Sam/Dean/Cass

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Notas iniciais:

Este capítulo se baseará numa pequena continuação depois de Sam, com ajuda de Crowley, expulsar Gadreel do seu corpo, onde Castiel, Sam e Dean se encontram num género de ponte e conversam sobre o ocorrido. (Temporada: 09 / Episódio: 10)

Boa Leitura!

Ver Sam naquele jeito está-me a destroçar, sabem aquele sentimento de verem uma pessoa cujo vocês adoram, ou até amam como se fosse da família e quererem fazer algo para ajudar, mas a única coisa que podem fazer é só vê-lo sofrer cada vez mais e nem sequer um abraço pode ajudar? Esse sentimento é o que estou a sentir na pele neste preciso momento...

- Sam... - Acabo por não conseguir prenunciar mais nada, um sentimento negativo cada vez se apodera mais de mim, me impedindo de acabar a frase.

Eu aproximo-me dele e este olha-me com desespero e pedindo silenciosamente ajuda. Infelizmente não posso fazer mais nada do que o abraçar forte, como se eu estivesse ali, para ele, a protejê-lo de tudo e de todos, como os família/amigos geralmente fazem.

- Clara, não vale a pena. - Sam permanece no mesmo lugar, com mãos nos bolsos, mas a sua voz quer transparecer tranquilidade. - O mal está feito, e agora... - Suspira. - O Kevin... - Dean interrompe-o.

- Não. A culpa não é tua. - Dean explica com o intuitivo de defender o seu irmão que nesta altura, se sente o mais culpado. - O sangue do Kevin está nas minhas mãos. E nunca as poderei lavar. - Este faz uma breve pausa. - Eu irei arder por isto.

Cass continua afastado de nós, como se tivesse sido excluído. Nós estamos envolta de Sam como se ele fosse um cachorrinho acabado de ter sido feito um curativo após ter sido machucado, mas Castiel também não está no melhor estado, ele diz que está bem e que temos que nos preocupar mais com o Sam, mas todos sabemos que ele também não está num mar de rosas. Cass pode ter recuperado a sua graça...emprestada, mas ele ainda não está 100% curado, e o que mais me irrita neles, é que eles não querem ser ajudados, sempre passam os 'cuidados' uns para os outros...

- Dean...por favor... - Tento aproximar-me dele, mas este me interrompe colocando a mão quase perto da minha cara, mostrando a ideia de que ele não me iria ouvir caso eu falasse algo.

- Eu irei encontrar Gadreel. - Dean cospe cada palavra com confiança, raiva e tristeza e nós...nós só nos limitámos a ouvi-lo. - E irei matar esse filho da mãe.

Dean não é nada amistoso quando se toca ao inimigo que mexe com o seu irmão. Quem se mete com o seu pequeno grande irmão, mete-se a dobrar com Dean, e este fará os possíveis e os impossíveis para que o inimigo não saia vivo disto tudo...

- Mas eu irei sozinho. - O loiro que neste moreno mais parecia moreno, se afasta lentamente e eu e Sam nos entreolhamos enquanto os olhos verdes cristalinos do Loiro nos observava.

- O quê? - Sam arqueia uma sobrancelha enquanto encara o seu irmão com a sua face de cachorrinho abandonado.

- O que queres dizer com isso? - Arqueio igualmente uma sobrancelha e a minha voz sai ligeiramente rouca e quase num suspiro, num suspiro pesado e cansado.

- Vá lá meu, não entendem? - Ele cria um suspense de alguns segundos. - Eu sou veneno. - Este suspira novamente, e cada vez a chuva se intensifica mais deixando cada ponta do nosso cabelo, uma solitária gota de água prestes a cair sobre o chão molhado. - Todas as pessoas que se aproximam de mim, são mortas ou ainda pior.

- Dean...isso não é verdade. - Novamente aproximo-me, mas este continua a falar, como se não ouvisse nada do que eu digo.

- Eu digo a mim mesmo que eu ajudo mais do que machuco. E digo a mim mesmo que faço tudo pelas razões certas e acredito nisso. - Faz novamente esse suspense de meros segundos. - Eu não consigo e nem vou arrastar mais ninguém comigo. - As suas vistas começam a ganhar um certo brilho...indicações de que uma lágrima irá ser soltada... - Nunca mais.

- Vai. - Sam permite, mas a sua voz saiu tremida e o brilho que Dean ganhara na sua vista à momentos, eu e Sam também estamos a começar a ganhar. - Eu não te impedirei.

- Não! - Exclamo alto o suficiente para chamar a atenção de ambos.

- Quê? - Dean olha para mim com desentendimento, e Sam continua calado...como se a próxima coisa que ele dissesse, fosse criar mais uma guerra.

- Eu não te irei permitir fazeres isto sozinho. - Oponho-me a ele, enquanto dou um passo mais próximo dele e este lança um olhar tenebroso. - Se tu fores, eu também irei... - Sou cortada pela voz grossa e elevada do irmão mais velho.

- Não! Não vais. - A sua voz está imensamente grave, alta e irritada.

- Tudo o que disseste não é 100% verdade. - O meu tom vocal também começa a aumentar. - Eu ainda estou aqui, não estou?

- Para já. - Dean acalma a sua voz e cruza os seus longos braços se entreolhando com Sammy.

- E irei estar! A Charlie também não morreu por tua causa! E ela agora deve estar feliz. - Tento ao máximo fazê-lo entender que nada está perdido e ele não é o monstro que se diz ser.

- Não sabes, ela pode estar ferida lá na terra dos gnomos. - Dean Winchester e a sua teimosia...a minha sorte é que sou teimosa também.

- Primeiro essa 'Terra dos gnomos' chama-se Oz e segundo, ela está bem, porque ela é forte. - Dou um tempo. - Tal como tu e o Sam. E vocês são mais fortes do que pensam, só ainda não o admitiram para vocês próprios. - Tento inalar todo o ar expelido para continuar com o meu sermão. - Caramba, vocês são os Winchester's, os monstros podem não admitir, mas eles receiam vocês! Eles têm medo de vocês! - Os irmãos se entreolham novamente e Dean dá aquele seu sorriso convencido que só o ele o sabe fazer. - Então por favor, não te metas nesta atrapalhada sozinho, deixa quem pode te ajudar...quantas mais pessoas melhor... - Finalizo o meu depoimento num tom baixo e com um olhar sincero, amigável.

Dean continua calado e Sam...esse praticamente nem se mexe, simplesmente faz expressões faciais e isto cada vez me mexe mais comigo.

- Eu aceito essa ajuda. - Um sorriso vitorioso se estampa na minha face gelada devido à chuva. - Mas só a tua... - Sam entendeu o que o mais velho quis dizer e olhou para ele com aqueles seus olhos de cachorro. - Não irei permitir que mais nada te aconteça, Sam. - Este olha directamente para Sam e mostrando arrependimento, mas ao mesmo tempo razão, ele simplesmente quis o seu irmão vivo e eu honestamente não o culpo por isso.

- Eu só quero vocês os dois..alias, três. - Olho para Cass que nos observa atentamente. - Vivos... Vocês são um pouco do que me resta, então por favor, vamos fazer o máximo para que esse pouco, não acabe em nada. - Uma lágrima solitária se solta e deslizando sobre a minha bochecha e se camuflando entre as outras gotas de água provenientes da chuva incessante.

Posso dizer que me sinto feliz, acho que finalmente os fiz entender que nada está perdido e que fazendo as coisas sozinhos, irá piorar a situação.

- Eu não quero perder mais tempo. - Dean observa Sam enquanto este também o observa. - Adeus Sam. - O irmão mais velho observa pela última vez o seu irmão e este continua sem prenunciar nenhuma palavra.

Dou um último abraço forte a Sam e de seguida depósito um beijo na bochecha húmida de Sam.

- Adeus Sam. - Aceno com a minha mão, lançando um sorriso ligeiramente forçado e finalmente entrando no carro de Dean, o seu precioso Impala, e deixando aquele sítio que será recordado na minha memória como um dos piores, mas ao mesmo tempo o dia em que preveni de Dean Winchester fizesse uma grande asneira.

Notas finais:

Espero que tenham gostado!
Até ao próximo capítulo!

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⏰ Última atualização: Nov 09, 2015 ⏰

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