selfie - mutilation

lágrimas são só o início

Então, são quatro horas da madrugada e eu aqui pulsos cortados olhos cheios de lagrimas, peito sufocado pela dor.

O dia não chega e parece que estou presa numa caixa sem oxigênio, eu esperava mas da vida. depois do que aconteceu nesse dia, fiquei aponto de tentar um suicídio.

Porque viver é difícil ?

porque as pessoas nos magoam?

porque a morte nos perturba?

Naquela noite minha tia havia morrido, implorei pra Deus que a trouxesse de volta, como se fosse um erro, levando-me em seu lugar.

Estava destruída, tanto por fora quanto por dentro.

E Deus?

passei a crer que ele até se esquecerá de mim.

Chorava baixinho para minhas irmãs não ouvir-me, elas poderiam dizer a meu pai e ele, como sempre, agredir-me com palavras e ações, não entendo porque tanto ódio direcionado a mim, porque sempre que meu pai e minha mãe brigam envolve-me na confusão.

só gostaria de ser feliz.De verdade, é humilhante ter que sair por ai com um sorriso que não é meu viver um inferno.

já eram quatro horas da madrugada de 11 de dezembro de 2014, minha mãe ainda não havia voltado de viagem ela esqueceu -se que minha formatura seria no dia 14,sera?claro! eu não a culpo, não por isso.

Sou insignificante ao ponto dela esquecer-me fácil assim.

que droga!

um gemido atravessou o quarto em minha direção,fui rápida ao estancar o sangue com uma blusa minha.

__Você está acordada?-perguntou minha, irmã.

enxuguei as lagrimas dos olhos,respondendo em seguida:

__sim-disse baixo demais __ a quanto tempo você acordou?-especulei:

__Acordei agora-respondeu ela.

__Quer ir tomar aguá, ou ir ao banheiro?-perguntei afinal.

__Quero-ela respondeu.

Tentei não deixar os pulsos a mostra, qualquer passo em falso e tudo estaria acabado.

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dedico este capitulo a minha amiga pallominha barrozo