Maybe

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Isabela POVs

O professor de história me apresentou pra sala como todo professor faz. E depois fui me sentar.

Me sentei ao lado de Barbara, a loira logo se virou pra mim sorridente, havia esquecido o incidente de mais cedo.

Nem Bonnie, nem Caroline me olharam o resto da aula. Caroline tentou conversar comigo mas logo cortei o papo.
Com forme o tempo foi passando e ficando mais próximo do recreio, ia esquentando e Bonnie continuava com sua touca. Devia estar com os miolos fritos, mas ela não parece se importar.

Ela era estranha, não na aparência, mas no jeito de agir. Ela não parecia ligar muito se as pessoas a olhavam como se ela fosse louca por estar de touca na hora do recreio. E ela também tentou falar comigo, de novo, mas eu fui seca. Ela não vai ganhar minha confiança tão rápido.

Bonnie POVs

Na aula, eu via ela olhar pra mim como se eu fosse louca por estar de touca. No recreio também, e eu até tentei ser amigável, mas ela não colaborava, chata do caralho.

Por fora eu estava foda-se, por dentro eu estava me corroendo, como se eu estivesse sob uma chuva ácida. Eu estava queimando, mais precisamente, minha mente estava queimando e doendo, como se ela fosse prensada entre duas paredes que começavam a se mover na direção de colisão lentamente, até meu cérebro explodir pelos meus olhos. Balancei a cabeça freneticamente, o que eu convencia a todos ser um tique nervoso, era eu tentando jogar os pensamentos ruins fora, no começo eles estranharam. Hoje em dia, não estão nem aí.

Segurei no braço da Caroline enquanto íamos para o laboratório de química. Fechei meus olhos e só me guiava por ela e então vi minha mãe, escutei barulhos dela, mas logo abri meus olhos temendo um ataque em público.

Entramos na sala e nos sentamos em par, a chata da Isabela na frente minha e da Carol, junto com Barbara.
Elas falaram a aula toda, todinha, toda mesmo. Queria enfiar meu lápis na garganta das duas, matracas da porra.
Eu ouvi a aula toda elas falarem sobre um livro que a Barbara estava escrevendo e que a Isabela ajudaria e bla bla bla.
Uma hora eu fiquei com tanta raiva que arremessei minha borracha, que passou cortando o ar, onde segundos antes estava a cabeça da Isabela.

Abaixei a cabeça para disfarçar e fingi analisar a tabela periódica, os números dançavam para fora do meu livro. Desisti e comecei a desenhar rabiscos no caderno, e foi assim que passei a aula inteira.

[...]

- Bonnie -Barbara veio acompanhada de Isabela, essa garota nasceu grudada com ela?

- O que? - me virei para ela, Barbara, fingi que a outra nem existia.

- Eu quero que você ajude a Isa a me ajudar a editar meu livro.

Que?

- Não me olha assim, eu só quero que vocês me ajudem, você é a pessoa mais criativa que eu conheço e a Isabela a mais inteligente.

Eu era a imaginação, ela a inteligencia. Claro que eu era a peça fundamental disso, mas se bem o que adianta ter imaginação pra imaginar uma história se não tem inteligência para usar as palavras pra escreve-la? É, talvez, mas só talvez mesmo nós precisaríamos colaborar, mas só talvez.

- Vai ser legal trabalhar com você. - Ela disse sorrindo com falsidade.

- Talvez.





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