Capítulo 7 (Parte 2)

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Estava deitada no sofá com as pernas em cima de Cay e com a cabeça no colo de Anyle enquanto ela tentava entender o que aconteceu comigo e eu apenas explicava o que ela não entendia.

- Aube, sabe que horas são? - Caique perguntou bocejando

- São ... - peguei meu celular - 18:44 - disse já assustada. A hora passou rápido

- Você e meu primo vão sair que horas?

- 20 horas, e ainda nem fui procurar uma roupa. Ai meu Deus, não vai dar tempo! - falei desesperada

- Calma Mad, vamos lá em cima. - levantou e me puxou com ele até as escadas - Vamos te ajudar a se arrumar.

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- O que você acha dessa? - ela falou empolgada

Brittany me mostrou uma saia branca junto com um cropped azul com um laço enorme no meio. Logo depois ela pegou algumas coisas no meu armário e me arrumou, depois de pronta ela pegou um salto azul clarinho e arrumou minha bolsinha da chanel. Me olhei no espelho e me senti linda, saí do quarto e desci para a sala. Assim que meu melhor amigo me viu a sua boca quase foi ao chão.

- Para, está tão feio assim? - perguntei

- Não, não, não. Você está perfeita. Está de parabéns. - ele levantou, pegou minha bolsa e pôs uma camisinha lá dentro - Só pra previnir. - disse e piscou

Recebi uma mensagem do Rhuan me dizendo onde seria o local do encontro, disse para eu pegar um táxi e ele depois me trazia em casa. Me despedi de meus amigos na porta de casa, já estava atrasada e não passava nenhum táxi, não sabia chegar no lugar então fiquei encostada em um poste de luz. Estava tão concentrada olhando para o lado de onde viria o táxi que nem percebi um carro vindo descontrolado vindo pelo lado oposto e quando percebi o poste estava envergado e o carro já havia me atropelado e eu estava ao chão. Assim que caí, pus a mão na barriga e senti algo molhado e então tudo ficou escuro.

{Rhuan}

Estava a espera de Audrey quando olhei ao relógio e ela já estava uma hora atrasada, resolvi ligar para ela. Chamou, chamou e então caiu na caixa postal. Resolvi ligar para o Cay. Depois de três toques ele atendeu:

- Fala mano?! Não devia estar com a Mad?

- Mano, ela não apareceu, você não estava com ela?

- Sim velho, mas a última vez, que a vi ela estava esperando um táxi pra te ver, já ligou?

- Já liguei, mas só da caixa postal. A Brittany mora perto dela, pede pra ela ver se a Audrey já saiu?

- Claro irmão, já te ligo.

- Valeu!

Será que aconteceu algo? Ah meu doce, por onde você anda em. Não demorou muito e Caique me ligou desesperado dizendo algo sobre hospital, não dava pra entender direito. Mas eu saí correndo e peguei meu carro, cheguei ao hospital e estavam ali a Brittany, Caique e os tios de Audrey. Me aproximei já temendo o pior.

- Alguma coisa já dita? - perguntei ao Caique que veio logo em minha direção

- Não, nada ainda. Parece que nem estamos aqui. - fala meio cabisbaixo

- Espera aí, eu tenho uma prima que trabalha neste hospital, vou verificar se ela está aí hoje. - digo e vou em direção à recepção

A cada passo que dou penso em como seria diferente se eu fosse buscá-la em casa, mas não. Eu tinha que fazer ela pegar um táxi. Eu tinha que ter procurado saber se passava táxi com frequência naquele local, eu vacilei com a menina por quem estou apaixonado. Sim, apaixonado. Desde que a vi que fiquei meio sem reação e não me importei com seu estado de grávida. Eu só queria ela e só queria que ela me permitisse ficar com aquela criança e com ela. Eu queria assumir o papel de pai daquela menina e queria ficar com a Audrey.

Eu sabia. Audrey Bennett era a minha perdição.

- Boa noite senhor, em que posso ajudar? - fala a atendente do hospital

- Gostaria de saber se a Clara Favoretto está de serviço? - perguntei

- Vou verificar. - ela pega o telefone e fala com alguém do outro lado da linha e depois desliga e sorri - senhor, ela está na ala de emergência. É algo importante?

- Sim, muito importante. Mas só pode ser com ela. - falei meio desesperado

- Tudo bem, só aguarda um instante que vou chamá-la. À quem me refiro ao chamá-la?

- Diz que o Rhuan precisa dela.

Ela me da um sorriso e pega o telefone novamente, eu me Afasto e me sento perto dos familiares e amigos da minha pequena. Eles me olharam esperançosos e eu só pedi pra aguardarem mais um pouco. Depois de uns minutos que pareceram dias, minha prima aparece com um sorriso no rosto. Sorriso esse que se desmancha ao ver minha expressão. Ela logo corre pra mim.

Puxei minha prima para um canto e contei pra ela tudo o que aconteceu, disse que a culpa era toda minha. Senti muita vontade de chorar, porém, me segurei porque não queria que a atenção se voltasse pra mim e sim pra minha princesa que estava a essa altura em alguma cirurgia da vida.

Minha prima topou ajudar, mas me pediu pra esperar na sala de espera mesmo e disse que ia fazer o possível pra pegar o caso da minha menina, eu confiava na Clarinha de olhos fechados. Ela era meu porto seguro sempre que eu precisava de alguém. Ela era a única que me entendia verdadeiramente. Ela fez o parto do meu filho e quero que ela acompanhe a gravidez da Audrey também.

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Então já tinham se passado 1 hora e meia e nada de respostas. Eu contei para o pessoal o que conversei com minha prima e eles me confortaram. Parecia que tinha se passado décadas quando vejo a porta abrir e levanto meu olhar e vejo minha prima. Tento decifrar seu olhar, mas é impossível. Merda de médica que sabe mascarar os sentimentos.

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Hey, hey pessoal. Desculpa a demora a postar. Eu realmente estava sem ideia alguma. Bem que vocês poderiam comentar e dar aquela estrelinha não é?

Eu vou postar mais vezes para compensar esse tempo todo sem postar.

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