CAPÍTULO 2

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                                                                              POR HUNTER



Aqui faz muito frio, sinto um ar gélido arrepiar-me a espinha. Tento abrir as pálpebras e a luz fere os meus olhos, ainda vejo as formas ao meu redor turvas e desfocadas.

Com muito esforço consigo vislumbrar uma enorme claridade, vejo paredes higienicamente brancas e um ambiente estéril. Meu corpo todo dói e treme, estou nu, caído no chão próximo a uma porta. Olho novamente e confirmo, a figura deitada enrolada como uma bola em um banco duro hospitalar é uma mulher. Chego mais perto, curioso e assustado com a possibilidade de acordá-la. Não é uma mulher qualquer, é a mulher... Maggie.

Eu nunca esqueceria o nome dessa linda garota de olhar sapeca, lábios vermelhos e cor de cappuccino. Ela faz um biquinho com os lábios enquanto dorme que me incitam a prová-los. O movimento dos seus seios subindo e descendo através da camiseta branca me hipnotiza. Não sei se é por causa do frio desta sala, mas observo os seus mamilos entumecido, ela está sem sutiã e eu não consigo deixar de olhar, MEU DEUS!!!.

As minhas mãos coçam para tocá-los e a minha boca saliva constrangedoramente ao descer os olhos e deparar-me com as suas coxas desnudas pelo vestido curto.

Quando dou por mim estou duro, tão duro que a dor em meu pau é incômoda. O meu piercing Príncipe Albert movimenta-se lentamente à medida que fico mais e mais ereto. Que vergonha! Preciso sair daqui, preciso deixá-la e parar de olhá-la. Olho a sua mão ferida e todas as lembranças vem à minha mente como em uma enxurrada.

Lembro-me da emboscada ao meu amigo Jackson, o meu lobo liberto pela fúria, o ataque fatal aos seus agressores, entranhas e carne se rasgando e depois o impacto do tiro.

Não me recordo como cheguei aqui, mas tenho flash de memória dos olhos castanhos e quentes de Maggie nos meus. A minha porção animal reconhecendo a doçura de seu toque. A sensação indescritível das suas mãos em minha pelagem e um gosto absurdamente inebriante de sangue. Doce, picante e intenso, contrastando com a suavidade do gosto de sua pele quente em minha língua, em meus lábios.

Ela me salvou, eu devo a minha vida a Maggie, se não fosse a sua coragem em socorrer um lobo de quase dois metros agonizando, eu agora não estaria vivo.

Cubro-me com um lençol branco caído no chão e ando em passos lentos procurando uma saída. A dor que toma o meu abdome e o meu tórax latejam muito. A porta dos fundos da Clínica está destrancada. Consigo sair e caminho com as pernas fracas, ainda a tempo de chegar à porta do bar, sendo surpreendido somente por dois bêbados que brigam por uma garrafa de gim, no começo do raiar do dia.

Bato na porta do quarto de Lupita, que fica nos fundos do bar. Ela me atende depois de eu quase por a porta abaixo.

- O quê você aprontou Hunt? Por que é que você está enrolado nesse lençol ?

Eu estou um lixo, não quero e nem posso responder certas coisas a Lupita, respondo irritado.

-Você vai me deixar congelar aqui fora ou eu posso entrar e depois explico?

Ela abre a porta e sorri. Olho para a porta do seu quarto entreaberto e duas garotas, uma morena e uma loira dormem deliciosamente nuas em sua cama. Pelo visto a noite de minha amiga foi bem agitada.

Ela me encara levantando a sobrancelha e me alerta.

- Nada de espiar, Hunt.

Eu sorrio e ela também.

- Eu não vi absolutamente nada, Lupi.

Lupita sai em silêncio e pega uma camiseta e um short para mim, que eu nem lembrava que ela guardou em sua casa.

- Ficou aqui do seu último porre, achei melhor guardar. Vá que você aparecesse nu e baleado aqui em casa não é? Uma amiga tem que ser prevenida, algum problema Hunt, o que está acontecendo com você?

Eu sei o quê a preocupa, Lupi tem medo de me ver jogado no fundo do poço novamente, eu tranquilizo-a constrangido.

- Não é nada do que você está pensando, estou limpo há mais de um ano Lupi. Nem um pingo de álcool. Foi uma emboscada, quando eu puder e entender ao certo o que aconteceu, eu te explico. Posso usar o seu telefone? Vou pedir para o Adam me buscar, estou na merda, com muita dor.

Lupita pega a chave de casa e me apressa.

- Vista-se logo, eu te levo. Vamos logo, quem sabe ainda dá tempo de eu voltar para o terceiro round com minhas amigas.

Eu sigo até o banheiro e rio sozinho. Lupita é uma maldita comedora, mas é uma das poucas pessoas que me quer realmente bem. Aquele tipo de amiga que eu rosno, xingo, esbravejo e ela simplesmente ignora, sem nunca me deixar sozinho.

Chego em casa e tudo ainda está silencioso. A cavalaria ainda não acordou, meus irmãos são a merda de um bando de bagunceiros e eu detesto toda essa agitação. Por mais que todos pensem o contrário, adoro o silêncio e a calmaria.

Vou direto tomar um banho e enquanto me ensaboo, fico excitado novamente, ao lembrar o gosto da pele de Maggie em meus lábios. Eu quero essa mulher... Preciso tê-la.

Sem que eu dê por mim, minhas mãos movimentam-se lentamente. Passo o polegar pela minha glande sensível e mantenho o ritmo do ir e vir da minha mão. A outra mão eu afago as minhas bolas pesadas por falta de alívio. A pele de meu membro se estica cada vez mais. Imagino Maggie dançando só para mim, as coxas entreabrindo-se, a calcinha de rendinha branca exposta, contrastando com a cremosidade do cappuccino de sua pele macia. Ela dançando no pole dance e puxando a calcinha para o lado expondo a bocetinha marronzinha, depilada e empapada. Perfeitamente molhada para que eu me enterre nela até as bolas, massageando o seu ponto G com o meu Príncipe Albert até que ela esprema e ordenhe o meu pau, retirando a última gota de sêmen do meu membro. Caralho, eu estou com dor, mas o desejo de ter o seu corpo embaixo do meu é mais forte do que qualquer ferimento.

Um urro rouco se desprende da minha garganta e o animal ainda se debate dentro de mim, desesperado para ser liberto. A urgência do meu desejo me toma em uma torrente intensa e eu sinto os jatos longos e quentes de esperma entre os meus dedos, enquanto ainda tento acalmar a minha respiração ofegante.

Preciso da sua boca na minha, lambendo os meus lábios, beijando-os, passeando pelo meu corpo sem pressa. As suas coxas torneadas enroscadas na minha cintura, os seus seios redondinhos em minhas mãos.

Eu quero estar dentro dela tão fundo, mas tão fundo, que eu possa marcá-la com a minha posse.

Assim como ela me marcou com o gosto da sua pele.







OS DESGARRADOS: LIVRO 2 - "POSSUIR" (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora