I love you. Jerk!

Like nobody's around

- Malfoy? Pergunta Harry incrédulo abrindo a porta.

- Ah, Potter – responde Draco, em um tom desinteressado. – A Granger está?

- Agora sou Weasley, Draco – diz Hermione chegando na sala.

- Tanto faz, vamos?

Aonde vão? – pergunta Harry se jogando no sofá.

- Creio que não é do seu interesse, Potter, vamos Hermione?

- Vou só pegar minha bolsa. Harry, avisa ao Rony que sai com o Draco para o Ministério, e que volto às três – pede a garota saindo atrás do loiro.

- Tudo bem, Mione, mas você sabe que ele não... – o garoto para de falar, pois é cortado pelo som da porta da frente batendo.

"O que será que a Hermione e o Draco tanto resolvem no Ministério todo sábado? E cadê o Rony com minha cerveja amanteigada?" pensa o garoto ligando a televisão.

Enquanto isso no elevador:

- Você sabe que nunca vai conseguir nada tratando ele assim, Draco – diz Hermione em um som repreensivo ao ex-Comensal.

- O que você quer Weasley? Que eu me jogue aos pés dele e implore seu amor? – pergunta o Malfoy de cabeça baixa. – Eu sou assim, um idiota, covarde, sempre com medo de tudo.

- Você só precisa ter mais paciência Draco, ele vai perceber que também te ama.

- Coma Weasley sempre com ele? Duvido muito. – Draco nunca gostara de Gina, mas desde que ela e Harry haviam ficado noivos à uns anos, ele admitira um rancor maior pela ruiva.

- Não sei se vai durar muito o noivado deles, Harry não está mais tão interessado quanto antes, e só a pediu em casamento, pois Jorge perguntou se nunca iriam adiantar a relação.

- E com isso, você quer que eu tenha esperanças? – pergunta o loiro desanimado entrando na sala da morena no Ministério da Magia.

- Eu não sei, Draco, só tenha mais paciência com ele, se Merlin quiser, vocês irão ficar juntos.

- Que Deus te ouça, Hermione, mas vamos ao trabalho, qual a lição de hoje, professora Granger?

- Weasley, Draco, e não sou professora.

E eles começam a estudar, como não terminou os anos em Hogwarts, todo sábado, Draco e Hermione se reuniam para estudar, trabalhar, ou para conversar sobre a secreta paixão que o Malfoy nutria pelo bruxo que salvou o mundo bruxo do Lorde das Trevas. Draco sempre fora apaixonado por Harry, desde o primeiro ano deles em Hogwarts, mas quando o moreno de belos olhos esmeraldas o dispensou no Salão Principal, Draco colocou na cabeça que teria aquele garoto, tudo o que fizera como Comensal tinha sido sim para salvar sua mãe, mas também para ter a atenção do moreno que desejava. Mas com o passar dos anos, havia crescido um sentimento mais forte pelo garoto, que só então o loiro havia percebido que era amor, o mais simples e puro amor. Doía profundamente ver Harry e Gina juntos, e Hermione fora a única a perceber que Draco nutria sentimentos por seu amigo, e desde então tem ajudado o loiro de olhos acinzentados, dando dicas e torcendo por eles.

É claro que ela não queria que Gina sofresse, a caçula dos Weasley era sua amiga, mas Hermione sabia que nem Harry , nem Gina se amavam mais como antes, ambos estavam muito diferentes e distantes, e ela tentava ao máximo achar uma solução para tudo, mas era mais fácil estar com seus livros, então, quando não estava trabalhando, ou ajudando Draco, ou então estando com seu marido, Hermione se sentava em sua biblioteca e passava horas com seus livros, tentando encontrar um jeito de ajudar a todos os seus amigos, sim, Draco era seu amigo, e ela queria o melhor para ele, assim como queria para Harry, e Gina, mas estava difícil encontrar uma conciliação.

- Harry – grita Rony do lado de fora da porta. – Abre aqui, está pesado.

O garoto se levanta para abrir a porta para o amigo, que entra cheio de sacolas. Assim como seu pai, Rony tinha tomado gosto por coisas de trouxas, e tentava ao máximo evitar usar magia em casa, por morarem em uma cidade trouxa, e agora queria jogar jogos de trouxas, começando por golfe.

Harry iria jogar com o amigo, mas só para não precisar ficar muito tempo junto de Gina, ainda gostava da garota, mas sabia que não a amava mais há um tempo, e não terminava com ela por não saber como e por receio de brigar novamente com Rony e Hermione.

- Ah, Harry, Gina disse que iria hoje no seu apê, pois precisa conversar com você – diz o ruivo indo para a cozinha. – O que você aprontou para ela largar a partida de hoje para vir conversar com você? Onde a Mione escondeu o presunto?

Rony não fazia ideia da guerra que se travara na cabeça do amigo, enquanto procurava o presunto na geladeira.

"O que ela quer falar comigo?"

"O que acha, Potter? Que você é um grande imbecil!"

"Mas o que fiz de errado desta vez?"

"Que tal as milhares de desculpas e mentiras para não se encontrar com ela, Potter?"

"Mas ela também me dá desculpas."

"Porque você começou, o que achava, Potter? Que ela ficaria para sempre esperando sua boa vontade?"

"Não, mas..."

- Chega, calem a boca – grita o auror levantando-se e se dirigindo ao seu apartamento.

- Mas eu nem disse nada – diz Rony confuso com a boca cheia de pão e presunto. – Aonde vai Harry? Não vamos jogar?

- Depois falo com você Rony.

- Louco – o moreno ignora e entra no apartamento em frente, toma um banho e se pega novamente pensando no que Gina iria falar com ele, deve ser muito sério, para ela perder uma partida de quadribol, em plenas quartas de final. Harry veste a roupa e se deita para dormir, dormir sempre o ajudara a pensar, antes era o quadribol, mas fazia anos que Harry não jogava, meses que não assistia uma partida sequer.

A campainha toca, o tirando de seus devaneios, o moreno se levanta para antender.

- Ah, olá, Mione.

- Como você está, Harry?

- Gina virá aqui para conversar seriamente comigo, sobre algo que fiz, mas não faço ideia do que é, você tem alguma pista?

- Não, mas vocês andam muito separados, o que está acontecendo? – pergunta a garota preocupada.

- Não sei, Mione, acho que com o tempo, ela viajando sempre para jogar, e eu trabalhando, acabamos esquecendo um pouco um do outro.

- Mas você ainda a ama, Harry?

- Não sei, gosto dela, mas não sei se a amo como antes.

- Então, Harry, o melhor a fazer é... – o garoto para de ouvir pois fica pensando nos primeiros anos do namoro dele com a ruiva, tudo parecia tão certo, parecia que iria durar para sempre, mas agora... Gina era para ele mais como uma amiga, e Harry não sabia explicar isso para a garota.

Novamente a campainha toca, silenciando Hermione e tirando Harry dos pensamentos, o garoto se levanta para ir abrir a porta, mas Hermione o impede, já estando a caminho.

- Olá, Gina, como foi de viagem? – cumprimenta a garota, abraçando a amiga.

- Bem, Hermione, mas cansativa, as vassouras são mais seguras que esses aeromodelos trouxas.

Também não gosto muito de viajar de avião, mas Rony deve estar me esperando, saí após o almoço e não voltei até agora, tchau Gina, tchau Harry – ela se despede deles com um abraço e se dirige ao seu apartamento.

- Como vai, Harry? – pergunta Gina se sentando em um sofá.