Talvez eu seja muito mais do que os seus olhos podem ver, e muito mais do que suas mãos podem tocar, e que eu possa sentir.
Todas as vezes que eu fui quem eu não deveria ser, me perdoe. Todas as vezes que eu procurei estabilidade, mas construí a instabilidade, me perdoe. Eu posso ser o que passa na minha cabeça, ou apenas o que passa no meu coração, ou os dois juntos, e eu não sei o que é pior, quando estou pela razão ou pela emoção. Na maioria das vezes quem sofre é o coração, e os pensamentos atormentados estão. Perdoe-me, por todas as vezes que as confusões da minha cabeça se refletiram nos meus movimentos e olhares, ora reflexivos ora tristes, porém demasiadamente concentrados num momento existente apenas na minha cabeça e num mundo nunca visto no sistema solar. Perdoe-me por me isolar, eu tenho tanto a descobrir sobre mim que é como em Física, e talvez eu seja matéria a ser estudada por sempre estar precisando de tempo e espaço pra isso, e não é por mal, é só procurando algo que eu mesmo preciso encontrar dentro do meu ser, para me reencaixar no momento. Perdoe-me ser tão expansivo, que ao ponto que me conheces percebes que ainda falta muito mais, também me perdoa por sempre ter uma novidade, que talvez sempre esteve escondida porque eu não soube mostrar, eu também sempre tive esse defeito. Quando criança minha brincadeira favorita com meus amigos era o esconde-esconde, e por viver num eterno devaneio e por carregar sempre uma grande responsabilidade nas minhas costas por começar a estudar o mundo e o comportamento dele tão cedo ou mesmo que por teimosia, eu nunca parei de brincar de esconde-esconde, e continuo sem parar, sempre com algo a esconder e quando quero, uma novidade sobre mim a libertar. Perdão por ser tão confuso e decidido. Perdão por sempre estar a pensar demais e esquecer-se de viver e dar atenção ao agora, é que aqui dentro as coisas acontecem muito mais rápido do que no mundo real e na maioria das vezes não é tão interessante a ponto de querer sair fora. Não que aqui onde eu estou agora, não seja real, mas é aqui mais uma vez que eu me encontro e brinco do que eu mais gosto, esconde-esconde, aqui é a fonte de tudo, e de tanto que eu escondi, hoje eu penso tanto que até procuro a mim mesmo em diversas situações e demoro a me encontrar. Perdão por falar sempre sobre mim, revelar o que há dentro daqui, mas nunca conseguir me abrir, pois tudo o que tem aqui dentro pra mostrar, nem eu consegui achar, vou continuar a procurar no meu grande armazém esconde-esconde.
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Parando Para Pensar
RandomOutro Dia Outra Historia Já parou pra pensar que certas coisas acontecem para que possamos aprender a valorizar as coisas quais não percebíamos anteriormente, coisas que para nós passavam batido como as pessoas dizem. Esse livro irá servir como um...