quando nos viu, minha mãe andou rápido, mas sem perder a postura, abraçou Jonh e o deu um pequeno beijo como cumprimento ou ato de carinho, tanto faz.

               - Suzan você esta linda! Você também Maggie. – muito alegre para o meu gosto.

               Durante o jantar percebi como os olhos azuis de Jonh brilhavam ao falar ou simplesmente olhar para minha mãe, ele estava apaixonado. E minha mãe continha o mesmo olhar, um sentimento de felicidade por eles surgiu no meu peito, e um calor veio junto. Se talvez meu pai não a tivesse traído, eles estariam aqui agora.

               - E seu filho Jonh? Não vira? – perguntou curiosa minha mãe

               - Me desculpe Suzan e Maggie, surgiram uns problemas de ultima hora e ele não pode comparecer, marcaremos outro dia. – e minha mãe e Jonh compartilharam um segredo apenas com o olhar, acho que minha mãe sabia os tais problemas. Será que o filinho do papai rico era problemático?

               E a noite se seguiu, calma, com conversar e risos da parte do dois, Jonh as vezes falava comigo, mas eu respondia brevemente, não confiava nele ainda. E foi ai que Jonh fez o pedido mais ridículo do mundo.

               - Suzan sei que não nos conhecemos a tanto tempo, apesar termos sido colegas da faculdade. – oi? Perdi algo? – Mas o que sinto por você não pode ser ignorado, quer se casar comigo e ser minha esposa para sempre? – Tá, eu não tava entendendo mais nada, como ele podia? Ele conhecia minha mãe não fazia nem dois meses. Não esperei a resposta da minha mãe, mas sabia qual seria, e sai correndo dali.

                 Como ela podia esquecer meu pai em um dia e em outro estar aceitando tal pedido, sei que meu pai fez uma merda das grandes a traindo, mas a meses antes da separação que eles não se entendiam. Peguei o carro da minha mãe, Jonh podia levar ela pra casa, disparei pela rua, desprezei os sinais vermelhos e fui até o Bar do Drake, um cara gordão e barbudo, que eu sempre ia afogar tudo, e afoguei. Estava bêbada já, de novo.

              - Maggie aquele cara ali pagou uma bebida pra você. – e apontou pra um homem sentado no fundo do bar

               Que atrevimento, peguei a bebida e fui direto ao cara sentado, estava tropeçando, não sei como não cai ainda.

               - Não quero essa bebida, não preciso dela. – coloquei ela em sua mesa, devia ser algum licor, não sei o que era.

               Será mesmo linda? – devo comentar e admitir que o cara era muito, muito, muito bonito, cabelos negros bagunçados, olhos azuir esverdeados, um sorriso torto no rosto, aquele cabelo, adoraria puxar eles. É eu estava realmente bêbada.

                 - Que se dane. – resmunguei, bebi em um único gole e sai do bar, hoje, aquela seria minha ultima dose.

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Espero que tenham gostado, deixem nos comentarios.

Até semana que vem.

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