Capitulo 8

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Eu: Que... quem é você e o que quer?

Ele continuou ali parado olhando para mim e eu estava morrendo de medo, não sabia o que fazer.

Estranho: Você não deveria estar aqui a essa hora princesinha, é perigoso sabia? - ele tinha uma cara debochada e maliciosa. - Mas eu posso responder a suas perguntas, claro. Meu nome é Eduardo, e vim aqui com o propósito de matar esse velho maldito, mas parece que vou matar dois coelhos com uma tacada só. Que sorte a mim não é?

Eu: Por que quer matá-lo? E agora a mim?

Eduardo: Hm... - batia os dedos no queixo. - Ele nos deixou presos somente ao nosso universo, e eu gosto de conhecer novas pessoas. Ah! E também porque eu e meus amigos queremos dominar esse mundinho de vocês. - deu um sorriso maléfico. - Já você... ainda estou pensando sobre matá-la, talvez eu a deixe viva. - deu um passo em minha direção e eu recuei o mesmo passo. - Está com medo de mim? - ele riu alto. - Está certa.

Eu: Deixe-nos ir, por favor.

Ele parecia pensar.

Eduardo: Como eu sou burro! Você conhece esse velho, o protegeu, e já sabia sobre o meu universo e sobre o que sou. Interessante.

Ele andou próximo a mim, encostou em um poste na rua, cruzou os braços no peito e me observou. Já estava bem tarde e escuro, e não sabia o que aquele estranho decidiria.

Eduardo: Você não é só uma testemunha, agora você também é uma inimiga. O jeito como saiu rápida... já deveria saber. Uma Talier. Eu deveria matá-la mais do que nunca, porém você é tão linda que me dá pena, um grande desperdício.

Eu: O que vai fazer então? - eu tinha medo da resposta, mas queria muito saber.

Eduardo: Eu mato o velho e te deixo ir, com a condição de sair comigo. Você seria uma boa diversão. - disse mordendo os lábios e me olhando dos pés a cabeça.

Eu tinha que pensar em algo logo, não iria fazer nada com esse babaca, e não deixaria que ele matasse Jhon, nunca me perdoaria se isso acontecesse.
Uma idéia me veio a cabeça, não sei se dará certo, mas preciso tentar. Me abaixei perto de Jhon e Eduardo seguiu cada movimento meu com os olhos, isso me incomodava, já odiava esse garoto. Concentrei minhas forças e poderes, controlei-os e senti que estava dando certo. Criei uma barreira ali mesmo, invisível, e o idiota nem percebeu.

Eu: Você podia parar de me olhar um pouco, isso é muito desconfortável. Preciso me despedir dele... - abaixei a cabeça e chorei sem som.

Eduardo: Quanto drama. - ele disse entediado e virou para o outro lado.

Nessa hora virei novamente um urso, e já me sentia fraca pois estava usando muito minhas energias. Tentei ao máximo não fazer barulho, peguei Jhon no colo e andei rápido para uma distância mais segura, não ia conseguir manter aquela barreira por muito tempo. Comecei a correr e olhei para trás, Eduardo já estava na barreira com uma cara de ódio e tentava passar. Assim que consegui ir até a outra rua e já se aproximava de casa desfiz a barreira e corri como nunca. Entrei em casa, fechei tudo e desliguei as luzes sem deixar rastros para aquele verme. Me abaixei no chão junto a Jhon e respirei fundo, deixando algumas lágrimas escorrerem. Será que ele estava vivo? E será que eu conseguiria mesmo ajudá-lo com esses bichos asquerosos?
Eu já tinha me apegado a Jhon como um avô, e se algo de grave tivesse acontecido a ele, aquele maldito iria pagar muito caro por isso.

O mistério da rua FrandyOnde histórias criam vida. Descubra agora