Prólogo

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Notas da Autora

Caro leitor,
Esta obra foi composta com carinho, cada ilustração aqui presente foram feitas com amor. A mensagem que aqui eu quis passar é que, você sempre deve acreditar que o impossível é apenas questão de tempo para Deus.

"Mesmo que meus olhos estejam no escuro, não me preocuparei. Pois sei que quem ilumina meus passos é o mesmo que fortalece meu espírito e, por isso, não temerei mal algum."
- Tatiane Souza.

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Era uma noite fria e chuvosa. Lá fora, o vento soprava tão alto que pareciam assovios, um galho da árvore que estava ao lado da casa, batia na janela freneticamente e isso fez com que Kessylin, acordasse de seu profundo sono.

Já era tarde e a tempestade que caía do lado de fora da casa, assustou-a. Seu pequeno coração estava disparado e a respiração desajustada. Isso sempre acontece quando ela está com muito medo.

Seus olhos arregalaram-se com o som de um trovão, que fez seus tímpanos tremer. Sozinha em seu quarto, Kessy sentiu medo da tempestade, levou suas mãos até os ouvidos e os tampou na esperança de não ouvir aqueles sons altos e assustadores. Outra trovoada e Kessy escondeu-se debaixo da cama.

Faltava pouco para dar meia-noite e ela havia esperado muito tempo pelo seu aniversário de seis anos.

O chão estava gelado, o que fez seu corpo tremer de frio. Ela queria ficar quentinha de baixo de sua cobertas mas estava muito assustada.

Então ao olhar para o lado, Kessy viu um pedaço de sua coberta pendurada na cama, quase relando no chão e puxou-a para si. Enrolou-se nela, como um bebê recém nascido e fechou os olhos, na esperança de amenizar seu medo pela tempestade. Se ao menos ele estivesse aqui!

Mas não estava. Já fazia algum tempo que ele não vinha e ela achou que esse era o sinal, de que ela estava ficando velha. Uma vez ele lhe disse que, quando atingisse uma certa idade, a deixaria. Pois, até uma certa idade todas as crianças precisam de proteção,

Mas ela ainda não tinha feito seus seis anos e faltava pouco para isso. Ao menos, gostaria de despedir-se dele. Ela o amava muito. Talvez com o amor de uma criança, talvez com o amor de uma irmã. Há infinitas possibilidades para se amar uma pessoa.

O quarto todo iluminou-se, quando um relâmpago atravessou o céu negro. Kessy estava com medo e encolheu-se um pouco mais. Fechou seus olhos com força e orou baixinho. Pedindo para que seu anjo a protegesse dessa tempestade. Nessa hora, ela sentiu um ar quente entrar em seu quarto. Em seus lábios finos e rosados nasceu um sorriso. Ele estava ali.

Ela tirou um pouco do seu corpo para fora da cama, olhou para cima e o viu. Nada havia mudado, ele estava exatamente igual, como sempre esteve. Sua presença transmitia tranquilidade, seu sorriso a confortava, seu olhar inquieto e quente. Sem sombras de dúvidas, Kessy o adorava.

- O que faz em baixo da cama? - ele perguntou sorrindo. Sentando-se no chão e abrindo seus braços, aqueles braços que sempre a protegeu, que sempre lhe confortou com o melhor dos abraços.

- Estava com medo. - ela disse saindo debaixo da cama e correndo para seus braços. o doce e agradável cheiro de seu corpo, sempre o embriagou.

- Mas não há motivos para medo. - ele sorri e afaga seu cabelo. - Desde quando você é uma mocinha medrosa?

- Desde que você sumiu. Pensei que seu tempo comigo, já houvesse acabado.

- Ainda não deu meia noite, Kessy. - ele estendeu seu braço e com sua mão, colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Ele sempre evitara esse momento. O momento da despedida. Não seria fácil deixá-la. Ele sabia do valor que ela tinha para ele.

- E depois? - ela passou sua pequena mão em seu rosto, ele sorriu com o toque de afeto. - Depois, não vou mais te ver?

Ele suspirou, como se algo em seu peito estivesse apertando-o e beijou sua testa.

Ela era uma garotinha esperta, para a sua idade. Inteligente e bonita, quase não precisava de proteção e ainda assim, ele amava proteger-lhe. Mas o adeus é inevitável e um dia chega para todos.

- Já lhe expliquei. - ele deixa transparecer sua infelicidade em ter que deixá-la. - Há outras crianças que estão nascendo nesse exato momento e, que precisam de proteção. Assim, como você também precisou.

- Você sabe, que não foi isso o que eu perguntei. - disse séria. Ele sempre foi fascinado pela sua esperteza e sempre orgulhou-se dela.

- Quem sabe! Talvez um dia, eu tenha que cuidar de alguma irmãzinha sua. - ele sorriu. Sabia que isso poderia acontecer e, que era a única coisa que mantinha-o feliz.

- Mas é comigo que você vai casar e não com ela. - Kessy tranca seus lábios em um biquinho. Ele ri. Uma risada gostosa, que ela sempre gostou.

Por diversas vezes, Kessy imaginou-se casando com ele. Mesmo sendo uma garotinha de seis anos, planejou seu futuro ao lado dele, ainda que ela soubesse que isso nunca aconteceria, ela queria alguém igual à ele. Alguém com seu mesmo espírito doce e alegre.

- Eu sempre estarei com você... - ele pegou em sua pequena mão e a levou até a altura do coração dela, pousando a mesma mão sobre seu peito. - Em seu coração. Você sabe que não sou eu, quem cuida do seu destino.

Ele disse porque já sabia. Sempre soube onde e com quem estava o destino dela. E ainda assim, torcia para que ela fosse muito feliz. Kessy o abraçou bem apertado, brincou com seus cabelos que caíam perfeitamente em sua testa e, sorriu.

- Espero que ELE, me reserve um bom destino... - ela falou enquanto bocejava. Ele pegou-a em seus braços e colocou-a na cama. Jogou o cobertor por cima de seu corpo e sorriu.

- Durma, Kessy.

Seus olhos ficaram abertos um pouco mais, ela já não importava-se com a chuva que caía lá fora, tampouco com os minutos que faltavam para seu aniversário, ela aproveitou o último toque daquele que sempre a protegeu. Que sempre a confortou.

Então seus olhos pesaram como areia, seus supercílios se uniram e em sua mente começaram a se formar as lembranças. Todas que eles haviam passados juntos. O relógio acabara de marcar meia-noite mas no entanto, ela já havia adormecido.

Ele beijou o topo de sua cabeça pela última vez, com uma lágrima ameaçando escorrer pelo o seu rosto, ele acabara de sentir a dor que esteve evitando por meses. De todas as suas protegidas, ela foi a única por quem ele adiou esse momento. Adiou o quanto pôde. Mas ainda assim, esse momento havia chegado. Ele afastou-se para admira-la pela última vez e depois disso todos os momentos que compartilharam, viraram passado.

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Notinhas da Ruiva:

Oi meus amores...
Então, resolvi experimentar gênero novo...
Meu primeiro suspense / fatasia... quero que todos sejam Bem-vindos.

Espero agradar à todos, estou anciosa pela opinião (comentários) de vocês...
Afinal, o livro é para vocês...

Indique o livro, se voce gostar do que lê... A propaganda, é a alma do negócio! ♡

Não tenho dias para postagens... e não adianta chorar, esperniar e nem reclamar... Mas farei o meu melhor para postar um por semana.

Beijos nutellados...

||Ruptura|| DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora