A ju me contou que a Talita foi meio que "obrigada" a vir me ver. Fiquei muito mal e tiver que ser entubado novamente, fiquei dois dias no oxigênio.
Já estava sem o tubo de oxigênio. Meu celular começou tocar, era a Talita, minha mãe me entregou, mais eu disse que não queria atender. Eu estava chateado em saber que ela só tinha ido me ver por insistência dos outros.
Mais dois dias se passaram e ela insistia em me ligar, como não atendi e também pedi para quê ninguém atendesse ela resolveu ir até o hospital. Estava sozinho no quarto, de repente alguém bate na porta, disse que podia entrar.
Era ela, estava toda linda vestida de pilota, ai como eu ainda sou apaixonado por essa mulher. Mais estava chateado com sua atitude.
- posso entrar?
- quem te obrigou a vir aqui dessa vez?
- nossa, nem entrei e vc já começou?
- não precisa nem se dar o trabalho de entrar
- calma rafa, deixa eu pelo menos tentar se explicar
Ele não respondeu nada, então comecei:
- já estou sabendo que a ju te contou que eu não queria vir no começo, mas...
Ele me interrompeu
- não precisa se explicar, nem se sacrificar para vir me ver.
- mais não é um sacrifício.
- não é isso que parece.
- confesso que no começo não queria vir, mais foi por medo...
- medo de perder o namorado?
- não! Medo de descobrir que ainda te amo.
Juliana: eu entrei sem bater na porta e ouvi essa parte do "te amo", kkkkkk quase morri, queria sumir dali, mais como? Eles iriam me ver e mudar de assunto, e eu não quero que mudem, eles precisam se acertar. Então me escondi atrás de um pilar que tinha no quarto kkkk, eu quase não respirava. Então a conversa continuava:
- mais Pq vc tem medo de descobrir que ainda me ama? É tão ruim assim?
- te amar não, é ruim seu desprezo, abandono.
Juliana: o clima estava pesado, mais estava adorando escutar tudo. Pq sei que existe muito sentimento ali ainda, e eu queria muito que eles se acertassem.
- quantas vezes eu tenho que te pedir perdão para esquecer isso?
- eu já te perdoei, mais esquecer não vou, jamais.
- posso te fazer uma pergunta?
- fazer pode, se eu vou responder é outra coisa.
- você é feliz com seu namorado?
- sou!
- como era comigo?
Juliana: NOSSA! O silêncio tomou conta aquele momento.
- não vai responder?
- um relacionamento não tem nada a ver com o outro Rafael.
- eu sei que não, mais eu perguntei sobre felicidade. Você é feliz com ele como era comigo?
Nesse momento uma enfermeira entrou no quarto, nunca fiquei tão feliz em ser interrompida, estava confusa com meus sentimentos. Aproveitei que ele se distraiu com a enfermeira e sai sem me despedir.
