Viagem á Lotus

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ANTES DE TUDO EU QUERIA DIZER Q ESSA FIC NAO E MINHA,E SIM DA MARI,UMA AMIGA MINHA QUE ME AUTORIZOU A POSTAR AQUI. TODOS OS CREDITOS A ELA. OBRGD. *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Bom, vamos iniciar a história mais doida da face da terra.
        Muitos considerariam isso uma história clichê, porém eles têm razão. A maneira que ela começa já se obtém uma leve impressão que nós já sabemos o seu final, contudo essa tem um final totalmente diferente para uma história clichê. Melhor irmos para o início.
        Eram três horas da tarde de sexta quando eu saí para a minha casa de praia fora da cidade com a família. Era férias de verão e minha mãe teve a ideia brilhante de aproveitar o calor para ficarmos por lá com a minha madrinha e a sobrinha dela. Eu odiava o calor, ao contrário da minha mãe,  ainda mais ficar perto da praia.
        Não seria tão ruim assim, pois eu levei minha namorada junto. A companhia de Gabi me aliviaria nesse tempo, porque não ficarei tão desocupado em outros sentidos. 
         Enquanto estou aqui falando dessas supostas férias,  não me apresentei direito.  Sou Bernardo Lareia, tenho 16 anos e sou filho adotivo de uma mulher louca chamada Mariana Medeiros. Tenho cabelos e olhos castanhos, sou magro mesmo comendo demais  e altura mediana.
        Como eu disse que moro com uma mãe louca,  ela que está dirigindo ao som de uma música da Beyoncé. Do modo que ela está dirigindo e cantando feito empolgada, temos o risco de bater o carro. Minha madrinha Isabela estava quse desligando o rádio e mandando ela se concentrar na pista, juntamente com a sobrinha dela, a Maria Eduarda, eu e Gabi apertados lá atrás. 
           O carro da minha mãe era grande o suficiente para todos nós, mas pelo menos eu queria um pequeno aperto como desculpa pra colocar a Gabi no meu colo, mas ela do meu lado já estava melhor. Evitei muito contato com ela para não deixar a Maria, que estava quase dormindo no colo da minha namorada,  segurando vela. Eu entendo a Maria, saímos cedo demais para não pegar trânsito e eu estava com fome. Novidade...
         - Não vai demorar, gente. - tentou confortar minha madrinha, tirando os óculos escuros do rosto - Estamos quase entrando na cidade!
        - Mas o caminho para a casa do centro da cidade é um pouco demora... - minha mãe foi protestar, mas levou um tampão na boca sa Isabela.  Mamãe não consegue mentir.
        - Pelo menos iremos parar no Centro.- falo Gabi, massageando a própria barriga.  - Estou morrendo de fome.
          - Eu também! - fui o primeiro a concordar. - Pelo menos do Centro! Tem um restaurante bom? Estou desde a hora que acordei sem comer nada! Minha mãe me apressou.
        - Você demorou demais pra acordar e eu já estava pronta. - respondeu, jogando as tranças nagô dela para o lado. Ela era negra, tinha tranças longas, alta e não saía de casa sem um batom. Eu adoro ela, porque teve compaixão suficiente pra adotar e ainda me criar devidamente.
         Meu estômago roncou quando passamos pela placa "Bem-Vindos a cidade de Lótus", significando que já havíamos entrado no centro da cidade. Fiquei imaginando as mil coisas que poderia comer se conseguíssemos um restaurante ótimo. Eu estava com uma expressão tão sonhadora que a Gabi me estranhou e me deu um beliscão.
         - Está sonhando com quem, Gato? - ela olhou curiosa. Como eu tentei ser romântico,  iria responder que estava sonhando com ela, mas a fome falou mais alto.
      - Estou sonhando com a comida, Gata.  Ela é muito importante pra mim. - falei com água na boca.
        Passamos pela prefeitura e por alguns prédios, olhando algum lugar legal e que não fosse muito caro, porém antes de parar perto do local, minha mãe deu uma freada busca. Ela começou a se desesperar e a minha madrinha gritando com ela para que prestasse atenção na estrada, nós batemos para frente se salvando com o cinto de segurança e Maria acordou assustada.
         - O que houve?  - Maria se desesperou, massageando as pálpebras.
         - Mariana atropelou uma pessoa!  Eu falei para ela ficar de olho na estrada! - reclamou minha madrinha,  saindo do carro.
       Minha mãe saiu logo em seguida, retirando o óculos. Eu botei a cara na janela do carro,  vendo um homem de terno levantar, se queixando de dor. Ele usava óculos,  era muito branco, tinha um topete alto e era magro.  Minha mãe ajudou ele a levantar e ficou lá paralisada, apenas olhando para ele.
          Essa é ótima.  Estamos todos morrendo de fome e minha mãe se apaixonou a primeira vista pelo cara de terno. E o pior de tudo é que ele corou ao olhar pra ela.
       - Você está bem?!- gritei, quebrando aquele silêncio.  O rapaz desviou o olhar,  disfarçando o rosto rubro, dando um sorriso pra mim.
         - E-Estou ótimo, obrigado. A batida não me afetou. - gaguejou um pouco, pegando sua maleta do chão.
        - Desculpe-nos! - gritou Gabi para ele.
        Minha mãe continuava ali, imóvel, com a minha madrinha encarando-a maliciosa e com os braços cruzados. Como elas são amigas à anos, eu sabia que aí vinha zoação por parte da Isabela.
       - Tô de olho nessa estátua que você anda fazendo quando vê um cara bonito. - ela riu e minha mãe ignorou, voltando as duas para o carro.
        Mariana dirigiu até duas quadras dali e paramos em um rodízio de pizza. Maravilha! Amo esses lugares que você pode comer até cansar! Ela estacionou perto da calçada e saímos do carro. Eu estava quase deixando os modos em casa e sair correndo como um mendigo morto de fome para pegar comida, mas se eu fizesse isso, minha mãe iria me bater e muito.
        Entramos, avistando um lugar que dava para nós cinco no fundo do estabelecimento, perto de dois garotos sentados e conversando. Um deles olhou para mim de cima a baixo, como se estivesse me desmerecendo e rindo baixo.  Era um cara magricela, de cabelo castanho e raspado, pele bronzeada e um pouquinho mais alto que eu.
           Do modo que me olhava, ele aparentava ser aqueles meninos metidos a importantes e já senti uma implicância logo de cara. O amigo dele olhou para mim também,  me estranhando, mas eu nem havia ligado. O outro rapaz era branco, alto, estava com o cabelo castanho coberto por um gorro e usando uma camisa quadriculada de manga naquele calor.  Ele é maluco? No mínimo coloquei uma blusa branca uma bermuda.
        Passei o braço em torno dos ombros da Gabi, andando até a mesa e se acomodando ali. Eu não vou ligar para eles enquanto eu mato a fome, muito menos estragar a viagem por causa de gente metida. O moreno continuou me olhando,  rindo baixo,  mas eu o ignorei, porém a Maria Eduarda percebeu aquele clima tenso entre nós e ainda calculava o tempo que a minha paciência com aquele ser acabasse para partir pra porrada.
       - Ignora.- pronunciou - Ele só deve estar afim de você. - começou a rir com a minha cara de nojo.
      - Vira essa boca pra lá, Bolinho - eu a chamava carinhosamente assim, para irrita-la, mas ela continuou rindo.
       - Você e garoto da outra mesa são mais bonitinhos que você e a Gabi. - admitiu, baixinho, fazendo a mesma se despertar e ver o que falavam sobre ela no assunto.
      - O que tem eu? - questionou.
       - Nada. - Maria revirou os olhos,  encerrando assim o assunto.
          O garçom colocou o prato e os talheres na nossa mesa e o outro foi servir os meninos que estavam esperando outra pizza. Eles dois aceitaram uma fatia de quatro queijos. O garoto pegou a embalagem de maionese e abriu com os dentes,  deixando escorrer um pouco entre os lábios e ele limpou com o dedo.
        Eu jurava que numa cena dessas ele estava olhando para mim, mas foi muito excitante. Não que eu o ache um cara bonito, mas fantasiei que aquela maionese fosse outra coisa.  Que merda estou pensando?
       Me remexi desconfortável da cadeira e minha mãe percebeu isso. Murmurei que estava tudo bem e ela desconfiou. Tomara que esteja pensando que eu estava quase passando mal, porque não teria coragem de falar para a mesma esse pensamento constrangedor, por mais que eu já tenha falado várias besteiras e palavrões perto dela. A mulher das tranças não se incomodava com isso,  muito pelo contrário,  se empolga e fala dos seus parceiros que teve na vida e ainda mais palavrões que eu.
         A pizza chegou, uma parte de calabresa e outra de mussarela. Peguei a fatia da pizza de calabresa e o meu estômago agradeceu muito. Agora que eu estava comendo, não pararia mais e eu ainda tinha que lembrar meus modos, senão apanharia ali.
         - Uma amiga da Isa vai vir nos visitar hoje, mais tarde. - minha mãe quebrou o silêncio do grupo - É a Alissa e ainda vai trazer o afilhado dela junto, o José Henrique.
            - José Henrique...- digo, me recordando das minhas épocas de infância,  quando havia um garotinho magrelo que brincava comigo e nós discutíamos frequentemente, mas fazíamos as pazes - Não é aquele menino que brincava comigo? Eu não lembro como ele era.
       - Ele mesmo! Você vai adorar ver ele. - Isabela intrometeu, com um sorriso de canto - Após acabar as férias, ele virá morar comigo para frequentar sua escola. Vocês serão ótimos amigos.
       - Bem, se ele for um cara legal,  até poderemos ser. - digo, abocanhando um pedacinho da pizza.
       Olhei o garoto metido, mas não o encontrei,  apenas o amigo pagando a conta. Dei uma olhada para o estabelecimento todo, mas não tive nenhum sinal dele. Maria reparou de novo, mas preferiu comer ao invés de dar um comentário na mesa. Aposto que ela estava pensando que o meu "crush" havia ido embora, mas ainda bem que ficou calada.
          Do nada, ouvi o som do alarme do carro da minha mãe, que a mesma se desesperou e saltou da mesa, correndo até a porta,  sendo seguida por mim. Se alguém roubar o carro da minha mãe, estaremos fudidos, porque o ônibus de volta a nossa cidade é caro.
        Demos de cara com um carro cinza e o mesmo menino magrelo tentando abrir a porta. Ótimo! Além de ser um metido sedutor,  ele era um ladrão.  Sem pensar duas vezes, minha mãe pegou o braço dele e puxou para si.
         - Muito bem, marginal. Você iria pegar meu carro, porém não consegui. Quem são seus pais? Vou ligar para eles agora - falou, puxando o braço dele e o menino assustado.
        Do nada, minha madrinha apareceu na porta, avistou o moreno e arregalou os olhos. Correu até minha mãe e soltou ele, deixando que se afastasse, mas não saísse dali.
         - Você não pode ligar para a mãe dele! - gritou.
         - Esse moleque tentou roubar meu carro! - vociferou como resposta.
         - Ele é o afilhado da Alissa!  Aquele que voltará com a gente! - respondeu.
        Que merda é essa que um marginal iria com a gente? Como esse menino,  que já brincou comigo, se tornou um cara tão metido e ladrão? Diga que o mundo estava de brincadeira! Era com ele que eu viveria o resto desse ano? Não admito! Essa viagem começou a piorar...

Continua.

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