Sinais

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Me lembro de ter apagado e mais nada.

Acordei no dia seguinte com gritos de crianças desesperadas por bolo de chocolate com cobertura e por um copo de suco. Era uma quarta feira, dezessete de outubro, poderia ser um dia normal se eu não tivesse que ir para aquele inferno de novo. Me levantei por volta das sete e meia e fui me arrumar. Tomei um banho relaxante e um pouquinho demorado, e isso me deu pouco tempo para chegar no colégio. Vesti uma blusa florida de mangas compridas, minha calça jeans preta, um tênis, peguei minha bolsa e desci. Eram quase oito e meia e tinha menos de quarenta minutos para chegar lá. Então eu desci para a cozinha, peguei um pedaço de bolo e tomei um pouco de suco correndo e sai as pressas. Charllote iria par a escola bem mais cedo do que eu, então eu não iria encontra-lá em casa para irmos juntas como no começo do ano. Parece engraçado, mas eu acordava cedo. Mas quando eu entrei naquela turma chata e bardeneira, minha vida mudou para pior.

Eu cheguei na escola e já começaram as falações de "a louca chegou" ou " lá vem a sem amigos". Eu não me importo tanto, a não ser que mexam comigo, com a Charllote ou falem mal dos meu gostos musicais. Eu me importo somente com quem eu realmente gosto, o resto é apenas resto.

Bateu o primeiro sinal e todos correram para a sala de aula. Era dia de apresentações de trabalho e eu realmente não estava preparada. A primeira aula era de Biologia e eu realmente odiava aquela matéria, e odiava ainda mais aquele professor. O senhor Mark era um velho chato, arrogante e que sempre preferia os populares da sala, no caso a turminha do Brandom. O professor entrou na sala e eu estava no meu lugar, quieta, desenhando meus vestidos quando eu escuto um baita grito.

--- Phoebe --- gritou sr. Mark --- Você primeiro, pode vir à frente.

Todos me olhavam esperando minha reação, pensando que eu iria chegar lá e não saberia nada sobre o tema do trabalho e não faria uma bela apresentação.

Eu me levantei, me dirigi ao centro da sala e todos olharam para mim com risinhos nada discretos e olhares do tipo " vai pagar mico".

--- Pode começar Phoebe --- disse ele com um olhar de desgosto.

Então eu comecei a falar sobre o assunto do trabalho. Eu passei tempos estudando sobre esse assunto bem antes de começar essas duas últimas semanas de aula. O povo que me odiava naquele lugar começaram a ficar impressionados e ainda mais o professor. Assim que eu terminei, me dirigi de volta ao meu lugar sem falar uma palavra e todos dirigiram seus olhares para mim. Viram que eu não sou tudo aquilo que eles pensam.

Acho que eles pensam que eu era uma menina sem educação e sem carater. Meu pai é executivo e minha mãe é advogada e ambos me ensinaram tudo o que sabem e perfeitamente.

Bateu o sinal e eu sai correndo, queria conversar com a Charllote. Eu fui para o pátio e encontrei ela conversando com uma menina da sala dela. Ela virou, me comprimentou e voltou a falar com a amiga. Eu simplesmente sai de perto e não falei mais com ela naquele dia.

Eu cheguei em casa por volta das duas horas da tarde e fui direto para meu quarto, sem falar com ninguem. Eu era daquelas meninas bem ciumentas, que não podia ver sua melhor amiga com outra menina que fechava a cara para todos e não queria saber de mais nada.

Minha mãe me chamou para comer alguma coisa por volta das três e meia e eu realmente não estava com vontade de nada. Eu fico lembrando do pessoal da escola me zuando por eu nunca ter ficado com alguem ou ter tido um relacionamento sério sendo que todos lá são aquelas que pegam qualquer um e são vulgares. Eu quero que alguem me ame de verdade, e pelo que sou. Eu não estou preocupada com isso.

Naquele dia eu fui checar meu e-mail e tinha uma nova mensagem. Era da Charllote.

" Hey amiga. Vem aqui em casa por favor, preciso falar com você.

Xx, Charllote"

Eu ia ou não ia? Seria mesmo importante ou não? Eu seria trouxa mais uma vez na minha vida? Acho que sim. Eram quase cinco da tarde quando eu sai de casa. Tinha tirado meu pijama de bolinhas e coloquei um shorts jeans, uma blusa basica e minha sandália e fui até a casa da Charllote ver o que ela queria.

Eu cheguei em quinze minutos e ela estava me esperando sentada na calçada em frente sua casa.

--- Ainda bem que você chegou, tenho novidades--- disse ela animada

--- Quais? --- Perguntei

--- A primeira é que falta um mes para nosso aniversário--- disse ela mais animada ainda.

Dezoito de novembro , eu e Charllote completariamos dezoito anos, e seria aquele auê. Meus pais queriam fazer uma festa para nós e logo depois disso, nós nos mudariamos para Los Angeles e finalmente a tortura acabaria. As aulas estavam acabando e as provas finais resultariam em alegrias tanto para mim, tanto para ela e para meus pais. Nós nos mudariamos para Los Angeles e finalmente poderia me concentrar em tudo lá. Queria entrar em uma boa faculdade de moda e resultar no meus trabalhos feitos tanto de casa tanto de sala de aula e poder achar alguma gravadora para eu poder expor minhas inspirações. Meu sonho era também ter a sorte de achar alguem que me completasse e me mostrasse o verdadeiro amor.

--- Ainda bem. --- respondi --- Ainda temos que ver tudo o resto da festa. Falta muita coisa.

E esse assunto de festa me animou. Fazia eu me esquecer de muitas coisas que não eram tão importantes. Eu queria me mudar logo para Los Angeles e tentar ser feliz lá com a llote. Meus pais iriam deixar nós sozinhas por um ano como experiencia, e se não desse certo, eles se mudariam para lá.

E quando eu me dei conta, estavamos falando de quem convidariamos e nisso já tinha dado oito horas da noite. Votei correndo para a casa, e meus pais já estavam jantanco com meus irmãos. Eu me juntei a eles e comecei a falar da festa e eles se animaram junto comigo e isso me deixou mais ansiosa ainda.


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