2.Tell me

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Meus pés se afundavam ao chão,  a camada de neve cobria quase toda a rua, os carros eram cobertos pelos flocos e aquela blusa era fina demais para aquele tempo. Não demorou muito para que eu encontrasse meu carro e entrasse em desespero para ligar o ar quente, logo, saindo de frente ao sanatório para meu apartamento no centro.

Quando deixei Anna sozinha naquele quarto questionamentos vinham a todo momento em minha mente e a  insegurança que sentia por ela se inundavam em meu peito. Desde pequeno minha mãe me ensinou a ter empatia pelas pessoas  a se por no lugar das mesmas , a enteder seus problemas,  talvez esse tenha sido o motivo de meu desejo por seguir  essa profissão, foi ironia a mesma ter reagido tão ignorante a minha escolha de faculdade se ela foi um dos motivos dessa escolha segundo ela " Se são loucos não a explicação , merecem apenas ser deixados de lados e ficarem em paz".

Mas não era como se eu escolhesse seguir isso, não queria ser como aquelas pessoas que se mantém em algo que as fazem infelizes e não ter coragem lara seguir o que tem vontade.

Não era algo que eu tinha na cabeça desde pequeno,  garotos normais sonham em ser astronautas, e até mesmo ser jogador de futebol, como Louis, mas sempre adorava me intrometer nos assuntos de família e escutar a história de cada um, e tentar codificar a mente de cada um, então passei a entender que cada um tem o seu lado da história e há sim uma explicação e solução para cada problema na vida de uma pessoa.

Basta entender e ajudar.

Quando olhei Anna não foi diferente,  eu queria saber como a mesma havia parado naquela lugar, qual o motivo dela estar tão insegura? e tão amendrotada?

Me perdi em pensamentos que nem notei que ja estacionava em frente ao prédio, cheguei em casa e mal deitei no sofá para sacar seu fichario mais uma vez ao dia, passando os olhos a para a parte de sua rotina.

Era uma rotina balanceada, que permitia sua saida apenas para a refeição, horario livre estava em rabisco, e por último a indicação dos remedios que tomara todos os dias.

'Transtorno de personalidade antissocial"

Mais conhecido como 'Sociopatia' nada mais era que um distúrbio cuja a principal característica era o desprezo pelas pessoas. E também um distúrbio que se encontrava no fichario de Anna, meu professor me explicou sobre eles , como era o tratamento (sem cura) e uma doença que poderia ser levada para o resto da vida. Se os pais da mesma vieram buscar ajuda apenas por agora , o distúrbio ja estava avançado na garota.

Eu estava pisando em um campo minado.

[...]

Dessa vez eu usava apenas uma roupa totalmente branca que era dada pelo lugar especialmente para minha pessoa,  caminhei até a cantina e curiosamente eu ouvia os murmuros das pessoas por onde passava.

Em meio de todos, eu ouvia apenas um.

"Ele pegou o quarto 25".

Me olhavam com pena, amendrotados, espantados, mais nada mudaria minha ideia de cuidar desse caso, de alguma forma eu estava responsável por Anna agora.

Obsevei o tumultuado de pessoas na cantina, na maioria jovens.O espaço parecia ser divido, adultos, adolescentes,jovens e até mesmo crianças.

E como Anna, as mulheres em sua maioria usavam vestidos brancos enormes mas nenhum se moldava tão bem naquelas mulheres como nela.

- Quarto 25. - escutei alguém falar atrás de mim. Na fila da refeição,me virei encarando a morena atrás de mim.

Seus olhos eram castanhos escuro,  seu cabelo era curto mas para um lugar como aquele parecia bem cuidado,  seu sorriso era irônico e ela levantava as sobrancelhas sugestiva para mim.

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⏰ Última atualização: Nov 24, 2017 ⏰

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