à Marte

O

Outubro 10, 2015.

eu venho tentado
preencher o meu vazio,
com qualquer coisa,
para espantar o frio.

acabei por espantar
tudo ao meu redor,
e o espaço gélido
nem era o pior.

eu busquei por coisas
que não me decepcionassem,
que não ameaçavam;
que não acabassem.

pedi por amor,
por dinheiro e bebida,
fiz notar pela caminhada:
melhor do que a volta, a ida.

eu me achei quando
já tinha desistido de procurar,
eu preciso de nada,
muito menos alguém para amar.

padrões de felicidade
me trazem tristeza;
eu não vejo graça,
nem mesmo beleza.

eu não quero que o meu sorriso
seja uma arma inspiradora,
onde o que vêem seja deduzido,
a verdade é reveladora.

não é alegria,
se escolhem por você,
alegria é você quem faz
na sua escolha por viver.