Mais uma entrevista

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Era mais uma entrevista e não podia se atrasar. Preferiu escolher as roupas no dia anterior e até separou aquela cueca nova para dar sorte.
O despertador tocou tão alto quanto um balde d'água.
Levantou-se e tomou seu café da manhã com uma pressa incerta - desafiou o relógio na partida do tempo e desta vez deu empate: saiu no horário.
No caminho, pagou todos seus pecados dentro da lata de sardinha. No pensamento, tentava manipular supostas respostas para irritantes perguntas padrão de entrevista: Por que devemos te contratar? Quais suas qualidades? Seus defeitos? Defeitos. Numa entrevista não se deve dizer que é preguiçoso ou indisciplinado por exemplo. Tímido deve ser uma boa saída - pensou.
Chegou em cima da hora.
Na sala, havia outros dez candidatos. Desejou-lhes um falso 'boa sorte'.
Estava ansioso pelo começo da entrevista onde você mais se parece uma máquina que dá um 'Play' para começar e fica torcendo pelo 'Stop' para, enfim, poder desamarrar aquela gravata - que só serve para enfeitar ou para se enforcar no ventilador.
Enfim a recrutadora chegou, fez as devidas apresentações e escolheu uma ordem aleatória de quem iria ser entrevistado.
Não conseguiu prestar atenção na entrevista dos dois primeiros candidatos, pois estava ocupado tentando encontrar aquelas respostas que criara no caminho e que se perdera em algum neurônio há milhões de quilômetros de distância. Enquanto isso, a recrutadora o chamou pelo nome:
- Fulano de tal, agora é sua vez.

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