Capítulo 2 - Os Portões Celestiais

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Depois que Fred voltou do teste, veio em minha direção com o rosto neutro, sem dizer uma palavra e ficou parado na minha frente, colocou sua mão em meu ombro e com os olhos lacrimejando disse: - Eu... Eu consegui! - E me abraçou fortemente.

Depois disso fiquei pensando. Qual seria o motivo de tanta felicidade? Fred nunca quis ser um guarda, ele sempre foi apaixonado por magia mesmo sabendo que era proibido e quais seriam as consequências se descobrissem. Ele sempre ficava olhando escondido as garotas praticarem magia. No início achei que ele fosse apenas mais um pervertido, mas ele não olhava as garotas em si, ele ficava só observando o modo com que elas se movimentavam, como elas manipulavam aquela estranha energia apenas com as mãos.

Então perguntei - Em qual... - No mesmo instante fui interrompido pelo forte e estrondoso barulho da grande trombeta da Floresta - Esse é o aviso que os portões do Reino Celestial vão se abrir, e geralmente quando se abrem nós nos preparamos para uma guerra.

Um Corvo veio avisando a todos. - MULHERES E CRIANÇAS ENTREM E SE ESCONDAM, CORVOS PEGUEM SUAS ARMAS E VÃO PARA A SUA GUARDA!

- Levantei voo e perguntei para ele - E aqueles que não fizeram o teste?

- Peguem suas armas e fiquem preparados! Essas foram as ordens. - Ele seguiu avisando a todos os outros.

Segurei nos ombros do Fred, olhei com convicção e disse para ele - Pegue uma arma e um escudo e esconda nas arvores - Então ele foi voando pegar sua espada e seu escudo, essas são as armas do meu pai. Já eu fiquei com o arco e flecha da minha mãe, mesmo sendo uma mulher minha mãe sempre quis ser um guarda, mas como é proibido ela só praticava, e mesmo assim ela ainda era muito boa com o arco e sua mira era perfeita, melhor do que a de muitos corvos da Floresta. Acho que herdei esse dom dela.

Ficamos à espreita só esperando os anjos começarem a sair.

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