Capítulo 5

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Acordei cedo e bem disposta, era hoje a minha consulta com a obstetra que vai acompanhar a minha gravidez e é hoje que vou descobrir se é menino ou menina. Meus tios entraram em uma aposta: tio Noah está apostando que é menino e Lucca aposta que é menina, eu tenho certeza de que não importa o sexo do bebê, mesmo depois de tudo que aconteceu eu vou amá-lo como se deve.

Amanhã começam minhas aulas na nova escola. É meu último ano, nem sei com que cara e coragem vou para aquele colégio estando grávida. O que as pessoas vão falar de mim? E se perguntarem quem é o pai, o que vou dizer? Já sei, ninguém nunca me viu, então posso dizer que sou gordinha. Ainda faltam 5 meses para meu filho nascer e 4 para acabar as aulas.

Saí dos meus devaneios por uma pessoa entrando no meu quarto sem bater. Era Cay, agora que me lembrei que terei que contar a ele.

- Audrey Bennett, ainda está deitada? - Cay falou assim que entrou e me viu deitada

- Estou apenas descansando. - disse rindo

- Sabe que horas são? - nossa, nem me liguei na hora

- Não! São que horas? - perguntei

- São sete e meia da manhã. Você me fez acordar cedo pra ficar aqui deitada? - eu ia responder mas ele falou na frente - Não mesmo, anda logo. Levanta essa bunda gorda da cama que eu vou escolher sua roupa.

Fui tomar meu banho quase correndo. Tinha meia hora para estar pronta e ainda ia tomar café. Tomei meu banho em 10 minutos. Quando eu saí do banheiro do meu quarto encontrei uma skinny jeans azul clara e uma blusa preta de manga curta que pegava até um pouco abaixo dos meus peitos. Me vesti e calcei uma botinha de salto pequeno. Assim que me vesti desci e encontrei todos na mesa do café.

- Bom dia, família! - falei assim que encontrei todos na cozinha

- Bom dia Mad! - todos responderam

- Cay, tenho que te contar tudo antes de irmos. - ele assentiu e então comecei - 1 mês depois que você foi embora minha mãe conheceu um cara que se dizia ser gay, depois disso ele começou a se insinuar pra mim e ninguém percebia, nem mesmo eu, eu pensava que ele realmente era gay. Depois de dois meses ele me estuprou e minha mãe me mandou pra cá porque estou grávida de 4 meses. - Caique abriu a boca em um 0 perfeito

- Pequena, não sei nem o que dizer. Qual o nome desse babaca?

- Jonathan Marques - ele fez uma cara pensativa, mas logo voltou ao normal

- Ata... São que horas já? - olhei no relógio de parede

- São ... oito e um. Vamos logo, ainda tenho uma consulta.

- É vamos, quero ver o sexo do meu sobrinho neto - tio Noah falou

- SobrinhA netA, você quis dizer não é? - tio Lucca falou enfatizando o último a de sobrinha e neta

- Não, eu queria falar sobrinho neto mesmo. - ele deu de ombros e saímos para entrar no carro do tio Noah

- Vocês podem parar. O que vier será muito bem vindo. - falei um pouco chateada

- Desculpa. - eles falaram juntos

- Okay.

--//--

- Olá, eu tenho uma consulta pra agora às nove horas.

- Oh, sim. Audrey Bennett não é? - eu assenti - Pode me acompanhar até a sala de espera. - a segui até uma sala com alguns sofás de canto

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