Capítulo 3

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Cheguei em casa quinze minutos atrasada para o almoço. Mal entro em casa e já pode imaginar as mil e umas perguntas que minha mãe iria fazer, só no olhar dela.

- Tá bom mocinha, por onde você andava hein? Já faz meia hora que acabou a aula e você chega à essa hora em casa? - surtou, me interrogando sobre meu trajeto do colégio para casa.

- Calma mãe, não precisa se preocupar assim, eu apenas me atrasei, só isso! - falei, tirando a bolsa do meu ombro, em seguida apalpando onde estava dolorido.

- Como assim, só me atrasei? O colégio nem fica tão longe de casa Bruna! - falou, preocupada - Filha, me responda, por acaso você não está se envolvendo com...

- Claro que não Mãe! Eu nunca me envolveria com isso. Eu hein. - falei, desabando no sofá.

Interrompi minha mãe, pois já esperava o que ela falaria, por isso nem deixei ela terminar a frase. Ela ia perguntar se eu não estava tendo algum envolvimento com drogas, ou  algum outro tipo de coisa que deixa qualquer mãe preocupada.
É sempre bom ter uma mãe preocupada com você, uma mãe coruja, isso mostra que ela se importa com você e que te ama, mas as vezes preocupação demais acaba sendo um pouco chato.

- Então filha, o que aconteceu hoje pra você ter chegado tarde? - perguntou, desta vez um pouco mais calma.

- Ah mãe, sabe a Liana?

- Sei, aquela sua amiga animadinha e engraçada?

- Sim, ela mesma. Então, ela está namorando e ficou de apresentar o namorado no final da aula, mas o cara acabou vindo um pouco mais tarde, e para não desapontar ela, eu fiquei esperando junto com ela até o cara aparecer. Por isso cheguei um pouco tarde hoje. - expliquei pra ela, esclarecendo tudo.

- A bom filha! Bom saber que Liana está num relacionamento sério. - disse, aliviada depois de eu ter explicado o motivo da minha demora.

- Viu mãe? Foi isso, e a senhora aí, toda preocupada. - falei, dando um beijo em sua testa.

- Você brinca, mas um dia que você tiver filhos, vai entender o que eu passo. - falou, bem séria.

- Quer entender sua mãe, é só você perder seu celular e você já tem uma noção de como é. - disse Marcos, já com suas graças.

- Aí, eu não sou esse tipo de pessoa que surta quando não acha o celular. - falei, pegando um copo na pia.

- I não é? Hoje em dia cuidam e se preocupam com o celular como se fosse um filho. - falou, brincando comigo.

- Só que eu sobrevivo sem celular, pra mim existe coisas mais importantes que isso. - falei, me referindo aos meus amigos.

- É, como seu padrasto querido e engraçado, não é querida? - perguntou Marcos à minha mãe, que apenas deu umas risadas.

- É, querido e bobo. - falei, jogando um resto de água em Marcos, que havia no fundo do  copo.

Minha mãe riu da cara dele, depois disse:

- Tá bom, chega vocês dois. - falou, jogando um pano para que Marcos secasse a cara - E você Bruna, termine de comer.

Todos os dias são assim, animados. Marcos é um bobo, mas um bobo que arranca um sorriso lindo de minha mãe todos os dias. Agradeço muito por ela ter conhecido Marcos, pois hoje em dia tá difícil achar um homem bom e que preste.

Após ter acabado de almoçar, comecei a tirar à mesa, enquanto minha mãe ajudava Marcos a se arrumar para ir trabalhar. Após ele ter saído, minha veio na cozinha, e como de costume, me ajudou na louça enquando íamos conversando e ela sempre interessada de como foi meu dia e como que estão os meus estudos.

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