O que é Ser?

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"O homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida." Charles Darwin

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Bom, eu estou aqui dessa vez para falar de nós, sim de nós.. Eu sei que falo de "nós" há muito tempo, falo do que sentimos, falo do que fazemos, e as vezes encaixo até algumas explicações científicas pra tudo isso. Mas hoje, eu estou para falar diferente. Estou aqui para falar de coisas que não sabemos, não notamos, algumas que não fazemos e que nos fará falta quando realmente notarmos.
Curiosidade: Com uma expectativa de vida de 71 anos calcula-se que nós passamos 23 anos 9 meses e 7 dias dormindo, 3 meses e 13 dias tomando banho, 3 meses e 3 dias transando. Fora isso, o pouco que nos resta parece ser o mais chato, trabalho, estudos (escola, faculdade) etc. E pra piorar nessa última década o que vem nos aprisionando é a Internet, essa sem dúvida toma um tempo precioso de nossas vidas, com certeza anos. Arrisco dizer que se o escritor não se expressasse em livros e se arriscasse a se expressar apenas na vida seria tachado de duas maneiras: filósofo ou neurótico, ou quem sabe os dois juntos. Falar sobre a vida, o cotidiano e as maneiras de viver é muito mais que isso. Quando você observa demais, conhece demais, você acaba ficando meio louco, mas isso é "normal" e eu graças a Deus ainda não cheguei nesse ponto, mas se pararmos para analisar essas pessoas, são apenas pessoas detalhistas, bons observadores, que notam coisas que nós estamos sempre ocupados demais para perceber, talvez por que estamos recebendo uma ligação importante, uma mensagem urgente, estamos atrasados pra uma reunião, ou um compromisso que seja.
O que é o ser humano? Bom, eu poderia dar uma explicação plausível aqui, ou talvez só pegar da Internet ou de algum livro uma ótima explicação para usar como raciocínio, mas a minha explicação neste capítulo será diferente, eu estou aqui para classificar o ser humano de uma nova maneira, talvez ser humano seja só ter horários para chegar em determinados lugares, ter compromissos, correr sempre nas ruas atrás de um táxi, ônibus ou trem que já estão muito lotados, querer tudo o que não podemos ter, ser comandado por alguém "superior" que chamamos de chefe ou o que for, e ter sonhos. Nós somos imperceptíveis aos olhos de muitos e somos pouco notados aos olhos de outros, do mesmo jeito que não notamos e não percebemos. Eu ouvi algo interessante em um lugar, não me recordo aonde mas era mais ou menos assim: Nós não somos notados, não somos vistos na maioria dos olhos, e então quando alguém nos observa com mais atenção e repara nos "mínimos detalhes" nós nos sentimos mais importantes ou significantes e daí que vem o afeto. Bem, pode ser. Não notamos muitas coisas, talvez coisas imperceptíveis que farão muita falta nas nossas lembranças. Quando notarmos que nunca nem sequer prestamos atenção naquilo venha uma lágrima melancólica para nos fazer companhia. A minha inspiração geralmente vem do meu cotidiano e das minhas observações, quantas pessoas diferentes eu já vi e nunca mais vou as ver? Muitas. E aquelas conversas relâmpagos que temos em lugares aleatórios com pessoas desconhecidas, apenas uma fala normal do tempo, da hora, do ônibus que está atrasado e que nunca mais as veremos. Que engraçado, tem muitas pessoas que estão ali do nosso lado e nunca as notamos e talvez por uma brincadeira do destino, estamos aqui, conversando. Aquela garota que eu nunca vi no ônibus mas que pegava sempre o mesmo que eu às 19h todos os dias no centro da cidade, hoje nós somos amigos e não por que nos encontramos e conversamos no ônibus, mas sim por que o destino fez com que os acasos da vida nos unisse. E pensando bem, hoje eu olho para as pessoas, digo, milhares de pessoas que vejo em um dia, e penso se algum dia vou conhece-las melhor, talvez seja estranho, um desconhecido te olhando nos olhos em alguma estação de São Paulo, da maneira que o mundo anda hoje uma cara mal encarada ou dependendo uma cara de medo em troca seria o mais provável, mas não, talvez seja eu ou qualquer outro observador da vida tentando desvendar psicologicamente e telepaticamente alguma coisa curiosa da sua vida como é engraçado imaginar como deve ser a vida dos outros, isso pode ser bom só para você rir de você mesmo, imaginar as pessoas com problemas ou complicações piores que a sua só para você poder rir e se sentir confortável, é um modo de se sentir melhor. Esses dias eu parei para reclamar na mesma estação em que ando observando as pessoas e notei que eu não tinha motivos para reclamar tanto assim, olhar a vida com tanto pesar, olha o tanto de gente que tem nessa estação, eu já estou trocando as escadas rolantes pelas escadas normais pela quarta vez subindo o quarto andar e chuto que tenha mais de 5 mil pessoas ocupando aqueles 4 andares da estação de Pinheiros, e lá estava eu, tomando o rumo da minha casa mas que ia encontrar mais centenas de pessoas que eu jamais veria ou que talvez achasse que jamais veria, ao subir a terceira escada, notei que nós humanos talvez por costume ou pressa, nunca olhamos um nos olhos dos outros e isso parece ser tão incomum e desafiador hoje em dia, um simples olhar, e um simples "Como foi seu dia?" é algo muito raro também, imagine alguém sentado que vá da sua mente o sexo, se você estiver livre, o que te custaria perguntar como foi o dia dele(a)? Por que nós não fazemos mais isso? Por que sentimos vergonha? Darwin considerava a mais peculiar e mais humana de todas as expressões (ficar vermelho de vergonha). As coisas simples e espontâneas são as que soam melhor desde sempre, os bons costumes estão sendo perdidos? Talvez, dar um bom dia para uma pessoa não fará mal nenhum a você perguntar "Como foi seu dia?" para um estranho soaria no mínimo mais estranho do que ele próprio, acredite. E ele talvez te passaria a enxergar como um estranho, porém meio maluco. Ou ela esteja precisando conversar, ou o pouco que fale deixe-a mais feliz só de saber que existe alguém ainda interessado em saber como está o bem da humanidade, ela pode também achar que você está apenas puxando um assunto para início de uma cantada, bom, talvez, se você a achar interessante, que mal tem? Isso não matará. Quando eu resolvi subir minha cabeça e parar de encarar os degraus com os milhões de pensamentos que vinham ao mesmo tempo que eu subia com certa pressa os intermináveis degraus e por estar pressionado por centenas de pessoas as minhas costas, subi com a mesma pressa mas com uma postura diferente, de cabeça erguida, observando, olhando nos olhos das pessoas que faziam o sentido contrário, desciam e aquilo foi bom, e como foi bom. Eu aprendi um pouco. Nós humanos estamos correndo muito para ir para o trabalho, para chegar nas nossas faculdades ou escolas e não notamos mais nada, não observamos mais nada, não prestamos atenção no maravilhoso céu que nos cobre todos os dias, só olhamos para fins de interesse nosso, se vai chover para nós atrapalhar ou se vai fazer aquele sol de rachar, talvez olhar as pessoas, olhar as paisagens que nos cercam nas nossas cidades, olhar o céu não faça mal, muito pelo ao contrário, nós precisamos de um tempo para fazer coisas desse tipo coisas que nos tragam a paz natural, boas vibrações nas falas de hoje.
O que nos forma? A participação ativista na sociedade, cada um de nós somos pequenos demais olhando em geral, mas a nossa pequena porcentagem faz uma grande diferença. E nós ajudamos a formar uma sociedade. A cultura, a política, a educação e a religião são parte de nós.
A cultura humana é infinitamente mais variada do que a dos outros seres que existe ou já existiram, para ter cultura exige conhecimento o ser humano é o ser que melhor sabe se expressar e isso é prática e a facilidade de aprendizagem que nós temos, mas tudo que tem prática envolve teoria e para Darwin "Para um bom observador é preciso ser um bom teórico". Menos tempo falando ao telefone, menos tempo usando o telefone, mais observações, mais paisagens para guardar na memória. Valorizar as coisas passadas são para os sábios, um homem sem passado é também um homem sem futuro. Só é humano quem vive, e se não valorizarmos os pequenos detalhes talvez no final daremos conta que não vivemos o que poderíamos viver, não nos preocupamos o quanto deveríamos, não sorrimos o quanto poderíamos.

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A parte II de Guerra Dos Sexos não foi esquecida e não está terminada, porém estive um pouco ausente e não pude escrever, não estou me atualizando muito sobre o Parando Pra Pensar, se tem novidades ou não, isso está sendo um erro mas as tarefas vem ocupando o meu dia sem deixar espaço pra muito.
Se houve algum erro ortográfico nesse capítulo peço perdão, pois eu o escrevi, não o li por um bom tempo, e quando resolvi fazer a leitura para revisar estava morrendo de sono entre tudo e todas as desculpas, muito obrigado!

Parando Para PensarOnde histórias criam vida. Descubra agora