v i n t e

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[vinte] "acho que parti o nariz"

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"Casssssss..." Dean reclama ao meu lado no sofá.

Bufo, pela vigésima vez hoje.

"Vai, não seja mal comigo..." Ele pede e... Eu volto a bufar.

Levanto-me do sofá e vou até ao quarto do Dean – e talvez meu –, sabendo que estou sendo seguido por ele.

"Dean, para. Você foi um estúpido e um porco!" Resmungo.

"Mas as pessoas casadas têm de ser comunicati-" Ele começa, mas eu fecho a porta em sua cara. "Merda!" Ouço o camelo gritar, logo depois de algo estalar.

Abro a porta cuidadosamente e encontro-o agarrado ao seu nariz.

"Dean?" Chamo.

"Acho que parti o nariz." Ele murmura.

"Oh, não quebrou nada. Me deixe ver!" Peço, retirando as suas mãos da frente do seu rosto.

Quando, finalmente, tenho visão para o seu nariz, vejo que está, definitivamente, partido. Está torto e consigo ver o sangue escorrendo.

"Eu... Está apenas um pouco... Huh... Desculpa?" Sussurro, um pouco atrapalhado. Não consigo deixar de sentir um pouco de pena dele. "Eu vou ligar para o 911."

"Está muito mau?" O Dean pergunta, caminhando para o banheiro, e aí, eu lembro o quão sensível ele é quanto a essas coisas.

"Não, não, apenas um pouco inchado." Agarro a sua camiseta, para o impedir de se mover – e não ver o estado que está o seu nariz –, enquanto digito '911' no meu celular.

"Me deixe ir ver." Ele pede e eu bufo, sem saber o que lhe responder.

"Ele apenas... Está tudo bem, não se preocupe." Murmuro, colocando o telefone na orelha.

"Quando diz para não me preocupar, é quando eu devo me preocupar." O cara-de-camelo aponta e escapa para o banheiro.

"Dean!" Chamo-o, correndo até ele e rezando para o mesmo não reagir mal.

Quando chego no banheiro, ele está com a boca entreaberta, observando-se no espelho.

"Eu... Está... Você!" Diz, virando-se para mim. "Eu vou matar você!"

Apresso-me a correr para fora do cômodo, mas sei que ele está atrás de mim. Entro na cozinha, não sabendo para onde ir, e, quando dou por mim, estou entre a parede e o Dean. Consigo ver um fio de sangue escorrer até aos seus lábios.

"Huh... Dean... Tem... Huh... Sangue." Digo, atrapalhadamente, e aponto para o nariz.

O cara-de-camelo leva a mão ao nariz, limpando parte do sangue, e, depois, observa a sua mão durante uns segundos... Antes de desmaiar.

"Dean... Merda." Resmungo, segurando-o nos meus braços.

E agora?

marry you // destiel versionOnde histórias criam vida. Descubra agora