Capítulo 8

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O resto do dia de folga foi o mínimo que aquele idiota poderia me dar.

Depois de desmarcar com Luís que não ficou nada feliz em saber que foi dispensado, decidi pedir ajuda a Marrie e Isabelle.

-Você precisa de um vestido novo!

Marrie disse animada demais ao telefone.

-Eu já tenho dois, não preciso de mais nenhum. E sinceramente, eu estou indo a trabalho, por mim ia com minhas roupas normais de secretaria.

-Ah, mas nem em sonho, querida!

Ela falou indignada. Alguém explica que não se deve gritar no telefone.

-Marrie, nem vem....Tô fora dessa de shopping e roupa cara.

Rejeitei, ela respirou fundo do outro lado da linha. Eu sabia que estava se controlando para não dar um chilique.

-Tudo bem, mas pelo menos aceita um vestido emprestado, pode ser? Por favor!

Insistiu. A ideia não me pareceu ruim.

-Tudo bem pra mim!

Ela respirou aliviada.

-Ótimo, onde você está? Pode vir na minha casa hoje?

Perguntou animada.

-Tô no ônibus, vou no colégio de Tyler aproveitar a folga e trancar a matrícula. Vou colocar em outro mais perto de casa.

Ela demorou um pouquinho pra responder. Quase desligo achando que caiu.

O ônibus estava lotado, pessoas passavam muito perto de mim, eu estava em pé segurando a barra de ferro com uma mão e a outra o celular. O motorista parecia estar com o espírito de velozes e furiosos porque corria muito. Por pouco eu não fui lá perguntando se ele se chamava Vin Diesel.

- Em uma hora chegamos em sua casa, preciso ir, bye!

Desligou na minha cara. Ótimo!

Tentei enfiar o celular na bolsa, nesse momento um homem passou esfregando o piu piu na minha bunda descaradamente.

Chequei a dimensão do espaço e reparei que ele fez de propósito.

Eu não sou barraqueira.....tá legal, só um pouco estourada. Dessa vez deixei passar e encostei mais no assento.

Alguns minutos depois, aconteceu o mesmo e era o mesmo homem.

Eu devo deixar isso passar? De forma alguma.

Se tem uma coisa que detesto é homem aproveitador.

O homem percebeu meu olhar de ódio e se afastou...foi um quase, safado. Passa aqui de novo pra ver.

Mais alguns minutos de ônibus chacoalhando, correndo, e eu em pé de salto.

Logo eu chegaria no colégio do meu filho e breve não vamos mais precisar passar por esse sufoco.

Meu ponto estava quase chegando e eu vi o tarado voltando.

Tirei meu sapato com salto agulha e esperei, quando ele chegou perto eu me virei e o empurrei para do outro lado do corredor prensando o salto do meu sapato na genitália dele.

O homem arregalou os olhos espantado. A maioria das pessoas viram a cena e ficaram observando.

-Você tá achando que eu tenho cara de otaria, seu tarado?

Falei bem alto pra ele passar vergonha. As pessoas começaram a olhar mais.

-Você é doida?

A conquista perfeita | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora