Novembro 30, 2015 / 12:14am
fadada ao esquecimento,
à ilimitada criatividade;
à paixão, suas agonias
e à imortalidade;à impossibilidade das
concretizações,
aos machucados e às
quebras de corações;fadada ao fanatismo pelas
letras, estrofes e versos;
ao encantamento de
demasiados universos;fadada ao egoísmo do
querer só-para-mim;
à hesitação de dirigir
ao necessitado, meu sim;fadada à guerra sem
motivo aparente,
ao medo de não acreditar
ou ser demasiado crente;fadada a discordar,
concordar, acordar,
acordar, dormir,
e sonhar e cair;fadada à algo que
talvez esteja escrito,
ou profetizado num
simples grito;fadada ao destino e
ao mero acaso;
ao planejamento e
ao caso-não-caso;fadada às explosões de
sentimentos de alegria;
às coceiras no nariz
devido a uma certa alergia;fadada às rimas, às Romas,
aos risos, aos rasos, às ruas;
aos ninhos, aos nadas, aos nãos,
às noites, aos netos, às nuas;fadada aos momentos de
incerteza e solidão;
às experiências carnais
e à degeneração;fadada à dor de cabeça,
ao vício na cafeína;
à ignorância diante
usuários de cocaína;fadada aos jogos de
azar: o bicho, a ficha;
ao saber implantado,
áspero como uma lixa;fadada às influências de
um pensamento regrado;
à metamorfose do ser
ao algo padronizado;fadada à síndrome do pânico
e ao pavor do terror noturno;
às vozes convictas da própria
cabeça e ao espírito soturno;(...)
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à Marte
Poetry"essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesma, amém"