Depois que ela saiu da sala resolvi ser cavalheiro. Até nessas horas que a minha menina fica passando mal eu tento conforta-la e ama-la o máximo que eu posso.
Minutos que ela estava dentro daquela enfermaria se pareciam horas para mim. Mesmo estando no mesmo corredor, senti que estavamos totalmente afastados.
Logo ela entrou em sala e uma felicidade tomou conta do meu coração e a unica coisa que eu poderia fazer é sair de sala com meu telefone na mão.
Chego fora da escola e logo paro pra pensar
-será que isso irá mostra-la que eu me importo com ela? - digo olhando para o telefone.
Penso em tantas coisas antes de ligar que parece até que eu estava escrevendo um livro de pós e contras de agradar uma mulher.
(... )
Depois que liguei, voltei pra sala e la estava ela, toda sorridente. A olhei de um jeito travesso e ela corou na hora. Acho que eu também porque senti as minhas bochechas se esquentarem e uma onda de vergonha me atingiu.
Nunca me senti assim por ninguém e essa menina me fisgou direitinho. Seu charme e sua persistência me fizeram sentir algo indescritível por ela. Sinto que posso faze-la ficar aqui, mas se ela se for, eu irei acha-la. Porque eu a amo.
Sim, usei a palavra "amo". Aprendi que podemos nos apaixonar por uma pessoa em menos de cinco minutos, e com essa menina eu sinto isso desde que ela chegou. Aquele dia que ela chegou de avião, o dia que ela me aprontou em aula, o momento no cinema e o instante que levei ela para a enfermaria foram os melhores momentos que eu tive. Eu pude me sentir mais vivo próxima dela.
-com licença, jessyca Clark? -entra um homem segurando um buquê de Rosas brancas.
- quem fez isso-diz com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso estampado em seu rosto.
- nao sei, senhorita. Mas tem um cartão.
Ela pega o cartão e começa a ler. Quando termina me lança um olhar de alegria e balança a cabeça igual uma louca em forma de sim.
Agora sim, me sinto o homem mais feliz dessa terra.
