Don't Be Shy

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[One-shot SS +18.]

Sugiro de verdade procurarem a música Don't Be Shy do Primary feat. ChoA pra ouvirem acompanhando a leitura, eu queria colocar trechinhos dela aqui, mas não achei um tradutor confiável, já que a letra é em coreano. Mas o ritmo já ajuda bastante.

Essa one é baseada no meu headcanon de que a Sakura tomava as rédeas nas interações sexuais no comecinho do relacionamento. XD E tbm no MEU outro headcanon de que eles tiveram relações antes de se casar, mas isso vai de cada fã, é claro.

◆◇◆

Sakura gostava do clima daquele fim de tarde em Konoha, um clima gostoso pós-chuva. A rua de ladrilhos próxima ao hospital estava molhada e com pequenas poças e água ainda caía das calhas dos prédios. A melhor parte desse clima era o vento frio que causava arrepios na moça. A kunoichi andava devagar, em direção ao apartamento do seu noivo, depois de um plantão curto, o que a fazia dar graças a Deus pela tranquilidade causada pelo fim da guerra. Amava seu trabalho, contudo, ter mais tempo para si era essencial.

Acima de tudo agora, quando seu tempo era dividido com seu noivo. Noivo... Uchiha Sasuke, seu noivo. Era surreal de fato, seu sonho de um amor perfeito criado nos devaneios pueris tornando-se realidade. Só que não era perfeito, ela aprendeu isso cedo em meio a todas as dores de persistir em guardar aquele sentimento, mas nem por isso era menos emocionante.

Cada fase da história dos dois era um aprendizado. A verdade é que ambos tiveram que aprender muito um sobre o outro, desde o começo do time sete, para que houvesse um reconhecimento mútuo e para que o amor crescesse. Conseguiram, afinal.

Quando Sasuke retornou de sua jornada redentora, como um homem maduro, reflexivo e íntegro, Sakura soube que era o momento deles fortalecerem seu laço de forma amorosa. Teve certeza disso quando o próprio Uchiha propôs compromisso e ela disse sim, já que em nenhum universo onde os dois estivessem juntos a resposta seria não.

As coisas começaram de forma comedida e pacata em reflexo à personalidade de Sasuke aflorada na redenção. Carinhos tímidos, beijos amáveis e curtos, um zelo implícito em olhares e toda uma relação construída em base da confiança e respeito como o portador do Sharingan queria.

Sakura queria o mesmo? Queria é claro, era o seu sonho de qualquer forma. Entretanto queria mais também. Ela era uma mulher formada, das mais bonitas e cativantes, cheia de vontade e desejos nascidos na adolescência e ressaltados na maturidade. Sabia que Sasuke a correspondia e a desejava tanto ou mais que ela, mas não fazia nada. Em momentos onde os beijos curtos eram substituídos por beijos ardentes, duradouros e intensos, ambos entregavam-se a paixão e mãos percorriam e conheciam peles, havia uma fome insana por tudo e nada em particular, até que o moreno parava. A rosácea queria matá-lo embora sentisse compaixão por ele. Entendia que ele queria fazer tudo como manda o figurino, honrá-la até o casamento e fazê-la sua na noite de núpcias apenas.

Mas Sakura era uma jovem atípica, nasceu atípica e cresceu atípica. Desde querer ser ninja em uma família civil até contrariar o mundo insistindo em seu laço com Sasuke, ela estava sempre desafiando a tudo e a todos. Passar a integrar o time sete, tendo que lidar com o sobrevivente do Massacre do Clã Uchiha, o portador da Kyuubi e um sensei pervertido, fez com que a moça parasse de dar a mínima para as convenções do mundo.

Se as leis da moralidade diziam que ela deveria evitar a relação carnal com seu amado antes do casamento, Sakura as ignoraria e ouviria apenas as leis do seu corpo.

E sua inner que dizia "Agarra ele, shannaro!", é claro.

Havia outro detalhe, seu poderoso e imponente Sasuke-kun, era tímido. Ela nunca diria a ele que percebia isso, mas percebia. Sabia que ele tinha medo de sua própria inexperiência, mas também sabia que era um medo infundado, já que o corpo dele respondia ao seu perfeitamente bem. Todavia, não seria impaciente, sabia que deveria ter cuidado com Sasuke e tirá-lo da casca com cuidado. Nesses momentos adorava ser a mais velha dos dois, era bom, mesmo que para aplacar seus próprios temores.

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