Me busca?

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Não sei o que eu faço. Eu me senti bem perto dele e olha o que aconteceu. Um beijo.

Queria ser uma mosquinha pra ter visto aquela cena dele me beijando.

(...)

Passei na diretoria e avisei que ele mandou eu voltar pra escola. O que foi bom porque não vou precisar ver meu pai mas, evitar um de seus professores não será fácil.
Sim eu irei evita-lo para que isso não aconteça mais. Por mais que eu queira que aconteça.

-menina, seu batom está borrado. - uma moça passa do meu lado e diz enquanto passa logo entrando na lanchonete.

Nunca vi essa lanchonete e como pretendia ficar o maior tempo fora de casa, resolvi entrar.

Entrei direto para o banheiro e logo vi que parecia uma palhaça. Tinha batom por todos os lados e eu não acredito que eu entrei na sala do diretor assim.
Uma nuvem de vergonha pairou sobre a minha cabeça enquanto limpava a lambança.

(...)
Resolvi me sentar em uma dia bancos que tinham perto do bar e logo pedi algo bem forte. Bebi tudo em um único gole e logo senti a garganta queimar. Logo pedi mais doses e já me sentia bem feliz.

- Logo de manhã cedo e já está enchendo a cara, senhorita Clark? - não acredito, o que ele faz aqui?

-você não deveria estar me dando aula agora? Quer dizer, para a minha turma? -digo enrolada.
- eu vim encontrar uma pessoa-diz tirando o copo da minha mão - O que?
-isso é meu. Me devolve- digo dando tapas em seu braço.
-ai. Isso dói, sua louca. Eu vim te procurar.
-me achou.
- quer saber, vou lhe falar amanhã. Você está muito bêbada pra conseguir conversar.

Ele se levanta e logo pega meu celular que estava no balcão. Digita alguma coisa é logo me entrega. O que me lembra que eu tenho que colocar uma senha nesse treco.

-anotei meu número. Quando não estiver mais louca me liga. - diz saindo do meu campo de vista.

(...)

Bebi mais e mais e agora nem sei mais quem eu sou. Me da logo a ideia de ligar para Alguém, mas não conheço ninguém nessa bosta de lugar. A não ser que...

-alô... - diz uma voz pelo outro lado do telefone

Nem percebi que havia ligado pra ele.
-pode me buscar? Não sei como voltar.
-onde você está?
-longe dos seus braços, querido.
-é sério, jess.
-naquela lanchonete que tem um bar.
- ja estou indo pra aí. Não sai.

Do nada o telefone fica mudo e não sei o que fazer. Uma onda de desespero me atinge. Será que ele virá mesmo? Será que ele vai me deixar aqui? Será? Tá, já chega de repetir essa palavra.

(...)
Se passaram vinte minutos e ainda nada. Acho que ele realmente me deixará aqui.
Bom, não sei se passaram vinte minutos mesmo, estou vendo um borrão em tudo.

-jess, vamos. - Uma voz adentrou meus ouvidos e logo me viro mas acabo vendo tudo Preto e não sei mais o que aconteceu.

O Professor Onde histórias criam vida. Descubra agora